O discurso de Ano Novo (vida velha) aos portugueses não é a apresentação do relatório de contas do maior banco privado português
“É particularmente indecorosa” disse o porta voz do PS a maneira como Menezes tem estado a pressionar a nomeação de alguém da área do PSD, escolhido da extensa lista de ex-ministros de Cavaco, para a administração do BCP. Para já ficamos, por “sugestão” de Sua Excelência, com a nomeação da Junta de Salvação da Banca Privada pelos oficiosos Delegados Públicos.
O citado porta voz recordou a Menezes que os “critérios de competência” que presidem às escolhas são inalteradamente (para desgraça do país) os mesmos que levaram o PS a escolher um militante do PSD para presidir à CMVM e outro histórico do penduricalho CDS para o ICEP. Não há razão para alarmes, são todos da mesma área política. O Joe bate palmas de contente – afinal esta é uma oportunidade soberana que os accionistas minoritários do BCP têm de, por via do erário público, recuperarem alguma parte dos 200 milhões que Jardim Gonçalves tinha feito desaparecer dos livros de contabilidade, enterrados nos investimentos em fundos fraudulentos da bolsa internacional. Afinal a crise é a de ultrapassar o pequeno grande obstáculo que medeia entre o 8 do tempo da Opus Dei e o 80 inflacionado a que agora a Maçonaria pretende deitar mão por troca implícita no acordo de cedência do cargo de presidente da república a sua eminência (parda) o Dinossáuro Excelentíssimo Reloaded.
Indecorosa é a forma como nos têm querido fazer crer que as privatizações dos sectores chave da economia (que de nacional se vendeu para a transnacional dos off-shores) não são a fraude do século e que estes individuos não são clones do Alves dos Reis carimbados com o selo de autenticidade da Reserva Federal Americana
"Não sonhavam sequer que nas suas costas já os Pedintes Voadores tinham disparado mais um próverbio dos deles e esse tão disparatado, tão intriguista e tão invejoso que, francamente era de mais. Só isto: "Burro que aprende línguas esquece coice e pede o dono."
José Cardoso Pires (1971)
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, dezembro 31, 2007
domingo, dezembro 30, 2007
Caixas
Porque durante a guerra nos falavam sempre
de antes da guerra, de como todos eram todos
ingénuos, tenho agora o máximo cuidado,
ao deitar qualquer coisa fora, por exemplo,
uma caixa de papelão, peço a Deus
para que a caixa não volte nunca
a assaltar-me em forma de remorso;
lembras-te ainda como nós, despreocupados,
deitávamos fora caixas sem pensar!
Se tivéssemos guardado pelo menos uma,
se tivéssemos guardado pelo menos uma!
Judith Herzberg, (em Janeiro na Culturgest)
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sábado, dezembro 29, 2007
o Paquistão e o 11 de Setembro
Apenas três horas depois do assassinio de Miss Bhutto, aliás Miss Ocidente como era carinhosamente conhecida no seu país, aqui o staff do blogue activou os seus correspondentes e culpou de imediato a Al-Qaeda, isto é, culpou uma invenção americana, uma organização que não existe. Passado dia e meio o Governo do Paquistão chegou à mesma conclusão, com a ligeira diferença de que para eles a Al-Qaeda existe e faz vídeos do Chefe a propósito de tudo o que convém ao establisment terrorista. Mesmo que hipoteticamente a figura de corpo presente nas televisões que é Bin Laden ainda insista em continuar a ser real, essa teoria levou uma valente machadada quando a ex-ministra Benazir Bhutto, logo após o regresso ao Paquistão para encenar a putativa democracia, se descaiu e a páginas tantas despejou a boutade na entrevista a David Frost em 2 de Novembro/2007: "Omar Sheikh (…) the man who murdered Osama Bin Laden" (a frase pode ser ouvida neste vídeo ao minuto 6.15).
Hoje de manhã o porta-voz da Al-Qaeda desmentiu o aliado de Bush General Musharraf, negando a autoria do atentado que afirma ser uma "conspiração do Governo, do Exército e dos Serviços Secretos paquistaneses”. Nos noticiários do dia anterior os nossos guerrilheiros-locutores de telejornal mostravam imagens de indignados apoiantes do PPP de Bhutto que gritavam culpas de “assassino” para Musharraf “ queixando-se de que não tinha dado suficiente protecção policial a Benazir. É um erro. Gritavam assim porque pensam que foi ele mesmo quem de facto a matou. Então, se Osama bin Laden está morto, quem matou Benazir Bhutto?
Robert Fisk, no Independent, depois de traçar a biografia da corrupção do regime da família Bhutto (exemplarmente descrita no livro Talibán, de Ahmed Rashid) , equaciona a questão da seguinte maneira:
Pergunta: ¿Quem obrigou Miss Bhutto a permanecer em Londres e quis evitar o seu regresso ao Paquistão? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem ordenou este mês a detenção de centenas de simpatizantes de Bhutto? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem impôs a Benazir a prisão domiciliária este mês? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem declarou o estado de emergência este mês? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem matou Benazir Bhutto? Eh, sim, bem, sím… (cof, cof) - ¿ estão a ver qual é o problema?
Bom, mas agora, à segunda tentativa, ela está morta e os 3 milhões de paquistaneses que antes lhe tinham ido dar as boas vindas ao aeroporto andam a deitar fogo a tudo o que encontram. O Paquistão está agora em risco de implodir numa onda de violência incontrolável; e claro, esta é uma situação que Bush adora. Podemos até imaginá-lo sentado na sala oval, cavaqueando sobre o êxito com os quadros superiores da CIA que manejam o ISI, os serviços secretos paquistaneses que forjaram o regime de Terror naquele país logo após o 11 de Setembro.
Como assim? – voltando à tal entrevista, ao “Frost over the World”, quem é o “Omar Sheikh” referido como o mandante da liquidação de Bin Laden? – trata-se de Omar Saeed Sheikh, um agente do ISI, os mesmos serviços secretos que impediram o acesso a qualquer ficheiro da polícia de modo a que se investigasse o anterior atentado a Bhutto. Ela contou a Frost que pretendia uma investigação clara sobre a origem dos financiamentos dos terroristas, e acusou Sheikh de estar relacionado com o assassínio do repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal; indo ainda mais atrás, o ISI é suspeito de ter providenciado o envio do dinheiro que supostamente financiou Mohamed Atta antes dos ataques de 11/9. É evidente que isto é uma invenção de paranóicos adeptos das teorias de conspiração, tanto que veio publicado no website do Wall Street Journal (escrito por James Taranto) que em 10 de Outubro de 2001 inquiria a Administração Bush nestes termos: “did the FBI uncover evidence that Lt. General Mahmood Ahmed, the Director of the Pakistani Intelligence Service (the ISI) authorize the wiring of $100,000 to Florida to Mohammed Atta (supposed hijack ringleader of the 911 attack) through Omar Saeed Sheikh?” . Como seria este envio de fundos para um banco na Flórida possível se, desde os testes nucleares efectuados pelo Paquistão em 1998, as contas bancárias no estrangeiro de todos os nacionais paquistaneses foram congeladas e o governo sujeito a um rigoroso embargo? Na realidade seria praticamente impossível. Salvo se depois do mandato de Clinton o governo estivesse a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades americanas- se calhar foi para evitar que o Wall Street Journal continuasse a apresentar questões difíceis como esta, ou agendasse depois reportagens de investigação como a de Daniel Pearls, que o jornal recentemente foi vendido à isentíssima News Corp. de Ruppert Murdoch.
Sabendo-se então que Bush, CIA e Companhia suportam carinhosamente o regime militar paquistanês e controlam os meios de informação (para promover a indústria da guerra), ninguém se pode espantar ao ouvir o ex-agente R.G. Abbas do ISI afirmar que a CIA, o ISI e a Al-Qaeda são uma e a mesma coisa (1) – foi esta intima promiscuidade que fabricou a famigerada “Guerra ao Terrorismo” e tem à frente o Ditador a quem o Ocidente gostaria de ver agora despir a farda. Afinal, supondo que a estratégia seria a mesma que foi usada pelos EUA com a ferramenta Al-Qaeda para ajudar os Mujahdeen a combater a URSS no Afeganistão, e se como mencionou o FBI e noticiou o WSJ as pistas sobre a origem do 11/9 provinham do regime de Musharraf, seguindo a mesma lógica, eles não deveriam antes ter bombardeado o Paquistão?
Para entender a Aliança EUA-Paquistão na protecção ao Terrorismo e as operações militares no Médio Oriente (Vídeo 9min.56seg)
Nota (1) - vidé ligações em R. G. Abbas e a Operação Diamondback (em New Jersey) que provavelmente fundou a Al-Qaeda
Hoje de manhã o porta-voz da Al-Qaeda desmentiu o aliado de Bush General Musharraf, negando a autoria do atentado que afirma ser uma "conspiração do Governo, do Exército e dos Serviços Secretos paquistaneses”. Nos noticiários do dia anterior os nossos guerrilheiros-locutores de telejornal mostravam imagens de indignados apoiantes do PPP de Bhutto que gritavam culpas de “assassino” para Musharraf “ queixando-se de que não tinha dado suficiente protecção policial a Benazir. É um erro. Gritavam assim porque pensam que foi ele mesmo quem de facto a matou. Então, se Osama bin Laden está morto, quem matou Benazir Bhutto?
Robert Fisk, no Independent, depois de traçar a biografia da corrupção do regime da família Bhutto (exemplarmente descrita no livro Talibán, de Ahmed Rashid) , equaciona a questão da seguinte maneira:
Pergunta: ¿Quem obrigou Miss Bhutto a permanecer em Londres e quis evitar o seu regresso ao Paquistão? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem ordenou este mês a detenção de centenas de simpatizantes de Bhutto? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem impôs a Benazir a prisão domiciliária este mês? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem declarou o estado de emergência este mês? Resposta: O general Musharraf. Pergunta: ¿Quem matou Benazir Bhutto? Eh, sim, bem, sím… (cof, cof) - ¿ estão a ver qual é o problema?
Bom, mas agora, à segunda tentativa, ela está morta e os 3 milhões de paquistaneses que antes lhe tinham ido dar as boas vindas ao aeroporto andam a deitar fogo a tudo o que encontram. O Paquistão está agora em risco de implodir numa onda de violência incontrolável; e claro, esta é uma situação que Bush adora. Podemos até imaginá-lo sentado na sala oval, cavaqueando sobre o êxito com os quadros superiores da CIA que manejam o ISI, os serviços secretos paquistaneses que forjaram o regime de Terror naquele país logo após o 11 de Setembro.
