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segunda-feira, janeiro 26, 2015

Grécia. A formação possível de um governo de esquerda, democrático e patriótico. Não subjugado pelo poder financeiro?

O que é o Syriza? Não é um partido, é uma coligação de pequenos partidos que se uniram na intenção de fazer frente às politicas de austeridade impostas pelas instituições financeiras europeias. Fundada em 2004, da autodenominada de Coligação da Esquerda Radical (Syriza) fazem parte:

1. o Synaspismos, uma coligação da Esquerda dos Movimentos e da Ecologia constituída por dissidentes comunistas. Integra-se no Partido da Esquerda Europeia, do qual fazem parte, entre outros o Die Linke alemão, o Izquerda Unida de Espanha e o português Bloco de Esquerda (ver mais)
2. Organização Comunista da Grécia (KOE) – resultante da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas de tendência Maoista.
3. Esquerda Internacionalista dos Trabalhadores (DEA)
4. Grupo Político Anticapitalista (APO), que integra o grupo da Esquerda Anticapitalista Europeia (ver mais)
5. Movimento pela Unidade na Acção da Esquerda (KEDA) 6. o Energoi Polites - Cidadãos Activos 7. os Eco-Socialistas da Grécia 8. Movimento Democrático Social (DIKKI) 9. o Rizospastes e 10. o Rosa 

Horas depois da vitória da Coligação Syriza, Alexis Tsipras assegurou a apoio do pequeno partido Gregos Independentes com 13 deputados eleitos o que lhe permite, em teoria, governar o país com uma maioria confortável. É uma junção estranha, entre a esquerda radical e um partido da direita nacionalista anti-troika. Tal facto impede que o novo governo grego possa ser considerado de Esquerda, uma vez que para o ser o aliado natural seria o Partido Comunista da Grécia (KKE). Mas tal opção obrigaria a pulverização da coligação Syriza a discutir o essencial: a emissão de moeda própria, a saída da área económica do Euro, a saída da Nato, o regime de propriedade privada e o controlo dos meios de produção - enfim, pôr em causa o capitalismo e o imperialismo, mobilizar os trabalhadores e as massas populares para a Revolução.

Segundo declarações de Benoît Coeuré, membro francês do conselho executivo do Banco Central Europeu, “é absolutamente claro que não podemos concordar com qualquer redução da dívida que inclua os títulos detidos pelo BCE. Tal é impossível por razões legais” O BCE detém atualmente 27,2 mil milhões de euros de dívida grega negociável, cerca de 42% do total. Duas dessas obrigações, de 3,5 mil milhões de euros, vencem a 20 de Julho, enquanto duas outras, na ordem dos 3,2 mil milhões de euros, em Agosto (ionline)
O responsável do programa económico do Syriza, Giorgos Stathakis, reiterou que o novo Governo grego não tenciona encontrar-se com os responsáveis da Troika (formada pelo Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) e que em vez disso irá procurar negociações directas com os responsáveis dos diferentes Governos.

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