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testemunha descreve os ataques a Gaza
- Razões eleitorais internas de Israel estão na base da decisão de atacar um território bloqueado há 18 meses (com a conivência da União Europeia). Devido ao criminoso cerco que impede contactos e abastecimentos a partir do exterior, na véspera de Natal nem sequer havia pão em Gaza.
- Binyamin Netanyahu lidera as sondagens, mas as facções de extrema direita, o Likud (profundamente desacreditado após a derrota no Líbano em 2006) e o Kadima pretendem assegurar que a linha fundamentalista permanecerá. A "campanha eleitoral" foi suspensa.
- o ataque atingiu os edificios da administração civil e esquadras de policia; o Hamas exerce de facto o governo no território de Gaza, um dos mais sobrepovoados do mundo: perto de 2 milhões de pessoas numa área de pouco mais de 300 quilómetros quadrados. É impossivel diferenciar "alvos do Hamas" da população civil - a maioria das primeiras vítimas são policias de segurança pública.
- Israel inventou literalmente a estória d"o lançamento dos 80 rockets". Porém o porta voz do governo norte americano, quando confrontado com a situação comentou que "Israel precisa de se defender das centenas de rockets lançados pelos terroristas" (o Hamas venceu as eleições em 2006 e tinha direito a formar governo em toda a Palestina, porém tal não lhe foi permitido, privilegiando-se como interlocutor Mahmoud Abbas o lider da segunda força mais votada; a Fatah está refém das "negociações" que reconhecem de facto a situação criada pelos opressores)
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