Como assim? – voltando à tal entrevista, ao “Frost over the World”, quem é o “Omar Sheikh” referido como o mandante da liquidação de Bin Laden? – trata-se de Omar Saeed Sheikh, um agente do ISI, os mesmos serviços secretos que impediram o acesso a qualquer ficheiro da polícia de modo a que se investigasse o anterior atentado a Bhutto. Ela contou a Frost que pretendia uma investigação clara sobre a origem dos financiamentos dos terroristas, e acusou Sheikh de estar relacionado com o assassínio do repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal; indo ainda mais atrás, o ISI é suspeito de ter providenciado o envio do dinheiro que supostamente financiou Mohamed Atta antes dos ataques de 11/9. É evidente que isto é uma invenção de paranóicos adeptos das teorias de conspiração, tanto que veio publicado no website do Wall Street Journal (escrito por James Taranto) que em 10 de Outubro de 2001 inquiria a Administração Bush nestes termos: “did the FBI uncover evidence that Lt. General Mahmood Ahmed, the Director of the Pakistani Intelligence Service (the ISI) authorize the wiring of $100,000 to Florida to Mohammed Atta (supposed hijack ringleader of the 911 attack) through Omar Saeed Sheikh?” . Como seria este envio de fundos para um banco na Flórida possível se, desde os testes nucleares efectuados pelo Paquistão em 1998, as contas bancárias no estrangeiro de todos os nacionais paquistaneses foram congeladas e o governo sujeito a um rigoroso embargo? Na realidade seria praticamente impossível. Salvo se depois do mandato de Clinton o governo estivesse a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades americanas- se calhar foi para evitar que o Wall Street Journal continuasse a apresentar questões difíceis como esta, ou agendasse depois reportagens de investigação como a de Daniel Pearls, que o jornal recentemente foi vendido à isentíssima News Corp. de Ruppert Murdoch.
Sabendo-se então que Bush, CIA e Companhia suportam carinhosamente o regime militar paquistanês e controlam os meios de informação (para promover a indústria da guerra), ninguém se pode espantar ao ouvir o ex-agente R.G. Abbas do ISI afirmar que a CIA, o ISI e a Al-Qaeda são uma e a mesma coisa (1) – foi esta intima promiscuidade que fabricou a famigerada “Guerra ao Terrorismo” e tem à frente o Ditador a quem o Ocidente gostaria de ver agora despir a farda. Afinal, supondo que a estratégia seria a mesma que foi usada pelos EUA com a ferramenta Al-Qaeda para ajudar os Mujahdeen a combater a URSS no Afeganistão, e se como mencionou o FBI e noticiou o WSJ as pistas sobre a origem do 11/9 provinham do regime de Musharraf, seguindo a mesma lógica, eles não deveriam antes ter bombardeado o Paquistão?
Para entender a Aliança EUA-Paquistão na protecção ao Terrorismo e as operações militares no Médio Oriente (Vídeo 9min.56seg)
Nota (1) - vidé ligações em R. G. Abbas e a Operação Diamondback (em New Jersey) que provavelmente fundou a Al-Qaeda
quinta-feira, dezembro 27, 2007
da literatura light - a "Don deLillo Society"
"Comment parler des livres que l'on n'a pas lus?" - em “Libra” deLillo revisita uma grande obcessão: o assassinato de Kennedy; em “Mao II” exercicios paranóicos sobre Hitler, “Cosmopolis” uma odisseia de milionários sobre referências luxuosas, “End Zone” sobre cultura de massas, e uma visão do mundo formada pela remota lembrança do cinema europeu, pelo jazz e pelo expressionismo abstracto: “O Corpo enquanto Arte”. Dele diz Harold Bloom, um especialista no cânone literário ocidental, escrever ficção pertinente sobre tecnologia e massificação, consumismo e alienação, conspiração e paranóias – será um dos quatro maiores autores da literatura americana actual (que não de expressão universal), junto com Thomas Pynchon, Cormack MacCarthy e Philip Roth. Excepto talvez Roth (por causa da morte), são todos bons autores para fazer do “Day to Buy Nothing” a politica cultural de todos os dias do ano.
Apresentada a obra, Don deLillo é um novelista light americano, desconhecido excepto nos transportes públicos, que já ganhou uns prémios de que ninguém ouviu falar (pulitzer). É um visionário de binóculos retroactivos, na medida em que começou a profícua actividade de perorar sobre terrorismo quando as duas torres do Comércio Mundial ainda estavam de pé e se sonhava mudar o mundo através dos livros; antigamente,,, porque agora esse sonho precisa de armas. “Primeiro eles matam-nos e depois sabemos o nome deles” diz um personagem de “O Homem em Queda”.
Desculpe: como foi que diz que disse? – os nomes e as moradas dos que iniciaram a matança já todos os sabíamos antes que o uso das armas se generalizasse na luta para travar a emancipação dos povos. Vamos então à realidade. Num video captado no dia 11 de Setembro de 2001 a 500 metros do WTC num ângulo desconhecido das televisões, uma das pessoas das que presenciavam o acontecimento ao vivo, no minuto 12.31, diz expressamente: “Oh my God, oh my God, era um avião militar” – um contributo portentoso para a desmistificação da “guerra contra o terrorismo” que monopoliza romancistas de mercado, resmas de páginas de jornais e quilómetros de escrita de comentadores e críticos pagos à linha.
Apresentada a obra, Don deLillo é um novelista light americano, desconhecido excepto nos transportes públicos, que já ganhou uns prémios de que ninguém ouviu falar (pulitzer). É um visionário de binóculos retroactivos, na medida em que começou a profícua actividade de perorar sobre terrorismo quando as duas torres do Comércio Mundial ainda estavam de pé e se sonhava mudar o mundo através dos livros; antigamente,,, porque agora esse sonho precisa de armas. “Primeiro eles matam-nos e depois sabemos o nome deles” diz um personagem de “O Homem em Queda”.
Desculpe: como foi que diz que disse? – os nomes e as moradas dos que iniciaram a matança já todos os sabíamos antes que o uso das armas se generalizasse na luta para travar a emancipação dos povos. Vamos então à realidade. Num video captado no dia 11 de Setembro de 2001 a 500 metros do WTC num ângulo desconhecido das televisões, uma das pessoas das que presenciavam o acontecimento ao vivo, no minuto 12.31, diz expressamente: “Oh my God, oh my God, era um avião militar” – um contributo portentoso para a desmistificação da “guerra contra o terrorismo” que monopoliza romancistas de mercado, resmas de páginas de jornais e quilómetros de escrita de comentadores e críticos pagos à linha.
quarta-feira, dezembro 26, 2007
crenças
"Os homens podem ter os seus erros, mas a Igreja é santa"
tem 8 andares e 63.000,00 m² de área
um interessante artigo da... Polícia Federal brasileira
(à atenção da ASAE)
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um interessante artigo da... Polícia Federal brasileira
(à atenção da ASAE)
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domingo, dezembro 23, 2007
cá-móne portugal
“Vai procurar a minha senhora e diz-lhe que, por mais pintura que ponha no rosto, é a este estado que irá chegar” Hamlet para Yorick
Vai hoje à noite para o ar no éter internacional a biografia de mais uma figura grada do regime. Não, não é a morte portuguesa de Hamlet simbolizada pela Caveira nos teatros públicos de vicios privados. É a biografia do outro. Porém a versão do gato fedorento Ricardo Araújo Pereira é melhor do que a do "biography channel". Muito melhor! (para ler aqui)
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Vai hoje à noite para o ar no éter internacional a biografia de mais uma figura grada do regime. Não, não é a morte portuguesa de Hamlet simbolizada pela Caveira nos teatros públicos de vicios privados. É a biografia do outro. Porém a versão do gato fedorento Ricardo Araújo Pereira é melhor do que a do "biography channel". Muito melhor! (para ler aqui)
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sexta-feira, dezembro 21, 2007
balanço do ano (e já agora, do último século)
concluindo Diogo:
os banqueiros privados que comandam o FED são Judeus , foram os mandantes encobertos da Máfia americana (de cujas origens restam alguns residuos) e através desse "braço armado" consolidaram o Poder (Maier Suchowljansky: the family moved to the New York in 1911. He is credited with starting the Mafia); e a jóia de estimação do negócio, gerido através do Complexo-Politico-Militar, é Israel, petróleo oblige. E são estas as bases em que se fundamentam a economia que temos
so, This is Christmas and Happy New Year
ponto1. o fim da guerra, ou do estado de calamidade financeira neoliberal fundada nos Off-Shores não é um problema de substituição dos neocons por "democratas"
Ponto2. George W Bush não é um militar, não é um pensador de estratégia, não usa sequer os mais básicos princípios de diplomacia, e apesar disso, passado cinco anos ele continua em exercício, fazendo o seu percurso nas guerras pela hegemonia. Apesar da oposição da grande maioria dos cidadãos americanos cuja vontade democrática não é reflectida no Poder
então, quem manda nos (norte) Americanos?
Ponto3. Um défice de 8,3 triliões de dólares (que se suspeita ser 6 vezes maior) é quanto tem de se pensar que os Estados Unidos consumiram sem que esse consumo resultasse de bens ou serviços produzidos. Neste momento, se a fraude no défice se confirmar, cada trabalhador norte americano deve 375 mil dólares (ou 156 mil se a dívida se distribuir pelo total dos cidadãos). Nenhuma nação alguma vez à face da Terra “viu tanto dinheiro”, especialmente quando nada é acumulado, mas gasto nos exorbitantes custos da guerra. Submerso nestas quantias fantásticas, o maior Império alguma vez visto, no entanto, de dia para dia fica mais pobre em sangue e em dinheiro, consumidos na espiral de um buraco negro onde desaparecem “um milhão de dólares por minuto”! – infelizmente, 2008 não augura nada de bom
.
os banqueiros privados que comandam o FED são Judeus , foram os mandantes encobertos da Máfia americana (de cujas origens restam alguns residuos) e através desse "braço armado" consolidaram o Poder (Maier Suchowljansky: the family moved to the New York in 1911. He is credited with starting the Mafia); e a jóia de estimação do negócio, gerido através do Complexo-Politico-Militar, é Israel, petróleo oblige. E são estas as bases em que se fundamentam a economia que temos
so, This is Christmas and Happy New Year
ponto1. o fim da guerra, ou do estado de calamidade financeira neoliberal fundada nos Off-Shores não é um problema de substituição dos neocons por "democratas"
Ponto2. George W Bush não é um militar, não é um pensador de estratégia, não usa sequer os mais básicos princípios de diplomacia, e apesar disso, passado cinco anos ele continua em exercício, fazendo o seu percurso nas guerras pela hegemonia. Apesar da oposição da grande maioria dos cidadãos americanos cuja vontade democrática não é reflectida no Poder
então, quem manda nos (norte) Americanos?
