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terça-feira, janeiro 13, 2015

Somos todos Terroristas

Torna-se cada vez mais evidente que a gigantesca operação de manipulação francesa "contra o terrorismo" (reactualização da War-on-Terror de W. Bush na sequência do 11 de Setembro) é o ponto de partida para constitucionalizar uma nova versão de fascismo de fachada democrática na Europa. Aqui o 1º ministro francês jura solenemente que a França não está em guerra contra nenhuma religião e que "a França defenderá sempre qualquer seu cidadão, como sempre o tem feito". Horas depois prendem o cidadão francês Dieudonné, o humorista de origem camaronesa mais popular em França "por incitamento ao terrorismo" 



A resposta de Dieudonné não se fez esperar, acutilante: "olá Gringo! contra a liberdade de expressão tu nunca irás vencer, porque há uma diferença fundamental entre a verdade e a mentira. Mentira de que tu és escravo! poderíamos levar este debate para a presença dos Juizes, o Tribunal de Justiça da República iria defender-te ... até quando?  vamos lá Branquinho, arquiva lá o processo ... Eu perdoo-te!"

Este episódio francês de belo recorte de humor, censura e repressão, encaixa perfeitamente na recente nomeação do argumentista de textos humoristicos Nuno Artur Silva para Director de Conteúdos da estação pública de televisão portuguesa (RTP). E a primeira declaração do nomeado foi que "é preciso que a RTP retome o seu lugar como prestadora de serviços", de forma independente à lógica comercial das estações privadas, "nomeadamente com os programas de humor". Falta definir "humor", se faz favor, e porquê humor e não mais "coisas a acontecer na área cultural". Humor será continuar a imbecilizar os portugueses com as larachas aparentemente apoliticas de estrangeirados como o Herman José e afins? rir da censura por meios económicos já temos demasiado. Recorde-se que o agente Bilderberg em Portugal, Pinto Balsemão, conseguiu evitar a privatização da RTP ao mesmo tempo que lhe roubou quase todas as fontes de receita em publicidade, enviando o défice crónico da RTP para as contas a pagar pelos contribuintes. Serviço do Estado prestado a Privados.

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