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Um manto de silêncio paira sobre a
acção de guerrilha que ontem foi levada a cabo na linha de abastecimento que parte do porto de Carachi no Mar Arábico, Paquistão. Não é o primeiro, apenas
mais um dos muitos ataques que já se converteram em rotina; porém trata-se do maior golpe de sempre na região levado a cabo
contra a logística que suporta as tropas invasoras do Afeganistão. Dois terminais de descarga foram atacados e 160 camiões, atrelados e contentores com “humvees”
foram destruídos com bombas incendiárias; O material era destinado às tropas dos Estados Unidos e seus Aliados, alvos do ataque, segundo as autoridades, contra a linha vital de transporte de material bélico e de abastecimento. (mais de 300 camiões com contentores atravessam a fronteira diariamente).
O comando administrativo do exército da
organização criminosa NATO comunicaram de imediato que os prejuízos em material e veículos têm um impacto mínimo no esforço de guerra contra a insurreição no país que é, confirmadamente após oito anos da invasão,
o maior produtor de droga mundial. Porém, oficiais em privado confidenciaram a jornalistas ocidentais que é um ataque muito grave que afecta de imediato a estratégia no terreno. Temem agora que se agudize o cerco em torno de Peshawar (
onde já esta manhã foi atacado mais um terminal de transporte da NATO) com a finalidade de bloquear a rota de abastecimentos através do famoso
desfiladeiro de Kyber por onde passam 75 por cento dos abastecimentos.
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Porém,
vendo as coisas pelo ângulo do complexo político militar, este tipo de situação até lhes dará jeito - na economia de guerra
a destruição está na base do desenvolvimento da produção. Pelo que o silêncio em redor destes ataques é comprometedor, uma vez que são incentivos habilmente introduzidos para a prometida intervenção acutilante da administração Obama no
Paquistão/Afeganistão.
Actualizações
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1. com quase dois dias de atraso, como compete à obsoleta imprensa escrita telecomandada pelas agências governamentais, o editorial de hoje do Público vem inverter a leitura dos factos e ligá-los aos atentados de Mumbai, abençoando a NATO como organização humanitária. Tudo pré- programado, Obama master voice: "o ataque aconteceu um dia depois de surgirem em Bombaim, índícios que reacendem a pista islâmica global (!) em detrimento da versão oficial indiana, que tendia a culpar o Paquistão pelo morticínio (...) se não forem tomadas medidas sérias para detectar e neutralizar os focos de terrorismo islâmico radical (...) etc. etc.
2.
Quem são exactamente os insurrectos afegãos?3.
os Talibans reconquistam e controlam de facto 72% do território.
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