Ponto3. Um défice de 8,3 triliões de dólares (que se suspeita ser 6 vezes maior) é quanto tem de se pensar que os Estados Unidos consumiram sem que esse consumo resultasse de bens ou serviços produzidos. Neste momento, se a fraude no défice se confirmar, cada trabalhador norte americano deve 375 mil dólares (ou 156 mil se a dívida se distribuir pelo total dos cidadãos). Nenhuma nação alguma vez à face da Terra “viu tanto dinheiro”, especialmente quando nada é acumulado, mas gasto nos exorbitantes custos da guerra. Submerso nestas quantias fantásticas, o maior Império alguma vez visto, no entanto, de dia para dia fica mais pobre em sangue e em dinheiro, consumidos na espiral de um buraco negro onde desaparecem “um milhão de dólares por minuto”! – infelizmente, 2008 não augura nada de bom
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quinta-feira, dezembro 20, 2007
o natal na séde da cristandade
as pessoas até nem estão mal vestidas; são gente normal.
Porém o falhado regime de assalariamento está a remetê-las para a sopa dos pobres. Até aqueles que ainda vão conse-
guindo manter o emprego, vêm o salário ser engolido pela crescente inflação. Em Itália existem 7 milhões de pobres; e a alta das taxas de juros ameaça a curto prazo mais 400 mil pessoas de ficarem sem a casa (para ler aqui)
Porém o falhado regime de assalariamento está a remetê-las para a sopa dos pobres. Até aqueles que ainda vão conse-
guindo manter o emprego, vêm o salário ser engolido pela crescente inflação. Em Itália existem 7 milhões de pobres; e a alta das taxas de juros ameaça a curto prazo mais 400 mil pessoas de ficarem sem a casa (para ler aqui)
quarta-feira, dezembro 19, 2007
Pequena História da Máfia
1. Israel, a Florida e o primeiro Banco Off-Shore (em zonas livres de impostos)
O transporte de elevadas quantias de dinheiro ( de verbas não declaradas ao Fisco) das receitas dos Casinos americanos e cubanos propriedade da Máfia fizeram prosperar os correios que levavam esses valores para os depositar em contas bancárias seguras na Suiça. Depois de depositadas, essas verbas voltavam aos Estados Unidos como dinheiro lavado, “limpo”, para ser usado em investimentos legais.
Mais tarde, quando o tráfego se intensificou o BCI, Banco de Crédito Internacional com séde em Genebra, para facilitar as transferências e evitar as viagens de longo curso, abriu uma filial nas Bahamas – John Pullman, (condenado por violação da Lei Seca adquiriu a cidadania canadiana e fixou-se na Suiça onde se tornou correio dos seus amigos judeus americanos) foi nomeado director dessa filial: o “Bank of World Commerce” com séde em Nassau. Foi o primeiro Off-Shore dos 250 hoje existentes em 70 paises no mundo (dados de 2003). Ida Devine uma espampanante loira que se notabilizou como “correio” percorrendo todos os Estados Unidos centralizava e canalizava todas essas fabulosas quantias a partir de Miami no Estado da Florida – no “Miami National Bank” controlado pelo judeu Samuel Cohen proprietário de grandes áreas de terrenos, hotéis e casinos na área sul ao longo da auto estrada AIA (depois denominada Cape Kennedy), de cadeias de hotéis nas Caraíbas, vultosas sociedades em Cuba e de imobiliário no centro de Manhattan. A concentração de capital ilícito no Estado da Flórida foi, e ainda hoje é, uma das principais razões da importância deste Estado na politica interna dos EUA. Por aqui pontificaram como “correios” outros nomes famosos da máfia, como Benjamin Sigelbaum (sócio de Bobby Baker, secretário dos Democratas no Senado), Ed Levinson, Irving “Nig” Devine e principalmente Sylvain Ferdmann ligado ao sindicato “Teamsters Union” de Jimmy Hoffa. (sócio do judeu Moe Dalitz no Purple Gang de Detroit). Foi deste centro nevrálgico sedeado em Miami que partiu a conspiração para assassinar o presidente liberal John F.Kennedy.
“The Kosher Connection”
O BCI suiço foi fundado em 1959 pelo Dr. Tibor Rosenbaum, um judeu que tinha sido refugiado no Gueto de Budapeste. A séde do Banco abriu num edificio ao lado do Centro Cultural e da Universidade judaicas, nas imediações da Sinagoga de Genebra, onde durante os rituais religiosos se indicavam, metendo-as numa caixa, fichas multicolores em tudo parecidas com as fichas de jogo dos casinos – cada côr indicava a quantia “oferecida” (depositada) pelos fiéis à sinagoga. Ali, sob a vigilância do espirito de seita, os valores estavam seguros. Basta lembrar que, quando acabou a guerra, a perseguição aos judeus continuou, o inventado “holocausto” não acabou no bunker de Hitler, e, por exemplo, no Pogrom de Kielce na Polónia foram mortos duas centenas de judeus que regressavam dos campos de concentração, forçando muitos milhares à emigração massiva.
Perante este clima, a Suiça tornou-se num abrigo seguro para os interesses económicos dos judeus, o mais importante na Europa. Por ali passaram o “Congresso Mundial Judeu” em Basileia no ano de 1946; o Dr. Nahum Goldman do “Executivo Sionista Mundial” e o “Movimento Mizrachi” chefiado por Amos Manor, chefe dos serviços secretos, o filho do futuro libertador da pátria usurpada aos árabes da Palestina: Amos Ben Gurion. Em Genebra funcionou igualmente a “Agência Judia”, bem perto da secção de direitos humanos da ONU em fase de gestação, até à fundação do Estado de Israel em 1948.
Com o pecúlio reunido na sinagoga de Genebra, que continuou a afluir pela porta de serviço vip da Rue de l`Université, foi fundada a “Helvis Manegment Corporation”, como indicado oficialmente - “com a finalidade de implementar o comércio entre a Suiça e Israel”. Mais tarde apurou-se que o altruismo judaico não era muito diferente das regras do jogo observadas pela máfia dos casinos geridos por judeus. Por exemplo, o ministro israelita Yehuda Spiegel, responsável pela aprovação os contratos entre o ministério da saúde e a Helvis Corp recebia 10 por cento de luvas. O escândalo mostraria depois que esse dinheiro era posto ao serviço duma empresa encoberta, a “Israel Corporation” (presidida pelo Barão Edmond de Rothchild) que o utilizava para adquirir armamento de forma secreta. Com a descoberta veio a ascenção e queda de mais um oportunista, Michael Tzur, o director Geral de Comércio e Indústria que, caido em desgraça, botou a boca no trombone e denunciou as práticas do respeitável Dr. Tibor Rosenbaum administrador do BCI que utilizava o dinheiro dos depósitos aplicando-o em proveito próprio na especulação imobiliária. Foi assim descoberto um buraco financeiro de várias dezenas de milhões de dólares. Tzur apenas conseguiu recuperar 8,5 milhões mas os grandes depositantes da Máfia judaico-americana, que à frente das suas empresas agora legalizadas, representavam uma grossa fatia do PIB americano, tinham sido avisados previamente do descalabro e retiraram do banco a totalidade dos seus valores.
As autoridades norte americanas vinham exercendo pressão sobre Rosenbaum para que lhes fornecesse informações sobre o dinheiro da Máfia depositado no seu banco. Depois do início da investigação suiça uma fonte próxima do BCI estabeleceu então contacto não oficial com o procurador Robert M. Morghentau (por sinal, todos bons rapazes, também ele judeu) e forneceu às autoridades nomes e pormenores dos depósitos e investimentos originários dos EUA. Dados então já irrelevantes, porque as maquias subtraidas ao controlo do Estado já tinham voado para outros poisos mais seguros. O ministro israelita Michael Tzur, que tinha recebido 1,4 milhões de dólares de comissões devido, entre outros serviços, às transferências de 100 milhões da Israel Corp. para o BCI teve de enfrentar 14 processos por fraude em 14 tribunais. Contudo o único julgamento levado a cabo só durou um dia – pressionado por Israel o governo tinha decidido que seria mais inconveniente que benéfico fazer luz sobre todas estas actividades, havendo o risco que fossem revelados segredos de defesa. O governo israelita não instaurou qualquer processo. O projecto de regulamentação a movimentação de divisas de Wright Patman, da comissão monetária que obrigava os cidadãos dos EUA a declararem todas as operações financeiras, nunca tomou força de lei. E Morghentau foi despedido pela administração Nixon em 1972. O Estado Suiço processou Rosenbaum por “gestão desonesta”, sem êxito, tanto mais que ele dispunha de um passaporte como embaixador itinerante do Estado Livre da Libéria criado pelos EUA e assim circulava livremente – globalizando os seus negócios em nome do sonho americano. Por exemplo, já depois das actividades do BCI serem coercivamente encerradas, o banco ao serviço de Israel continuou a exercer actividades paralelas, nomeadamente através de empresas parabancárias em que Rosenbaum era sócio; entre elas a sociedade de investimentos IOS (Investors Overseas Services) gerida por Bernard Cornfeld. Quando Cornfeld foi também preso a seguir ao colapso em cadeia, foi Rosenbaum quem pagou a fiança.
Quando chegou a “Guerra do Yom Kippur”, o Dr. Tibor Rosenbaum, dispunha de um património fabuloso e empregava colaboradores como o coronel Yehuda Harari da aviação israelita. Tinha terrenos no Brasil e outros que lhe tinham sido vendidos pela familia real italiana, perto de Roma, avaliados em 12 milhões de dólares (na perspectiva de lucros com a urbalização prevista de 150 milhões). Através da sua empresa Evlyma Inc., com séde no Liechenstein, tinha conseguido comprar o Castelo de Warmelo à casa real da rainha da Holanda por um preço incrivelmente baixo. Possuia empresas a operar na Nigéria e na Libéria (plantações de borracha e concessões mineiras a meias com o presidente William Tubman); quotas em fábricas têxteis em Israel e Sociedades de Investimento criadas pelo Partido Trabalhista de Israel, então no Poder. O boicote árabe do petróleo em principios da década de 1970 devido ao Yom Kippur, a Crise Europeia que se seguiu e a proibição da venda de armas a Israel por parte da França do General De Gaulle – fizeram ruir todo o castelo de cartas montado pelo BCI. Em 1967 a Life, tinha dado o primeiro empurrão, quando publicou uma série de artigos sobre o escândalo.
