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terça-feira, dezembro 09, 2008

ensaio sobre a cegueira,,, da guerra

“Estamos sempre mais ou menos cegos… Como custa tanto arranjar dinheiro numa emergência e, agora, de repente, saltam milhões! Onde estavam? Apareceram para salvar vidas? Não. Apareceram para salvar bancos,,
José Saramago

Pulido Valente não vê na presente situação nenhum “novo paradigma económico” e atira-se (como aliás faz a ex-ministra Teresa Caeiro do CDS e o zombie Vicente Jorge Silva) como gato a bofe aos “esquerdistas furibundos, o BE e o PCP, que criticam genericamente o neoliberalismo”, o qual fingem não perceber o que seja. Como se vê a matilha está afinada; do PSD não vale a pena falar, do CDS se poderá recordar que foi praticamente banido do mapa depois das eleições que culminaram a prestação do governo de coligação Durão Barroso/ Paulo Portas que celebrou a Acordo das Lajes. Da esmagadora maioria absoluta de votos que o protesto popular deu então ao PS tem-se visto o que José Sócrates lhes tem feito. De qualquer destas três entidades, acrescentadas pela adição de Cavaco, eleito de boca fechada por uma unha negra, se pensará que o povo esquece quem são, de onde vieram, para onde pretendem ir, e com que meios. Obviamente, do dinheiro de que Saramago não viu a fonte, até à abstracção da “recapitalização dos bancos” de Pulido Valente, ninguém foca a economia oculta, a única "indústria" que os alimenta a todos: a da Guerra

A Lockheed Martin, é o maior fabricante norte-americano de equipamentos militares
Em 2001 (no ano da bojarda Barroso) e na sequência do crash da Bolsa norte americana, a empresa tinha acumulado um prejuizo de US$ 1 bilião de dólares líquidos. Porém tudo mudou com a “guerra ao terrorismo”. O seu director Bruce Jackson, igualmente um dos mentores do grupo redactor do plano neocon PNAC, em 2002 anunciou um aumento de 11% nas vendas, atingindo US$ 26,6 biliões, com lucros líquidos de US$ 500 milhões, e em 2007 atingiu US$ 74,8 biliões de armamento produzido.
A viragem na Lockheed foi suportada em muitos dos seus produtos básicos e rentáveis, como o caça F-16, e no aumento dos gastos do governo norte- americano em equipamentos de vigilância electrónica e em sistemas militares de mísseis. A Lockheed angariou aumentos substanciais encomendas para aviões de combate para os anos seguintes, entre as quais as feitas pelo Estado Português na pessoa do ministro Paulo Portas. (que pelo feito económico, sem contar com os submarinos e as famigeradas contas das contrapartidas que lesaram o Estado, arrecadou uma medalha do Pentágono)

Que representatividade tem o partido do ex-ministro Portas para José Sócrates ofender a população portuguesa com a perspectiva de coligação com um potencial arguido em inúmeros casos que estão (ou deveriam estar) sob a alçada da justiça? - apesar da atenção desviada para os recentes escândalos da Banca, em lista de acrescento na gestão danosa do Estado, estão também mais estas gradas figuras do regime

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