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segunda-feira, setembro 03, 2007

“The Power of Israel in the United States”

Quem tenha presente a famosa foto de Bush prestando juramento tendo por pano de fundo a bandeira branca com a cruz de david Sionista, ou esta no "muro das lamentações", será induzido a pensar que, erradicando-se este presidente se acabará a peçonha. Nada mais errado. O Sionismo, como doutrina com pretensões à hegemonia mundial, aposta mais nos “democratas” do que própriamente nos neocons republicanos. Se uns deram o golpe (certamente por encomenda, porque daquela amálgama de miolos não se extrapolariam tamanhas acções complexas), os outros apressar-se-ão a democratizar os lucros da jogada. Para atingir o climax do embuste, melhor circo mediático não se arranjaria se, faltando a Bush a rede por baixo da sua abaladíssima credibilidade, fosse possivel julgar e condenar a troupe de criminosos internacionais.

Referente à capa do livro que ficou aí dois posts abaixo, James Petras equaciona, sobre a influência de Israel na definição da politica dos Estados Unidos, aquilo que Chomsky chama os 8 “pressupostos duvidosos”, a saber:
1. Que o Lobie Pró-Israel é um lobie igual a qualquer outro.
2. Que os apoiantes do Lobie Judaico não tem mais poder que quaisquer outros grupos.
3. O Lobie tem sucesso porque a sua politica coincide com a dos EUA.
4. Israel é uma “ferramenta” que o Império Americano usa conforme precisa.
5. o “Big Oil” e o “Complexo-Industrial-Militar” são as principais forças a modelar a politica no Médio Oriente
6. Fazer crer que os interesses de Israel e dos EUA coincidem
7. A Guerra do Iraque e as ameaças ao Irão e à Síria derivam em exclusivo dos interesses no petróleo e da venda da produção do Complexo-Politico-Militar
8. As aspirações de hegemonia dos EUA no Médio Oriente são iguais aos interesses que determinam as práticas que têm no resto do mundo.

Quem financia o Estado de Israel?

- Israel recebeu dos EUA em ajudas mais de 90 Biliões de dólares desde 2003. 75 biliões foram em “grants” (titulos não reembolsáveis) e 15 Biliões em letras de crédito.
Petras faz a listagem da totalidade dos custos em ajudas:
- Desde 1985, os Estados Unidos providenciaram a Israel 3 Biliões de dólares em ajudas anualmente
- Descontos em letras de crédito, sem limites, consoante as necessidades
- Milhões em ajuda para reinstalação de judeus oriundos da ex-URSS (agora Rússia) e da Etiópia; todos eles são considerados “emigrantes” desde que queiram regressar à “terra prometida”, todos são bem-vindos para engrossar os colonatos que usurpam terras aos árabes.
- 10 Biliões em créditos sem garantias desde 1990 e mais 9 Biliões em 2004, mais diversos biliões de que não existem dados contabilizados, para pagar a guerra do Líbano em 2006, e a continuação da guerra na Palestina. Da mesma forma, desde 1981, ajuda económica feita em transferências “em cash” em quantidades não especificadas, e desde 1985 em ajuda militar.
- 45 Biliões em repagamentos de créditos não pagos desde 1974, mais respectivas custas, em dinheiro livre de impostos sacado aos bolsos e à revelia dos contribuintes americanos.
- Desde 1982, transferências em fundos de cash ESF feitas anualmente sem juros incorporados nem prazos de pagamento, enquanto no que concerne a outros paises, pelo contrário, quando os recebem, os pagamentos são rigorosamente monitorizados trimestralmente. Israel investe esse dinheiro na aquisição de “fundos do tesouro USA”, concertando a obtenção de outros “fundos FMS em condições especiais” que têm custado aos contribuintes americanos mais de 1 Bilião de dólares anualmente desde 1991. (US treasuries special FMS funding arrangements)
- Benefícios privilegiados, incluindo financeiros, em ajuda para desenvolver a indústria de Defesa, transferências de tecnologia de ponta incorporada nas últimas novidades de armamento oriundo dos EUA, garantia de acesso facilitado ao petróleo.
- Ajuda maciva disfarçada por acções de paises terceiros defraudando os contribuintes locais (caso de Portugal) suportando custos especiais para o plano de “desocupação de Gaza”, mascarando a ocupação de outras partes com novos colonatos (OPT plan) que Israel deseje anexar, ou influenciar, como no Líbano.
- Junte-se a tudo isto 22 Biliões de dólares que Israel obteve nos últimos 50 anos através da venda de acções por baixo custo em empresas cotadas em bolsa, que depois se valorizam de modo ficticio, financiando assim o seu desenvolvimento – tendo em conta que o objecto do “mercado local” significa guerra imperial predatória com acções militarizadas na colonização e expansão para territórios ocupados na Palestina

