Enquanto Durão Barroso e Vicente Fox, o presidente do México, entre outros, andavam ontem a macaquear um jogo de futebol de salão para o espectáculo mediático nas cadeias de TV,,, e hoje Sócrates pôs Portugal inteiro a rir a bandeiras despregadas quando afirmou em frente das câmaras da SIC: "Eu sou um governante de esquerda",,,
,,, numa entrevista ao jornal “La Jornada”, o subcomandante Marcos considerava que a actual situação nacional é insustentável.
Actualmente o Estado Nacional (neoliberal, no caso mexicano) atravessa uma grave crise e, assegura! que a classe politica no seu conjunto deixou de representar a sociedade, sendo que esse vazio foi subtilmente tomado pelos grandes meios de informação, que nem sequer estão preparados para exercer essa representação.
"Antigamente, a classe política governava os Media, em periodos de crise governou com eles, e agora são governados por eles. Ou seja, nenhum meio de comunicação de massas irá permitir que alguém se salve do pantanoso chavascal”
o Saque de Roma
Mais de uma década após o que aconteceu em Itália com o grupo Mediaset de Berlusconi estas palavras parecem directamente dirigidas,,, à importância de Pinto Balsemão (testa-de-ferro do grupo Bilderberg) na manipulação mediática em Portugal, desde que o governo ultraconservador de Durão Barroso em 2001 retirou a Impresa da pré-falência com o desvio das receitas de publicidade da televisão pública. Se elencarmos os casos fabricados pelo jornal Expresso e pela cadeia de televisão Sic, a interferência na criação de factos políticos nestes últimos anos é notável: quem não se recorda da capa de Mário Soares nas Presidenciais; ou do mais recente caso do cansaço do ministro mais à “esquerda” (!) deste governo, Freitas do Amaral.
A concorrência (que não alternativa) responde como pode – e Vasco Pulido Valente no Público tenta meter o presidente Cavaco ao barulho com “O Velho de Belém”,,, assim:
“Se o dr. Cavaco acha agora que a queda vai continuar e que ele vai assistir de Belém, inerte e calado, a um desastre inevitável, perdeu qualquer espécie de legitimidade politica.O “Expresso” publicou ontem (sábado da semana passada) uma noticia inesperada, inconcebível, quase absurda. Claro que hoje em dia o Expresso não inspira muita confiança. De qualquer maneira, não acredito ainda que invente, por desleixo ou espírito de intriga, uma coisa tão grave. De que se trata? Segundo o Expresso, o dr. Cavaco, Presidente da República, não só pensa que a situação económica portuguesa está “condenada” até 2010, mas nem sequer tem a certeza de que ela “melhore” depois disso. Ou seja, pode mesmo acontecer que não “melhore” nunca.
(continue a ler “O Velho de Belém por VPV, aqui)
A polémica instalada à volta do livro de Manuel Maria Carrilho vive da mesma conclusão do Subcomandante Marcos – de que são os Media que formam com meias verdades e mentiras subliminares as opiniões públicas,,, e através delas governam efectivamente soluções pré-concebidas por gente importante que permanece na sombra. Carrilho quis, porque vive politicamente disso, instrumentalizar o espectáculo mediático. Morreu com o ferro com que queria matar, numa altura em que ocorreu um autêntico coup-de-etat interno no Partido Socialista, na sequência da cabala do processo CasaPia e das eleições para o novo líder escolhido também ele por processos de manipulação mediática importados do modelo americano. Não há nada de estranho nisto, tampouco no Partido dito trapaceiramente “Socialista”. Afinal não foi Mário Soares o mais fiel amigo do embaixador Frank Carlucci?, e não foi Guterres quem quis filiar o party “democrata” yankee na Internacional Socialista?
Não é difícil imaginar que personagens obscuras decidiram que isto tenha sido assim.
Está na altura dos leitores se pronunciarem - quem são os culpados? quem são?
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