A "queixa" dos Rothchild (para americano ver) prosseguia nos tribunais israelitas no final da década de 70. Incriminados nos EUA foram duas personagens menores: Max Orovitz e Vincent “Jimmy Blue Eyes” Alo, mas apenas por obstrução à justiça. Em virtude da falta de provas, o procurador Gary Naftalis informou o Tribunal: “Jimmy Alo é um dos mais importantes representantes do crime organizado nos Estados Unidos. É colaborador próximo de Meyer Lansky de Miami (ver a Máfia dos Casinos, de Las Vegas a Havana), que é o vértice da economia clandestina.
* O esplendor do ramo polaco da familia Rothchild em Cuba durante os anos 50.
* A Ordem Financeira Mundial - Um estudo sobre a Hegemonia e o Parasitismo: "Os negócios judeus na América"
* Os Estados Unidos de Israel
O transporte de elevadas quantias de dinheiro ( de verbas não declaradas ao Fisco) das receitas dos Casinos americanos e cubanos propriedade da Máfia fizeram prosperar os correios que levavam esses valores para os depositar em contas bancárias seguras na Suiça. Depois de depositadas, essas verbas voltavam aos Estados Unidos como dinheiro lavado, “limpo”, para ser usado em investimentos legais.
Mais tarde, quando o tráfego se intensificou o BCI, Banco de Crédito Internacional com séde em Genebra, para facilitar as transferências e evitar as viagens de longo curso, abriu uma filial nas Bahamas – John Pullman, (condenado por violação da Lei Seca adquiriu a cidadania canadiana e fixou-se na Suiça onde se tornou correio dos seus amigos judeus americanos) foi nomeado director dessa filial: o “Bank of World Commerce” com séde em Nassau. Foi o primeiro Off-Shore dos 250 hoje existentes em 70 paises no mundo (dados de 2003). Ida Devine uma espampanante loira que se notabilizou como “correio” percorrendo todos os Estados Unidos centralizava e canalizava todas essas fabulosas quantias a partir de Miami no Estado da Florida – no “Miami National Bank” controlado pelo judeu Samuel Cohen proprietário de grandes áreas de terrenos, hotéis e casinos na área sul ao longo da auto estrada AIA (depois denominada Cape Kennedy), de cadeias de hotéis nas Caraíbas, vultosas sociedades em Cuba e de imobiliário no centro de Manhattan. A concentração de capital ilícito no Estado da Flórida foi, e ainda hoje é, uma das principais razões da importância deste Estado na politica interna dos EUA. Por aqui pontificaram como “correios” outros nomes famosos da máfia, como Benjamin Sigelbaum (sócio de Bobby Baker, secretário dos Democratas no Senado), Ed Levinson, Irving “Nig” Devine e principalmente Sylvain Ferdmann ligado ao sindicato “Teamsters Union” de Jimmy Hoffa. (sócio do judeu Moe Dalitz no Purple Gang de Detroit). Foi deste centro nevrálgico sedeado em Miami que partiu a conspiração para assassinar o presidente liberal John F.Kennedy.
“The Kosher Connection”
O BCI suiço foi fundado em 1959 pelo Dr. Tibor Rosenbaum, um judeu que tinha sido refugiado no Gueto de Budapeste. A séde do Banco abriu num edificio ao lado do Centro Cultural e da Universidade judaicas, nas imediações da Sinagoga de Genebra, onde durante os rituais religiosos se indicavam, metendo-as numa caixa, fichas multicolores em tudo parecidas com as fichas de jogo dos casinos – cada côr indicava a quantia “oferecida” (depositada) pelos fiéis à sinagoga. Ali, sob a vigilância do espirito de seita, os valores estavam seguros. Basta lembrar que, quando acabou a guerra, a perseguição aos judeus continuou, o inventado “holocausto” não acabou no bunker de Hitler, e, por exemplo, no Pogrom de Kielce na Polónia foram mortos duas centenas de judeus que regressavam dos campos de concentração, forçando muitos milhares à emigração massiva.
Perante este clima, a Suiça tornou-se num abrigo seguro para os interesses económicos dos judeus, o mais importante na Europa. Por ali passaram o “Congresso Mundial Judeu” em Basileia no ano de 1946; o Dr. Nahum Goldman do “Executivo Sionista Mundial” e o “Movimento Mizrachi” chefiado por Amos Manor, chefe dos serviços secretos, o filho do futuro libertador da pátria usurpada aos árabes da Palestina: Amos Ben Gurion. Em Genebra funcionou igualmente a “Agência Judia”, bem perto da secção de direitos humanos da ONU em fase de gestação, até à fundação do Estado de Israel em 1948.
Com o pecúlio reunido na sinagoga de Genebra, que continuou a afluir pela porta de serviço vip da Rue de l`Université, foi fundada a “Helvis Manegment Corporation”, como indicado oficialmente - “com a finalidade de implementar o comércio entre a Suiça e Israel”. Mais tarde apurou-se que o altruismo judaico não era muito diferente das regras do jogo observadas pela máfia dos casinos geridos por judeus. Por exemplo, o ministro israelita Yehuda Spiegel, responsável pela aprovação os contratos entre o ministério da saúde e a Helvis Corp recebia 10 por cento de luvas. O escândalo mostraria depois que esse dinheiro era posto ao serviço duma empresa encoberta, a “Israel Corporation” (presidida pelo Barão Edmond de Rothchild) que o utilizava para adquirir armamento de forma secreta. Com a descoberta veio a ascenção e queda de mais um oportunista, Michael Tzur, o director Geral de Comércio e Indústria que, caido em desgraça, botou a boca no trombone e denunciou as práticas do respeitável Dr. Tibor Rosenbaum administrador do BCI que utilizava o dinheiro dos depósitos aplicando-o em proveito próprio na especulação imobiliária. Foi assim descoberto um buraco financeiro de várias dezenas de milhões de dólares. Tzur apenas conseguiu recuperar 8,5 milhões mas os grandes depositantes da Máfia judaico-americana, que à frente das suas empresas agora legalizadas, representavam uma grossa fatia do PIB americano, tinham sido avisados previamente do descalabro e retiraram do banco a totalidade dos seus valores.
As autoridades norte americanas vinham exercendo pressão sobre Rosenbaum para que lhes fornecesse informações sobre o dinheiro da Máfia depositado no seu banco. Depois do início da investigação suiça uma fonte próxima do BCI estabeleceu então contacto não oficial com o procurador Robert M. Morghentau (por sinal, todos bons rapazes, também ele judeu) e forneceu às autoridades nomes e pormenores dos depósitos e investimentos originários dos EUA. Dados então já irrelevantes, porque as maquias subtraidas ao controlo do Estado já tinham voado para outros poisos mais seguros. O ministro israelita Michael Tzur, que tinha recebido 1,4 milhões de dólares de comissões devido, entre outros serviços, às transferências de 100 milhões da Israel Corp. para o BCI teve de enfrentar 14 processos por fraude em 14 tribunais. Contudo o único julgamento levado a cabo só durou um dia – pressionado por Israel o governo tinha decidido que seria mais inconveniente que benéfico fazer luz sobre todas estas actividades, havendo o risco que fossem revelados segredos de defesa. O governo israelita não instaurou qualquer processo. O projecto de regulamentação a movimentação de divisas de Wright Patman, da comissão monetária que obrigava os cidadãos dos EUA a declararem todas as operações financeiras, nunca tomou força de lei. E Morghentau foi despedido pela administração Nixon em 1972. O Estado Suiço processou Rosenbaum por “gestão desonesta”, sem êxito, tanto mais que ele dispunha de um passaporte como embaixador itinerante do Estado Livre da Libéria criado pelos EUA e assim circulava livremente – globalizando os seus negócios em nome do sonho americano. Por exemplo, já depois das actividades do BCI serem coercivamente encerradas, o banco ao serviço de Israel continuou a exercer actividades paralelas, nomeadamente através de empresas parabancárias em que Rosenbaum era sócio; entre elas a sociedade de investimentos IOS (Investors Overseas Services) gerida por Bernard Cornfeld. Quando Cornfeld foi também preso a seguir ao colapso em cadeia, foi Rosenbaum quem pagou a fiança.
Quando chegou a “Guerra do Yom Kippur”, o Dr. Tibor Rosenbaum, dispunha de um património fabuloso e empregava colaboradores como o coronel Yehuda Harari da aviação israelita. Tinha terrenos no Brasil e outros que lhe tinham sido vendidos pela familia real italiana, perto de Roma, avaliados em 12 milhões de dólares (na perspectiva de lucros com a urbalização prevista de 150 milhões). Através da sua empresa Evlyma Inc., com séde no Liechenstein, tinha conseguido comprar o Castelo de Warmelo à casa real da rainha da Holanda por um preço incrivelmente baixo. Possuia empresas a operar na Nigéria e na Libéria (plantações de borracha e concessões mineiras a meias com o presidente William Tubman); quotas em fábricas têxteis em Israel e Sociedades de Investimento criadas pelo Partido Trabalhista de Israel, então no Poder. O boicote árabe do petróleo em principios da década de 1970 devido ao Yom Kippur, a Crise Europeia que se seguiu e a proibição da venda de armas a Israel por parte da França do General De Gaulle – fizeram ruir todo o castelo de cartas montado pelo BCI. Em 1967 a Life, tinha dado o primeiro empurrão, quando publicou uma série de artigos sobre o escândalo.
A "queixa" dos Rothchild (para americano ver) prosseguia nos tribunais israelitas no final da década de 70. Incriminados nos EUA foram duas personagens menores: Max Orovitz e Vincent “Jimmy Blue Eyes” Alo, mas apenas por obstrução à justiça. Em virtude da falta de provas, o procurador Gary Naftalis informou o Tribunal: “Jimmy Alo é um dos mais importantes representantes do crime organizado nos Estados Unidos. É colaborador próximo de Meyer Lansky de Miami (ver a Máfia dos Casinos, de Las Vegas a Havana), que é o vértice da economia clandestina.
* O esplendor do ramo polaco da familia Rothchild em Cuba durante os anos 50.
* A Ordem Financeira Mundial - Um estudo sobre a Hegemonia e o Parasitismo: "Os negócios judeus na América"
* Os Estados Unidos de Israel
terça-feira, dezembro 18, 2007
Onde estava Jeb Bush?
