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quinta-feira, dezembro 01, 2005

na rapina Imperial: “esquerda e direita” – Um monstro de duas cabeças!

“Corrompido pelo Dinheiro e pelo Poder o vosso Governo é como aqueles restaurantes que só servem um prato. Têm um turno de empregados Republicanos de um lado e um turno de empregados Democratas no outro lado. Mas, sem que interesse qual dos dois grupos de criados sirva o prato, a ementa legislativa é sempre preparada na mesma cozinha de Wall Street”
Huey Long *

Dando seguimento ao ciclo de inversão da politica dos EUA, iniciada pelo porta-voz do Partido Democrata para os Negócios Estrangeiros Joseph Biden em entrevista ao “Washington Post” escassas horas depois a Casa Branca, num comunicado tirado a papel químico do discurso do senador democrata, anunciava igualmente as suas intenções de retirar as tropas do Iraque.

Biden tinha sugerido “uma campanha mediática de pelo menos seis meses para “explicar” as razões do plano de retirada. Antes, já um amplo movimento popular anti-guerra em torno do senador John Murtha vinha ensaiando grandes manifestações de protesto e forçando esta tomada de decisão. Esta semana é o jornal “the Economist” que começou a preparar a opinião pública para a campanha de retirada das tropas norte-americanas do Iraque.
Mas, se atentarmos na imagem do soldado que faz a capa da revista, ela não é a de um GI que se bateu gloriosamente para conseguir deixar erguido um Estado Democrático e Liberal, mas sim a de um soldado acossado, escondido como um cão petrificado pelo medo protegendo-se atrás de sacos de areia.
Então, a mensagem que se pretende transmitir é simples: acossados pela Resistência, os Estados Unidos precisam de se retirar para não se descredibilizarem totalmente – mas querem fazê-lo a coberto da mise-en-scene de um pedido formal do Governo Fantoche que laboriosamente construíram.
Não se pense porém que os soldados abandonam o território iraquiano – eles apenas se vão recolher ás casernas, nas 14 bases que foram construídas para daí controlarem todo o Médio-Oriente. Lá fora serão os iraquianos a esgrimir o futuro do país, em ambiente de pré-guerra civil.

Bases Militares
É assim, a politica Yankee dos ciclos – uma associação de dois grupos malfeitores - Depois de dado o golpe * no limite do odioso, outros que venham alegadamente impolutos recolher os frutos do saque enquanto se apaziguam os ânimos. Quem morreu, morreu. Azar! Quanto a responsabilizar os criminosos – é tempo de “reconciliação” e mal intencionado será quem ponha isso em causa. Para a história fica um Iraque destruído, e mais essencial, ficam destruídas as relações comerciais previlegiadas antes mantidas pelo Iraque com a União Europeia, nomeadamente as transacções do petróleo em euros mantidas pela França e Alemanha. A destruição da economia europeia é a chave de sucesso na retoma do Império.

* a ler: "Vamos lá não esquecer!!: Bush tinha planeado invadir o Iraque, ainda antes de ser Presidente"

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