Os paises da Europa do Leste que pertenceram à antiga cortina de ferro (Estónia, Letónia e Lituânia), entraram em crise económica profunda, a começar pelos que aderiram primeiro à União Europeia (e a seguir entrará a Ucrânia, outra nóvel prometida). Passada a euforia inicial, da azáfama de desmontar estátuas e pedir "crédito externo para o desenvolvimento” aos novos parceiros, sobram estradas novinhas em folha, centros comerciais, dividas e juros para pagar. Vinte anos depois da queda do Muro deveria ser ocasião para celebrar. Porém, os problemas agravam-se, e a União Europeia não pode disponibilizar novos créditos (foi esta a mensagem final da reunião sobre o proteccionismo: a rejeição de um pacote de auxilio de 190 biliões de euros), agora quando até na Europa Ocidental esses créditos se tornaram tão difíceis de obter. Já ouvimos isto em qualquer lado. Sócrates ao não acudir à reunião do passado fim de semana em Bruxelas deve ter ficado com as orelhas ao rubro. Afinal “o nosso homem BCE em Lisboa” é um expert em falta de dinheiro para resolver os problemas sociais e em ajudas aos bancos e a investidores que comercializam os circuitos de consumo multinacionais. Conforme muito bem o instrui o governador do Banco Central. Mercados para sacar sim, União não!
"se o Estado ajuda os construtores automóveis através de créditos a taxas preferenciais, não é para estes irem abrir fábricas na Eslovénia ou noutro lado qualquer"
Nicolas Sarkozy
adenda; Il Manifesto: "a União que já não é"
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