Na última semana, vários municipios do Estado da Flórida confrontaram-se com a “evaporação” de 9 biliões de dólares, cerca de 1/3 do Fundo de Pensões de 28 biliões controlado pela Florida's State Board of Administration (SBA). A corrida à venda desses titulos ocorreu com base em suspeitas que os valores tivessem sido inflacionados fraudulentamente, como vem sendo habitual ocorrer na crise financeira global em curso. (Como antes tinha ocorrido na crise da "nova economia Enron" cotada no Nasdaq em 2000)
A grande maioria destes “papéis” tinham sido vendidos à SBA pela Lehman Brothers (LEH) durante o mandato do Governador Jebb Bush que supervisou a operação de investimento/venda desses Fundos Públicos aos fundos privados especulativos, agora asssociados à “crise dos subprime", que é muito mais que uma mera crise de liquidez. Edward Siedle, um ex comissário regulador da Bolsa que investiga operações financeiras mal-paradas pensa que por trás de casos típicos como o dos Fundos de Pensões da Flórida se esconde sempre um iceberg. Kerrie Cohen o porta voz da LEH não comenta, da SBA ninguém atende o telefone. Dado o presumivel envolvimento de Jeb Bush na derrocada que já soma, segundo a Bloomberg, prejuizos reais de cerca de 900 milhões de dólares – a pergunta que anda de boca em boca na Flórida é: “Where was Jeb?”
Em Portugal os Fundos de Pensões, durante o executivo Barroso-Manuela Ferreira Leite- Bagão Félix, foram investidos em “produtos financeiros mais rentáveis” que os meros depósitos até aí tradicionalmente geridos pela CGD. Um pequeno quadradinho de jornal numa pagina interior noticiava um destes dias que os investidores em fundos públicos já tinham perdido 600 milhões de euros. Onde está o Bagão? (Escreve artigos de crítica ao governo sobre rentabilidade e boa governança, enquanto 32% da população activa, por acção das politicas que Bagão fundou, caiu no limiar da pobreza)
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A grande maioria destes “papéis” tinham sido vendidos à SBA pela Lehman Brothers (LEH) durante o mandato do Governador Jebb Bush que supervisou a operação de investimento/venda desses Fundos Públicos aos fundos privados especulativos, agora asssociados à “crise dos subprime", que é muito mais que uma mera crise de liquidez. Edward Siedle, um ex comissário regulador da Bolsa que investiga operações financeiras mal-paradas pensa que por trás de casos típicos como o dos Fundos de Pensões da Flórida se esconde sempre um iceberg. Kerrie Cohen o porta voz da LEH não comenta, da SBA ninguém atende o telefone. Dado o presumivel envolvimento de Jeb Bush na derrocada que já soma, segundo a Bloomberg, prejuizos reais de cerca de 900 milhões de dólares – a pergunta que anda de boca em boca na Flórida é: “Where was Jeb?”
Em Portugal os Fundos de Pensões, durante o executivo Barroso-Manuela Ferreira Leite- Bagão Félix, foram investidos em “produtos financeiros mais rentáveis” que os meros depósitos até aí tradicionalmente geridos pela CGD. Um pequeno quadradinho de jornal numa pagina interior noticiava um destes dias que os investidores em fundos públicos já tinham perdido 600 milhões de euros. Onde está o Bagão? (Escreve artigos de crítica ao governo sobre rentabilidade e boa governança, enquanto 32% da população activa, por acção das politicas que Bagão fundou, caiu no limiar da pobreza)
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segunda-feira, dezembro 17, 2007
Gestão de proximidade
No capitulo II do Livro dos Judeus, “Ethics of the Fathers” lê-se o aviso: “Estejam em guarda contra os que regem o poder (...) para aqueles que o exercem e regulam nenhum homem lhes estará próximo, excepto aqueles que são precisos para os seus próprios interesses; aparecem como amigos quando procuram obter vantagens em proveito próprio, nunca estão por perto na hora em que um homem realmente precisa”
Christopher Bollyn é um historiador que tem dedicado a sua vida nestes últimos anos a investigar os factos que mudaram a América em 11 de Setembro 2001.
Partindo de alguns indícios que ligam os judeus Sionistas, desde o facto de nenhum judeu ter comparecido nos empregos no WTC nesse fatídico dia (e por isso não houve nenhum israelita morto entre as 3 mil vítimas de cerca de 90 nacionalidades) até aos conhecidos vivas de alegria do grupo que festejou a queda das torres, passando pelo aviso prévio aos funcionários da empresa judaica Odigo, Bollyn descobriu duas pistas importantes quase inadvertidamente – “Eu só encontrei esta informação por mero acaso, enterrada em três mil caracteres num artigo do “Jerúsalem Post” de 2004 acerca da equipa de futebol “Betar” (propriedade de dirigentes do partido extremista Likud*) relacionada com a digressão que fizeram ao Canadá em Setembro de 2001”. Investigando mais sobre o assunto junto da imprensa de Toronto, confirmou-se num artigo que houve uma recolha de fundos para ajuda do financiamento do movimento Sionista em Toronto, onde o futuro lider de Israel Ehud Olmert esteve presente no dia 9 de Setembro. Toda a gente viu, por diversas vezes, Olmert (presidente da Câmara de Jerusalem, cidade germinada com NY, entre 1993 e 2003) aparecer lado a lado com Rudy Giuliani em conferências de imprensa e comícios que procuraram "promover a heroicidade" do mayor de New York nos dias e meses que se seguiram ao dia 11 de Setembro, fazendo em conjunto “um autêntico espectáculo de canto e dança sobre terrorismo”. Porém a grande surpresa foi constatar que, um dia depois da recolha de fundos em Toronto, Olmert e Giuliani estiveram reunidos em New York no dia 10 de Setembro de 2001. Este facto nunca foi mencionado na imprensa norte americana. Porque teria o chefe do movimento extremista Likud feito uma visita secreta a Giuliani na cidade de New York na véspera do maior ataque terrorista na história dos Estados Unidos? Porque foi isto mantido em segredo se a visita, não esteve, de qualquer modo, relacionada com o 11 de Setembro?
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Christopher Bollyn é um historiador que tem dedicado a sua vida nestes últimos anos a investigar os factos que mudaram a América em 11 de Setembro 2001.
Partindo de alguns indícios que ligam os judeus Sionistas, desde o facto de nenhum judeu ter comparecido nos empregos no WTC nesse fatídico dia (e por isso não houve nenhum israelita morto entre as 3 mil vítimas de cerca de 90 nacionalidades) até aos conhecidos vivas de alegria do grupo que festejou a queda das torres, passando pelo aviso prévio aos funcionários da empresa judaica Odigo, Bollyn descobriu duas pistas importantes quase inadvertidamente – “Eu só encontrei esta informação por mero acaso, enterrada em três mil caracteres num artigo do “Jerúsalem Post” de 2004 acerca da equipa de futebol “Betar” (propriedade de dirigentes do partido extremista Likud*) relacionada com a digressão que fizeram ao Canadá em Setembro de 2001”. Investigando mais sobre o assunto junto da imprensa de Toronto, confirmou-se num artigo que houve uma recolha de fundos para ajuda do financiamento do movimento Sionista em Toronto, onde o futuro lider de Israel Ehud Olmert esteve presente no dia 9 de Setembro. Toda a gente viu, por diversas vezes, Olmert (presidente da Câmara de Jerusalem, cidade germinada com NY, entre 1993 e 2003) aparecer lado a lado com Rudy Giuliani em conferências de imprensa e comícios que procuraram "promover a heroicidade" do mayor de New York nos dias e meses que se seguiram ao dia 11 de Setembro, fazendo em conjunto “um autêntico espectáculo de canto e dança sobre terrorismo”. Porém a grande surpresa foi constatar que, um dia depois da recolha de fundos em Toronto, Olmert e Giuliani estiveram reunidos em New York no dia 10 de Setembro de 2001. Este facto nunca foi mencionado na imprensa norte americana. Porque teria o chefe do movimento extremista Likud feito uma visita secreta a Giuliani na cidade de New York na véspera do maior ataque terrorista na história dos Estados Unidos? Porque foi isto mantido em segredo se a visita, não esteve, de qualquer modo, relacionada com o 11 de Setembro?
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domingo, dezembro 16, 2007
a nova economia
ou de como as leis de flexibilidade de trabalho, que as pretende uniformizar com as normas impostas pelo Império, já se aplicam antes da sua entrada em vigor na União Europeia. Quem quiser trabalho é por esta via (precária) que tem de o procurar:
A empresa yankee DynCorp International Inc. (um clone da mundialmente famosa Blackwater) ganhou uma empreitada no valor de 49 milhões de dólares para a construção de um novo quartel-cidade encravado no Afeganistão com capacidade para acomodar 4000 mercenários. Nada de especial. Quando o novo(a) presidente do globo neoliberal der um jeito na degradada maquilhagem do neoconservadorismo e estabilizarem as modas, a empresa espera ampliar a área de negócios ao Iraque - para onde já tem contratos assinados no valor de 4,6 biliões de dólares.
Antes da presente escalada bushista sobre os direitos humanos dos pobres, a DynCorp já tinha um currículo invejável na terceirização da indústria militar. Além de ser a actual responsável pelas operações na base de Manta, esteve envolvida no treino de torturadores e assassinos por toda a América Latina, nas fumigações com glifosato adulterando os campos agricolas, em execuções extrajudiciais no Haiti, no tráfico de meninas e de drogas e na intervenção directa na guerra suja no âmbito do Plano Colômbia. (fonte). A ALDHU sempre denunciou que desde os anos 90, os EUA preferem contratar companhias privadas de mercenários evitando envolver soldados norte-americanos para intervir em conflitos de alto risco. Para zonas de menor risco dispõem dos lacaios espanhóis, portugueses, polacos, etc. - Mercenários de todo o mundo Uni-vos! - há um futuro radioso de contratos de trabalho flexiveis à vossa espera
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A empresa yankee DynCorp International Inc. (um clone da mundialmente famosa Blackwater) ganhou uma empreitada no valor de 49 milhões de dólares para a construção de um novo quartel-cidade encravado no Afeganistão com capacidade para acomodar 4000 mercenários. Nada de especial. Quando o novo(a) presidente do globo neoliberal der um jeito na degradada maquilhagem do neoconservadorismo e estabilizarem as modas, a empresa espera ampliar a área de negócios ao Iraque - para onde já tem contratos assinados no valor de 4,6 biliões de dólares.
