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quinta-feira, junho 19, 2014

Anda por aí um "economista Rock-star", um profeta louco que não pára de dizer que é o Marx

Na bizarra conferência em Londres, bilionários e o FMI mostram-se preocupados com “a ameaça capitalista ao capitalismo (...) o discurso de abertura da manhã foi feito por Christine Lagarde, directora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ela citou tanto a previsão de Karl Marx de que o capitalismo “carregou as sementes de sua própria destruição”, e a caracterização do Papa Francisco sobre a crescente desigualdade como “a raiz do mal social” (Quando a Aristocracia Financeira começa a falar em Desigualdade). Ora é na área do Papa (Francisco ou outro) que o doravante famoso Thomas Piketty actua...

Anunciado por uns como o “novo Marx”, mas acusado por outros de ter renegado o trabalho do autor de O Capital, Thomas Piketty agitou o debate político e económico nos Estados Unidos e na Europa com um alerta: a actual sociedade capitalista está cada vez mais parecida com o mundo desigual do século XIX descrito por Jane Austen e Honoré de Balzac.

Lengalenga ideológica bizarra” e “espantosamente ignorante” foram alguns dos adjectivos usados pelo Financial Times para descrever a obra de Piketty que traduzida para português a partir de Outubro vai vender aos quilos à massa ignara de uma população que desde há muito adopta a filosofia dominante da classe parasitária dos que não vivem do seu trabalho. (Público)
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Algumas ideias sobre "o Capital" de Piketty por David Harvey - "leia Piketty por curiosidade mas com espirito crítico, e não se esqueça do que aprendeu com Marx" (Esquerda.net)

o Capital no Século XXI: uma visão regulamentista - afinal do que trata o livrito?
1. Equacionar a relação entre capital e desigualdade será uma ruptura com as crenças dos economistas neoliberais? 
2. É um hino à estatística dos períodos históricos longos? 
3. Uma reavaliação pretensiosa das teorias económicas científicas?
4. A literatura e as ciências sociais podem influenciar o trabalho do economista?
5. Uma colheita de novos resultados da história económica?
6 Uma ausência notável dos conflitos sobre a distribuição salarial?
7. Uma teorização retardatária em comparação com a riqueza das observações?
8. Uma sugestiva mas frágil prospecção sobre o século XXI?
9. Uma certa convergência intelectual com os fundadores da teoria da regulação?
10 A criação de emprego... como se o mundo académico da década de 2010 fosse a década de 1980?
Conclusão: esta interacção entre a economia política e a história irá fazer escola?

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