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terça-feira, março 24, 2009

Um estudo da Universidade de Harvard revela a factura média da crise bancária. 1. o preço do Imobiliário cai 35 por cento, 2. a Bolsa desvaloriza 56 por cento, 3. a destruição de postos de trabalho durará ¼ de século, 4. a dívida pública crescerá 86 por cento e 5. o PIB dos paises afectados retrocede 9,3 por cento em média em dois anos

1. Com as novas tecnologias, quando se fez passar a mensagem que já não era preciso trabalhar para produzir (os computadores resolveriam tudo), o que seria óptimo, porque assim não haveria mais lugar para reivindicações de operários e lutas de trabalhadores, enfim a paz social. Mas eis que a “economia virtual” cuja Bolsa, o Nasdaq era gloriosamente especulada sob a alta supervisão de Bernard Madoff, em 2001 o sistema se desmorona. Os salvados do crash foram literalmente enterrados nos tijolos do Imobiliário a fim de criar nova bolha. Na altura a esuerda radical, nomeadamente Robert Kurz, avisou que a médio prazo esta seria também insustentável.
2. Infectada por uma quantidade astronómica de fundos ficticios Wall Street desmorona-se de novo, arrastando as bolsas subsidiárias em todo o mundo. Enquanto a economia funcionar dentro da lógica capitalista de aumentar irracionalmente os lucros de uma minoria de privados, quaisquer outras tentativas de criação de novas bolhas, sejam elas de paineís solares, cascas de alho recicláveis ou notas de banco, com 2 biliões de ocidentais privilegiados ou com mais 4 biliões de pobres indigentes, no final as consequências serão sempre as mesmas; porque, no capitalismo, a subida das taxas de lucro resulta sempre na queda das taxas de juro.
3. A exportação dos postos de trabalho para os paises de mão de obra barata, como tem vindo a acontecer desde os acordos de Nixon com a China nos anos 70 e se agravou com a wallmartização do consumo com Reagan e Clinton, terá consequências imprevisiveis, uma vez que os paises ocidentais abriram mão da sustentabilidade do emprego no interior dos seus paises, tornando-os completamente dependentes.
4. A divida pública subirá para niveis inimagináveis, e isso é uma coisa boa, para as associações de bancos privados que funcionam sob a alçada da Reserva Federal norte americana – que assim verão subir para niveis também inimagináveis os juros usurários dos capitais emprestados. Note-se que a FED já financiou governos beligerantes em 2 guerras mundiais e algumas outras regionais, épocas de ponta em que o pico de endividamento atinge o climax. No fim vencem os que têm maior capacidade de produção e disponibilidade de crédito a condizer. Até um dia, em que a 2ª lei da termodinâmica impossibilite o regresso aos confetis nas avenidas da vitória.
5. a quebra abrupta do produto interno bruto atingirá os mesmos de sempre: as classes médias e os pobres, alvo de racionamentos e cortes drásticos no seu estilo de vida. Aceitar passivamente a submissão às oligarquias que regem o Estado, ou emigrar para construir locais auto-suficientes onde o Estado não tenha já capacidade de controlo, eis a opção. Palavra de Ordem para o século XXI: criar Comunidades Novas!, autónomas (onde a desordem supranacional criada e gerida pela entidade "Estado" não chegue)
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