Antes da presente escalada bushista sobre os direitos humanos dos pobres, a DynCorp já tinha um currículo invejável na terceirização da indústria militar. Além de ser a actual responsável pelas operações na base de Manta, esteve envolvida no treino de torturadores e assassinos por toda a América Latina, nas fumigações com glifosato adulterando os campos agricolas, em execuções extrajudiciais no Haiti, no tráfico de meninas e de drogas e na intervenção directa na guerra suja no âmbito do Plano Colômbia. (fonte). A ALDHU sempre denunciou que desde os anos 90, os EUA preferem contratar companhias privadas de mercenários evitando envolver soldados norte-americanos para intervir em conflitos de alto risco. Para zonas de menor risco dispõem dos lacaios espanhóis, portugueses, polacos, etc. - Mercenários de todo o mundo Uni-vos! - há um futuro radioso de contratos de trabalho flexiveis à vossa espera
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sábado, dezembro 15, 2007
História da Abolição do Estado Social (II)
As directivas elaboradas pela ONU consignadas na Declaração Universal dos Direitos do Homem em Dezembro de 1948 diziam respeito aos direitos politicos e de liberdade de expressão dentro dos quadros nacionais, e só foram veinculativas juridicamente para os Estados subscritores. Cedo se percebeu que aquelas duas reinvindicações, essenciais para a existência de Estados Democráticos, dependiam de condições especificas sócio-económicas nas quais assentavam a estrutura politica. Assim, a Declaração foi completada com uma adenda aprovada na mesma ONU em Dezembro de 1966: o “Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais” * que, entre outros, consagrava no artigo 22 que “todas as pessoas como membros da sociedade têm direito à segurança social e a obter, levando em conta os recursos de cada Estado, a satisfação dos direitos económicos e culturais, indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade”. E no artigo 23: “Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho, a condições de remuneração equitativa e à protecção contra o desemprego”. O artigo 25º estipulava que “cada pessoa tem direito a um nivel de vida adequado, que lhe assegure a si e à sua familia, a saúde e o bem-estar, em especial o direito à alimentação, habitação digna, assistência médica e o mesmo direito à segurança em caso de doença, invalidez e velhice”.
Estes preceitos foram, regra geral, incorporados nas Constituições nacionais. No caso da Constituição francesa de 1958 acrescentava-se ainda alguns outros direitos, como “os da mulher que devia usufruir do mesmo estatuto em relação de igualdade com o homem”; o de que “ninguém pode ser prejudicado no seu direito ao trabalho ou no seu emprego por causa das suas origens, opiniões ou crenças religiosas”; o “direito de cada trabalhador de participar através dos seus representantes na determinação colectiva das condições de trabalho e de gestão das empresas”; do “direito de acesso ao ensino”; e por fim “que toda a empresa cuja exploração possua ou adquira caracteristicas de serviço público nacional ou de monopólio de facto, deve passar a ser propriedade da colectividade”
Esta “compilação” de direitos, conquanto nunca tenha tido uma aplicação na prática verdadeiramente real, acabaria por ser posta em causa pelas condições económicas na Europa depois da crise petrolifera do principio da década de 70, quando a OPEP dominada maioritariamente pelos paises Árabes decretou o boicote ao fornecimento de petróleo como forma de retaliação pelo efectivo apoio militar europeu a Israel **na "Guerra dos Seis Dias" de que resultou a usurpação de territórios na Palestina, Síria e Egipto.
* É útil que se leia na íntegra a última actualização do "Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais" para se perceber a actual manipulação feita por cima dos "direitos humanos"
** Bush e Olmert acordam um aumento da ajuda militar a Israel em mais de 30 biliões de dólares durante os próximos 10 anos. (BBC)
*** ver ainda o inventário das: "Relações Militares EUA-Israel"
Conclusão: Os Estados Unidos financiam o armamento e patrocinam a destruição dos Estados limitrofes de Israel. A Europa coopera e paga a reconstrução (à custa da demolição do Estado Social) e remete as empreitadas para as empresas multinacionais de tecnologia americana que são quem mais lucram com o negócio
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Estes preceitos foram, regra geral, incorporados nas Constituições nacionais. No caso da Constituição francesa de 1958 acrescentava-se ainda alguns outros direitos, como “os da mulher que devia usufruir do mesmo estatuto em relação de igualdade com o homem”; o de que “ninguém pode ser prejudicado no seu direito ao trabalho ou no seu emprego por causa das suas origens, opiniões ou crenças religiosas”; o “direito de cada trabalhador de participar através dos seus representantes na determinação colectiva das condições de trabalho e de gestão das empresas”; do “direito de acesso ao ensino”; e por fim “que toda a empresa cuja exploração possua ou adquira caracteristicas de serviço público nacional ou de monopólio de facto, deve passar a ser propriedade da colectividade”
Esta “compilação” de direitos, conquanto nunca tenha tido uma aplicação na prática verdadeiramente real, acabaria por ser posta em causa pelas condições económicas na Europa depois da crise petrolifera do principio da década de 70, quando a OPEP dominada maioritariamente pelos paises Árabes decretou o boicote ao fornecimento de petróleo como forma de retaliação pelo efectivo apoio militar europeu a Israel **na "Guerra dos Seis Dias" de que resultou a usurpação de territórios na Palestina, Síria e Egipto.
* É útil que se leia na íntegra a última actualização do "Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais" para se perceber a actual manipulação feita por cima dos "direitos humanos"
** Bush e Olmert acordam um aumento da ajuda militar a Israel em mais de 30 biliões de dólares durante os próximos 10 anos. (BBC)
*** ver ainda o inventário das: "Relações Militares EUA-Israel"
Conclusão: Os Estados Unidos financiam o armamento e patrocinam a destruição dos Estados limitrofes de Israel. A Europa coopera e paga a reconstrução (à custa da demolição do Estado Social) e remete as empreitadas para as empresas multinacionais de tecnologia americana que são quem mais lucram com o negócio
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sexta-feira, dezembro 14, 2007
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a Câmara dos Representantes votou por 370-49 a aprovação da lei que autoriza um orçamento de 696 biliões de dólares (incluindo 189 biliões para as guerras do Iraque e Afeganistão) para programas militares para o ano que agora se inicia. Desde 1999 o orçamento anual para as forças armadas mais que duplicou, sem contar com os gastos extra nas duas guerras atrás mencionadas. Ao mesmo tempo o Presidente tornou a vetar (a primeira vez tinha sido em Outubro) o programa de cuidados médicos de ajuda a crianças desfavorecidas: nem um cêntimo!
Comentário de um leitor no diário “USA Today”: “Os Estados Unidos têm um défice de 9 triliões de dólares! E uma taxa de inflação, medida pelo CPI, que actualmente começa a crescer de forma significativa. A guerra do Iraque deve terminar brevemente, porque não dispomos de mais homens, dinheiro e vontade de continuar um esforço que acreditamos não fazer qualquer sentido. Esperamos que o povo e o Congresso regressem ao bom senso antes que colapsemos como nação. Isso está mais perto de acontecer do que pensamos” – visto de longe e contrariando o leitor, provavelmente a estratégia que está a ser seguida aponta para a exportação da crise:
o FED voltou a baixar as taxas de juros de curto prazo para prevenir que a crise de crédito venha a alastrar aos mercados globais trazendo de volta a recessão para os Estados Unidos. Para evitar que isso aconteça o mecanismo a utilizar foi o de voltar a disponibilizar mais 80 biliões de dólares aos bancos americanos em situação de insolvência até ao fim deste ano. E fazer acordos com o Banco Central Europeu e o Banco Nacional da Suiça por forma a colocar ao dispôr dos bancos europeus mais 24 biliões de dólares.
o Daily Telegraph chama a esta operação liderada por Ben Bernanke a "Operação de Salvação da Grande Depressão", concluindo: "Esta escala de liquidez em dinheiro vivo (fabricado) que agora se injecta, é uma pálida sombra das centenas de biliões de dólares que se evaporaram desde que se iniciou a crise do crédito imobiliário nos EUA no último verão
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quinta-feira, dezembro 13, 2007
Brown, “o azarento”
Por uma vez, hoje dão-se por bem empregues os 90 cêntimos do jornal. Teresa de Sousa faz a mais extraordinária análise sobre o papel da crise de corrupção que atravessa o governo do “Labour” de Sua magestade britânica. E como a faz? Não mencionando a sua existência.
Segundo TS a ausência de Gordon Brown da cimeira UE-África fica a dever-se, aos motivos conhecidos e ao vago reconhecimento de que os Wog`s que pisam o risco em relação às regras comerciais da Commonwealth têm de ser abatidos; depois, a ausência da assinatura do Tratado de Lisboa deve-se “ao desinteresse da Grã-Bretanha pela União Europeia por quem os ingleses não morrem de amores” já desde a actuação da famosa dupla Tatcher (que tem estátua dourada no Parlamento em nome da Chicago School of Economics) e o fiel patrono Reagan (que tem estátua de naftalina nas catatumbas do Vaticano); Por último, a presumivel ausência do 1º Ministro inglês na próxima sexta feira da Cimeira de Bruxelas será uma consequência dos “azares que têm perseguido Brown nas dificeis condições que herdou” do criminoso de guerra Tony Blair (que quanto muito poderá aspirar a ter uma estátua oferecida por Bush à porta da filial militar do Pentágono em Basra
Algumas pistas para a compreensão do papel da Inglaterra na cadeia de dominação imperialista:
- De fora da zona euro e da juridisção do BCE, a emissão da Libra depende do Banco Central de Inglaterra entidade que é de há muito gerida por interesses de grupos financeiros privados judeus-Sionistas.
- o Partido Trabalhista tem dependido nas últimas duas décadas do financiamento de “entidades e generosos mecenas” judeus ligados aos interesses corporativos de Israel.
- Existe um forte movimento cívico disposto a sentar Blair em tribunal, por ter envolvido o país numa guerra baseada em mentiras e informações deliberadamente manipuladas.
- o “Crash” financeiro em curso, que tem obrigado o Banco de Inglaterra a “fabricar” e despejar biliões sobre dezenas de empresas afectadas na principal praça financeira mundial (a City londrina, que com a crise do dólar já ultrapassou Wall Street) agrava-se e terá consequências por enquanto imprevisíveis.
Por uma vez, hoje dão-se por bem empregues os 90 cêntimos do jornal. Teresa de Sousa faz a mais extraordinária análise sobre o papel da crise de corrupção que atravessa o governo do “Labour” de Sua magestade britânica. E como a faz? Não mencionando a sua existência.
