“Corrompido pelo Dinheiro e pelo Poder o vosso Governo é como aqueles restaurantes que só servem um prato. Têm um turno de empregados Republicanos de um lado e um turno de empregados Democratas no outro lado. Mas, sem que interesse qual dos dois grupos de criados sirva o prato, a ementa legislativa é sempre preparada na mesma cozinha de Wall Street”
Huey Long *Dando seguimento ao ciclo de inversão da politica dos EUA, iniciada pelo porta-voz do Partido Democrata para os Negócios Estrangeiros
Joseph Biden em entrevista ao “Washington Post” escassas horas depois a Casa Branca, num comunicado tirado a papel químico do discurso do senador democrata, anunciava igualmente as suas intenções de
retirar as tropas do
Iraque.
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Biden tinha sugerido “uma campanha mediática de pelo menos seis meses para “explicar” as razões do plano de retirada. Antes, já um amplo movimento popular anti-guerra em torno do senador
John Murtha vinha ensaiando grandes manifestações de protesto e forçando esta tomada de decisão. Esta semana é o jornal “the Economist” que começou a preparar a opinião pública para a campanha de retirada das tropas norte-americanas do Iraque.
Mas, se atentarmos na imagem do soldado que faz a capa da revista, ela não é a de um GI que se bateu gloriosamente para conseguir deixar erguido um Estado Democrático e Liberal, mas sim a de um soldado acossado, escondido como um cão petrificado pelo medo protegendo-se atrás de sacos de areia.
Então, a mensagem que se pretende transmitir é simples: acossados pela Resistência, os Estados Unidos precisam de se retirar para não se descredibilizarem totalmente – mas querem fazê-lo a coberto da mise-en-scene de um pedido formal do
Governo Fantoche que laboriosamente construíram.
Não se pense porém que os soldados abandonam o território iraquiano – eles apenas se vão recolher ás casernas, nas
14 bases que foram construídas para daí controlarem todo o
Médio-Oriente. Lá fora serão os iraquianos a esgrimir o futuro do país, em ambiente de pré-guerra civil.
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É assim, a politica Yankee dos ciclos – uma associação de dois grupos malfeitores - Depois de
dado o golpe * no limite do odioso, outros que venham alegadamente impolutos recolher os frutos do saque enquanto se apaziguam os ânimos. Quem morreu, morreu. Azar! Quanto a responsabilizar os criminosos – é tempo de “reconciliação” e mal intencionado será quem ponha isso em causa. Para a história fica um Iraque destruído, e mais essencial, ficam destruídas as relações comerciais previlegiadas antes mantidas pelo
Iraque com a União Europeia, nomeadamente as transacções do petróleo em euros mantidas pela França e Alemanha. A destruição da economia europeia é a chave de sucesso na retoma do Império.
* a ler: "
Vamos lá não esquecer!!: Bush tinha planeado invadir o Iraque, ainda antes de ser Presidente"
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