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segunda-feira, maio 15, 2006

uma Carta contra resmas e resmas de papel de jornal

(enquanto a Indonésia anunciou hoje que pretende construir uma central nuclear) prossegue em crescendo a campanha de diabolização do programa nuclear do Irão - e, já ninguem que leia cabeçalhos de publicações ocidentais, tem dúvidas que este homem é perigosissimo,,, porque é independente em relação à politica do Império, porque o regime mantém o seu povo com niveis de vida não degradados, e finalmente por causa do essencial: porque, sendo o 2º maior produtor de petróleo do mundo o Irão se prepara para lançar uma Bolsa de Petróleo em Euros ( o mesmo erro de Saddam) e aderir à Opep. As consequências para o dólar, a juntar às fraquezas já conhecidas, são evidentes. Já em 2001 as bombas contra o Iraque foram bombas contra o euro.
Entretanto a carta do Presidente da República Islâmica do Irão, Ahmadi-Najad já tem tradução para português e está publicada no blogue Jangada de Pedra
www.jangada-de-pedra.blogspot.com


Qualquer homem de rua em Teerão sabe que as coisas são assim. Está escrito em painéis nas fachadas dos prédios. Aqui parece que nada disto se sabe. Uma das poucas coisas que se sabe, é que cada vez mais a saída para o desemprego para a nossa juventude está em alistarem-se nas Forças Armadas. Este processo é, de longe, muito mais tenebroso do que a situação vivida nos tempos da ditadura salazarista.

Onde vou eu? Meu fado onde me leva?
António, onde vais tu, doido rapaz?
Não sei. Mas o vapor, quando se eleva,
Lembra o meu coração, na ânsia em que jaz.

Ó Lusitânia que te vais à vela!
Adeus! que eu parto (rezarei por ela)
Na minha Nau Catrineta, adeus!

António Nobre, no livro mais triste de Portugal

adenda
Rodeado por Estados nucleares, ( sendo o principal Israel) o programa atómico do Irão é até muito compreensivel. ¿Então qual é o interesse de Washington ao ter fabricado esta crise? escreve Tariq Ali, no site SinPermisso (link em espanhol)

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