Segundo TS a ausência de Gordon Brown da cimeira UE-África fica a dever-se, aos motivos conhecidos e ao vago reconhecimento de que os Wog`s que pisam o risco em relação às regras comerciais da Commonwealth têm de ser abatidos; depois, a ausência da assinatura do Tratado de Lisboa deve-se “ao desinteresse da Grã-Bretanha pela União Europeia por quem os ingleses não morrem de amores” já desde a actuação da famosa dupla Tatcher (que tem estátua dourada no Parlamento em nome da Chicago School of Economics) e o fiel patrono Reagan (que tem estátua de naftalina nas catatumbas do Vaticano); Por último, a presumivel ausência do 1º Ministro inglês na próxima sexta feira da Cimeira de Bruxelas será uma consequência dos “azares que têm perseguido Brown nas dificeis condições que herdou” do criminoso de guerra Tony Blair (que quanto muito poderá aspirar a ter uma estátua oferecida por Bush à porta da filial militar do Pentágono em Basra
Algumas pistas para a compreensão do papel da Inglaterra na cadeia de dominação imperialista:
- De fora da zona euro e da juridisção do BCE, a emissão da Libra depende do Banco Central de Inglaterra entidade que é de há muito gerida por interesses de grupos financeiros privados judeus-Sionistas.
- o Partido Trabalhista tem dependido nas últimas duas décadas do financiamento de “entidades e generosos mecenas” judeus ligados aos interesses corporativos de Israel.
- Existe um forte movimento cívico disposto a sentar Blair em tribunal, por ter envolvido o país numa guerra baseada em mentiras e informações deliberadamente manipuladas.
- o “Crash” financeiro em curso, que tem obrigado o Banco de Inglaterra a “fabricar” e despejar biliões sobre dezenas de empresas afectadas na principal praça financeira mundial (a City londrina, que com a crise do dólar já ultrapassou Wall Street) agrava-se e terá consequências por enquanto imprevisíveis.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Os Direitos do Homem de Negócios
Num dos últimos posts sobre a Cimeira Europa-África - Miguel Portas concorda com a culpa do Colonialimo nos males de África, e acrescenta: “Mugabe só passou de bestial a besta quando tentou tocar nos interesses dos grandes fazendeiros”, ou seja, quando a Reforma Agrária no Zimbabwe expropriou 90 por cento do terreno cultivável que ainda estava nas mãos de 1 por cento de colonos ingleses brancos e os repartiu pelos camponeses pobres. “O modo como depois Mugabe geriu, durante duas décadas, a relação com os colonos e a questão agrária, foi indiscutivelmente moderada, se a compararmos com a generalidade dos regimes pós-coloniais”. Até aí tudo bem, todos concordamos. Mas acrescenta: A loucura veio depois “A última década do autocrata é uma catástrofe; quem paga a fuga em frente de Robert Mugabe não são os fazendeiros mas o povo”. Pois sim, mas os fazendeiros abandonaram o país, inconformados com a situação de já não serem os donos e senhores exclusivos das empresas e a Grã-Bretanha impôs e conseguiu que a União Europeia impusesse sanções económicas e boicotes ao actual regime do Zimbawe.
Nessa “loucura” Miguel Portas concorda com o Ministro dos Negócios Estrangeiros inglês (por acaso de um governo não eleito) quando David Milliband diz: “O primeiro ministro britânico não estará presente – devido à nossa preocupação com a tragédia que se está a desenrolar no Zimbabwe, que afecta pessoas de todas as raças e que acreditamos ser culpa de Robert Mugabe”
São estas acções de boicote e não outras que provocaram os 4 a “8 mil por cento de inflacção ao ano, o rendimento per capita em queda livre, as prateleiras vazias e uma queda na esperança de vida de 62 para 37 anos em 15 anos”
Regimes amigos e regimes inimigos
Dentro das apertadas normas que as instituições financeiras internacionais lhe impõem e que deliberadamente destroem qualquer possibilidade de soberania económica que Mugabe, tenha as suas elites, ou “que escolha fazer asneiras” (como aumentar cinco vezes o salário dos veteranos de guerra, os seus principais apoiantes politicos), é próprio do status vigente em África, porque de economias débeis, permeáveis a toda a espécie de influências. O que os advogados do neo-colonialismo nunca perdoaram ao partido no poder, o Zanu-PF, é a aura de socialismo que Mugabe adquiriu com a 1º independência. Ser-lhes-ia muito mais útil a vitória eleitoral do pró-Ocidental Arthur Mutambara, um engenheiro formado no MIT do Massachusetts que promove a oposição apoiado em poderosas forças exteriores. (ver a Zimonline). Outro facto que fundamenta serem os interesses económicos aquilo que está em causa (e não quaisquer “direitos humanos”) é o ordenado pelo cargo do presidente Mugabe se fixar em cerca de 1500 euros, enquanto o ministro das Finanças, responsável perante os bancos centrais estrangeiros que gerem a dívida externa, aufere 36.000 euros mensais. Assim como assim num país pobre como Portugal o gestor do Banco Central, Vítor Constâncio também ganha mais que o responsável pela Reserva Federal Americana. E contra isto não há indignação dos militantes dos direitos económicos. Estes altos gestores nomeados não se sabe por quem, à revelia de qualquer réstea de democracia, evidencia a existência de uma rede financeira que supervisa (apoiando) as actividades económicas das 38.000 multinacionais existentes no mundo (90 por cento das quais são israelo-americanas). Afinal, sempre é o suporte económico que é dado aos regimes que determina em última análise a sua natureza.
Nessa “loucura” Miguel Portas concorda com o Ministro dos Negócios Estrangeiros inglês (por acaso de um governo não eleito) quando David Milliband diz: “O primeiro ministro britânico não estará presente – devido à nossa preocupação com a tragédia que se está a desenrolar no Zimbabwe, que afecta pessoas de todas as raças e que acreditamos ser culpa de Robert Mugabe”
São estas acções de boicote e não outras que provocaram os 4 a “8 mil por cento de inflacção ao ano, o rendimento per capita em queda livre, as prateleiras vazias e uma queda na esperança de vida de 62 para 37 anos em 15 anos”
Regimes amigos e regimes inimigos
Dentro das apertadas normas que as instituições financeiras internacionais lhe impõem e que deliberadamente destroem qualquer possibilidade de soberania económica que Mugabe, tenha as suas elites, ou “que escolha fazer asneiras” (como aumentar cinco vezes o salário dos veteranos de guerra, os seus principais apoiantes politicos), é próprio do status vigente em África, porque de economias débeis, permeáveis a toda a espécie de influências. O que os advogados do neo-colonialismo nunca perdoaram ao partido no poder, o Zanu-PF, é a aura de socialismo que Mugabe adquiriu com a 1º independência. Ser-lhes-ia muito mais útil a vitória eleitoral do pró-Ocidental Arthur Mutambara, um engenheiro formado no MIT do Massachusetts que promove a oposição apoiado em poderosas forças exteriores. (ver a Zimonline). Outro facto que fundamenta serem os interesses económicos aquilo que está em causa (e não quaisquer “direitos humanos”) é o ordenado pelo cargo do presidente Mugabe se fixar em cerca de 1500 euros, enquanto o ministro das Finanças, responsável perante os bancos centrais estrangeiros que gerem a dívida externa, aufere 36.000 euros mensais. Assim como assim num país pobre como Portugal o gestor do Banco Central, Vítor Constâncio também ganha mais que o responsável pela Reserva Federal Americana. E contra isto não há indignação dos militantes dos direitos económicos. Estes altos gestores nomeados não se sabe por quem, à revelia de qualquer réstea de democracia, evidencia a existência de uma rede financeira que supervisa (apoiando) as actividades económicas das 38.000 multinacionais existentes no mundo (90 por cento das quais são israelo-americanas). Afinal, sempre é o suporte económico que é dado aos regimes que determina em última análise a sua natureza.
terça-feira, dezembro 11, 2007
o Grande Arquitecto dos Estados Unidos de África
“É inevitável que as atenções se centrem nele, viajando com a sua equipa de mulheres seguranças, o lider líbio Mammar Kadhafi (grafia em inglês) causa sempre algum frisson (...) e concentra as atenções por onde passa graças à sua tenda”. Assim se refere a imprensa a um dos mais mediáticos participantes da Cimeira Europa-África. De todos os quadrantes politicos “de esquerda” com direito à palavra choveram as críticas insonsas sobre a publicidade paga e os direitos humanos ad-nihil, desde este “cromo” e Ana Gomes até aos tradicionais oportunistas liberais. O que terá Al-Gathafi para nos dizer? Parece ser coisa de somenos. No entanto os lideres africanos parecem dar-lhe mais ouvidos do que aos lideres europeus (para quem a Libia só interessa porque possui as maiores reservas de Energia para venda no continente)
O que é certo é que a emergente Comunidade de Paises Africanos não permitiu a discussão de assuntos internos dos Estados africanos, resistindo ao habitual carnaval de ameaças europeias sob a égide dos “direitos humanos” enquanto na área económica, como fiéis retransmissores das regras definidas pelo Consenso de Washington, “a Europa” (como um todo inexistente) se prepara para continuar a implantar novas formas de exploração com novas roupagens neocoloniais.
Al-Qathafi instou os lideres europeus a escolher entre duas coisas: "ou devolver os recursos espoliados a África durante o colonialismo, ou a convidar os africanos a viver nos seus países”. Recorde-se que um dos reptos da UE é combater o fluxo de imigrantes clandestinos e promover a chegada de trabalhadores qualificados. A Comissão Europeia pretende atrair, nos próximos vinte anos, cerca de vinte milhões de trabalhadores de fora da UE – isto é, uma versão da captação de mão de obra cujas despesas de formação foram pagas por outros, similar à politica que é usada na captação de cérebros de todo o mundo para os EUA.
O presidente da União Africana (UA) Alpha Oumar Konaré avisou a União Europeia que “se abstenham de utilizar mecanismos doutra época. Nenhum país africano poderá chegar sózinho a bom porto sem os outros – o destino dos que caminham melhor irá a par dos que vão pior”. Na falta de entendimento, prosseguem as negociações bilaterais com certas regiões, as que aceitam incondicionalmente as regras de mercado impostas pela Organização Mundial de Comércio e pelas regras comerciais do GATT, ou seja a aplicação das regras de propriedade intelectual que não lhes permite tomar uma aspirina sem que paguem direitos de autor, enquanto exigem a garantia de que o Estado não intervirá nos interesses das empresas multinacionais e dos investidores.
Se calhar foi por isto que Abdoulaye Wade, o Presidente da Nigéria bateu com a porta e abandonou a Cimeira antes do seu encerramento, apelando ao boicote dos acordos de “parceria económica” em discussão.“Porque é que foi este - e não um dos «déspotas africanos» que «não tem sede de democracia, nem de desenvolvimento nem de direitos humanos» - que deixou esta mancha na Cimeira?”