James Petras explica que a estrutura do Poder Sionista nos EUA torna tudo isto possivel, mas que elas se extendem bem para além daquilo que é chamado o “Lobie Judaico”. Ele identifica a “configuração do poder sionista” (na sigla em inglês ZPC - "Zionist Power Configuration) que inclui a AIPAC apenas como uma parte de uma “complexa cadeia de grupos formais e informais inter-relacionados, operando internacionalmente, a nível nacional, regional e local” suportando incondicionalmente o Estado de Israel, incluindo as suas guerras, colonizações e todas as suas políticas de opressão (ler mais)

O Poder de Israel nos Estados Unidos” é dividido em quatro capítulos. A recensão feita no site “Information Clearing House.Info” cobre cada um deles em detalhe e, aquilo que se discute poderá parecer surpreendente para o leitor menos familiarizado com este género de factos aqui devidamente fundamentados. No resumo de introdução apresenta-se o que vem a seguir, mais pormenorizadamente.
Petras anota o que outro autor, J.J. Goldberg, transmitiu noutro livro: “Jewish Power: Inside the Jewish Establishment” – Goldberg descreve como, desde o princípio dos anos 90, 45 por cento do financiamento do Partido Democrata e 25 por cento dos que apoiam os Republicanos são provenientes de contributos dos “Comités de Acção Política” (from Jewish-funded Political Action Committees (PACS). Aqui o autor actualiza os números, usando aqueles que foram publicados recentemente por Richard Cohen no “Washington Post”, que mostra, nada mais nada menos que a percentagem dos financiamentos judeus dos dois partidos chave da pseudo-democracia yankee atingem agora 60% e 35% respectivamente – anotando que estes financiamentos se referem apenas aos processos fulcrais de suporte incondicional da agenda de Israel, incluindo o activismo de certos insuspeitos grupos contestatários dos “direitos humanos” e “objectores de consciência” tidos como menos ortodoxos no combate às ilegalidades sionistas, que só reforçam e credibilizam essas mesmas políticas.
Nenhum outro simples lobie, uma actividade legal nos EUA, incluindo os das “Big Pharma”, “Big Oil”, do “Agronegócio”, ou qualquer outro com alguma espécie de influência dominante determina aqui desta forma os processos políticos. Esta singularidade origina aquilo que é chamado de “Siocons”, os ideólogos e “fazedores de políticas” cujo objectivo principal é transformar o Médio Oriente em terreno de instalação de uma espécie de empresa “USA-Israel-Esfera-de-Prosperidade,Inc.”, sob a capa fraudulenta de promoção da democracia na região – feita através do despejo de sucessivos barris de pólvora.
James Petras explica as raízes do “Poder do Lobie Judeu” que radicam em grande proporção nas famílias tradicionais judaicas residentes nos Estados Unidos, as de maiores rendimentos e mais influentes no país. Cita-se a revista Forbes que reporta que, da totalidade da população , cerca de 30% das famílias americanas mais prósperas são de Judeus. Elas incluem bilionários de enorme influência que integram o Lobie Judeu, que criaram um “poder tirânico de Israel sobre os Estados Unidos”, com graves consequências na desestabilização da paz no mundo, na economia global e para o futuro da democracia neste país.
(fonte)

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