Sócrates explica: “Somos iguais na nossa dignidade humana (...) porém também em termos de responsabilidade política (...) onde muitos paises não podem ter um comércio livre com a União Europeia”; áh, então é isso, o “comércio livre” controlado pela “retórica politica livre” que pretende encobrir a continuação da implementação de novas bolhas de desenvolvimento em África de onde se retirem lucros pilhados para benefício dos mesmos de sempre. Bem tinha avisado o tal comunicado antecipado dos 17 intelectuais: “ao evitarem os temas difíceis, os líderes europeus tornam-se irrelevantes”.
PS - Os temas dificeis e a pseudo discussão sobre irrelevância europeia voltaram ontem a estar na berlinda nos “Prós&Prós”: Miguel Portas e Pacheco Pereira (pró-Referendo ao Tratado de Lisboa) e o secretário de Estado e um outro jovem do PS de que não fixei o nome, que acham que o Tratado se auto-democratiza a si mesmo pelos lideres dos paises que o pariram nas capelinhas das elites burocráticas. Depois da lavagem a seco nos Parlamentos nacionais, as directivas neoliberais sobre a desregumentação do trabalho e do Estado social, chumbadas pelo anterior “não” em França e na Holanda, passariam, por um golpe de mágica, a transformar-se em legítimas. O que sobra daqui? Os povos e a falta de discussão sobre o essencial – “a Europa das elites anti-democráticas” é uma mera cadeia organizada de Executivos (autómatos) ao serviço da transmissão dos interesses dos Estados Unidos e está atada às regras militares impostas pela NATO. A haver “contras” o designio da Europa seria fazer implodir a dominação perpetuada pelos mecanismos da NATO. E não atascarem-se de novo em negócios como o do Kosovo
.
O que é certo é que a emergente Comunidade de Paises Africanos não permitiu a discussão de assuntos internos dos Estados africanos, resistindo ao habitual carnaval de ameaças europeias sob a égide dos “direitos humanos” enquanto na área económica, como fiéis retransmissores das regras definidas pelo Consenso de Washington, “a Europa” (como um todo inexistente) se prepara para continuar a implantar novas formas de exploração com novas roupagens neocoloniais.
Al-Qathafi instou os lideres europeus a escolher entre duas coisas: "ou devolver os recursos espoliados a África durante o colonialismo, ou a convidar os africanos a viver nos seus países”. Recorde-se que um dos reptos da UE é combater o fluxo de imigrantes clandestinos e promover a chegada de trabalhadores qualificados. A Comissão Europeia pretende atrair, nos próximos vinte anos, cerca de vinte milhões de trabalhadores de fora da UE – isto é, uma versão da captação de mão de obra cujas despesas de formação foram pagas por outros, similar à politica que é usada na captação de cérebros de todo o mundo para os EUA.
O presidente da União Africana (UA) Alpha Oumar Konaré avisou a União Europeia que “se abstenham de utilizar mecanismos doutra época. Nenhum país africano poderá chegar sózinho a bom porto sem os outros – o destino dos que caminham melhor irá a par dos que vão pior”. Na falta de entendimento, prosseguem as negociações bilaterais com certas regiões, as que aceitam incondicionalmente as regras de mercado impostas pela Organização Mundial de Comércio e pelas regras comerciais do GATT, ou seja a aplicação das regras de propriedade intelectual que não lhes permite tomar uma aspirina sem que paguem direitos de autor, enquanto exigem a garantia de que o Estado não intervirá nos interesses das empresas multinacionais e dos investidores.
Se calhar foi por isto que Abdoulaye Wade, o Presidente da Nigéria bateu com a porta e abandonou a Cimeira antes do seu encerramento, apelando ao boicote dos acordos de “parceria económica” em discussão.“Porque é que foi este - e não um dos «déspotas africanos» que «não tem sede de democracia, nem de desenvolvimento nem de direitos humanos» - que deixou esta mancha na Cimeira?”
Sócrates explica: “Somos iguais na nossa dignidade humana (...) porém também em termos de responsabilidade política (...) onde muitos paises não podem ter um comércio livre com a União Europeia”; áh, então é isso, o “comércio livre” controlado pela “retórica politica livre” que pretende encobrir a continuação da implementação de novas bolhas de desenvolvimento em África de onde se retirem lucros pilhados para benefício dos mesmos de sempre. Bem tinha avisado o tal comunicado antecipado dos 17 intelectuais: “ao evitarem os temas difíceis, os líderes europeus tornam-se irrelevantes”.
PS - Os temas dificeis e a pseudo discussão sobre irrelevância europeia voltaram ontem a estar na berlinda nos “Prós&Prós”: Miguel Portas e Pacheco Pereira (pró-Referendo ao Tratado de Lisboa) e o secretário de Estado e um outro jovem do PS de que não fixei o nome, que acham que o Tratado se auto-democratiza a si mesmo pelos lideres dos paises que o pariram nas capelinhas das elites burocráticas. Depois da lavagem a seco nos Parlamentos nacionais, as directivas neoliberais sobre a desregumentação do trabalho e do Estado social, chumbadas pelo anterior “não” em França e na Holanda, passariam, por um golpe de mágica, a transformar-se em legítimas. O que sobra daqui? Os povos e a falta de discussão sobre o essencial – “a Europa das elites anti-democráticas” é uma mera cadeia organizada de Executivos (autómatos) ao serviço da transmissão dos interesses dos Estados Unidos e está atada às regras militares impostas pela NATO. A haver “contras” o designio da Europa seria fazer implodir a dominação perpetuada pelos mecanismos da NATO. E não atascarem-se de novo em negócios como o do Kosovo
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segunda-feira, dezembro 10, 2007
"kind of blue" state building
Prestem atenção, cambada de nativos do Darfur: "tomem lá duas aspirinas e chamem-nos quando ficarem brancos, cristãos e estiverem a nadar em petróleo"
O exército da Etiópia invadiu a Somália em Dezembro de 2006, sob
ordem directa dos Estados Unidos, para remover o governo legalmente eleito saído do Conselho Supremo das Cortes Islâmicas. Desde então a luta contra o governo fantoche instalado pelas forças de ocupação, sob a habitual cartilha da oferta de "liberdade e democracia" que já conhecemos do Iraque e do Afeganistão, afirmam que tropas “são um exército de libertação, e não uma força de ocupação”. Mascarem o acto como quiserem, ou conseguirem, mas a invasão do país representou um crime contra a soberania da Somália. (Ver no jornal online Oriente Médio - "A guerra secreta dos EUA na Somália). Como se constata, o cinismo e a hipocrisia de algumas carpideiras profissionais (todas belas e formosas se tirarmos a Maria Barroso da fotografia) pelas trágicas mortes no Darfur só tem paralelo nas folclóricas romarias de adro de igreja, onde o sacristão deita os foguetes e o povo apanha com as canas nas moleirinhas. Aqui, como é habitual, os islamofóbicos venderam os foguetes. Mas ninguém se atreve a condená-los, nem sequer a mencionar-lhes os nomes previamente adjectivados de "criminosos" - o carnaval democrático must go on,
* Uma breve resenha histórica do conflito desencadeado sobre as ténues e artificiais linhas de separação entre a Etiópia e a Somália pode ser lida no sitio Global Security
e ainda aqui.
domingo, dezembro 09, 2007
cada Trono, ao redor do qual os Nobres se divertem,
tem sempre por perto um patíbulo, mas
quando gente inocente começa a ser executada no Altar da morte
também o Trono se começa a desmoronar
“somos pares!... eu tenho a língua, ele tem o punhal”
Rigoletto, o Bobo referindo-se ao seu senhor, o Duque de Mântua
a partir de amanhã, num teatro de Ópera perto de si. Para quem pode. Para os restantes, os que têm de se limitar à vida real, a peça está por aí em representação um pouco por toda a parte, por tudo o que é esconso do Poder
contudo, os jogos de poder não dependem únicamente da vontade determinista dos cortesãos. Existem outros factores ( "e quem se fia neles, será sempre um desgraçado". Como no que diz respeito ao Rigoletto de Giuseppe Verdi nos conta uma deliciosa interpretação da que se pensa ter sido a primeira vez que "La Dona é Mobile" foi cantada. Pela voz de Benigliamo Gigli; numa versão legendada em espanhol, tendo como testemunha um gondolieri de Veneza.
PS - uma curiosidade em Rigoletto é o assassino profissional contratado chamar-se "Sparafucile" uma corruptela para o italiano de "dispara o fuzil" - e sem dúvida uma importação linguistica das hordas de ibéricos que desde o Renascimento povoaram os "quartieris" dos portos de Génova e Nápoles. A fama de competência na aplicação das leis a tiro e à facada já vem de longe, desde Hernan Cortez até aos contingentes militares que actualmente marcham para o Iraque e Afeganistão. No século XXI José Maria Aznar apenas fez a reactualização dessa vocação - "pusemos de novo a Espanha no centro do Mundo" disse recentemente o fascista. Tanto que, na Broadway novaiorquina, para actualizar o recuerdo dessas velhas competências, se estreou uma peça de teatro intitulada "Spain". Didáctico.
tem sempre por perto um patíbulo, mas
quando gente inocente começa a ser executada no Altar da morte
também o Trono se começa a desmoronar
“somos pares!... eu tenho a língua, ele tem o punhal”
Rigoletto, o Bobo referindo-se ao seu senhor, o Duque de Mântua
a partir de amanhã, num teatro de Ópera perto de si. Para quem pode. Para os restantes, os que têm de se limitar à vida real, a peça está por aí em representação um pouco por toda a parte, por tudo o que é esconso do Poder
contudo, os jogos de poder não dependem únicamente da vontade determinista dos cortesãos. Existem outros factores ( "e quem se fia neles, será sempre um desgraçado". Como no que diz respeito ao Rigoletto de Giuseppe Verdi nos conta uma deliciosa interpretação da que se pensa ter sido a primeira vez que "La Dona é Mobile" foi cantada. Pela voz de Benigliamo Gigli; numa versão legendada em espanhol, tendo como testemunha um gondolieri de Veneza.
PS - uma curiosidade em Rigoletto é o assassino profissional contratado chamar-se "Sparafucile" uma corruptela para o italiano de "dispara o fuzil" - e sem dúvida uma importação linguistica das hordas de ibéricos que desde o Renascimento povoaram os "quartieris" dos portos de Génova e Nápoles. A fama de competência na aplicação das leis a tiro e à facada já vem de longe, desde Hernan Cortez até aos contingentes militares que actualmente marcham para o Iraque e Afeganistão. No século XXI José Maria Aznar apenas fez a reactualização dessa vocação - "pusemos de novo a Espanha no centro do Mundo" disse recentemente o fascista. Tanto que, na Broadway novaiorquina, para actualizar o recuerdo dessas velhas competências, se estreou uma peça de teatro intitulada "Spain". Didáctico.
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