Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
quarta-feira, abril 07, 2010
assuntos de piça e outros temas sacros
“Este é o meu sangue, Tomai e bebei”. Embora Jesus tivesse também oferecido o Corpo re-encarnado ao manifesto para uso dos crentes como objecto de dogma da Fé, o sangue que é uma óptima pomada para acompanhar o petisco, por diversas peripécias cunhadas pelos demónios na terra, acaba por ser sorvido apenas no Altar - quer isto dizer que em cada Padre há um potencial vampiro? como são actualmente de moda? (como pergunta divertidamente Manuel Halpern a propósito de “Thirst” o filme choque de Chan-Wook Park?)
1. O Frade vampiro cria as suas regras santas no Inferno em que vive. Faz os possíveis por obedecer ao mandamento “não matarás”. Antes lhe convém mais usar e abusar das vítimas. Daí que o Papa Benedito 16 continue a dizer que “os Cristãos não devem aceitar o assassínio de crianças inocentes ainda não nascidas” – pudera! Convêm-nas às crianças vivinhas para que engrossem as fileiras dos discípulos: estima-se que existam 4 milhões de alunos em cerca de 3.500 instituições católicas (madrassas) de ensino no mundo. Serão decerto todos altos quadros na perpetuação da Obra, no mínimo como os nossos modestos formandos da Universidade Católica onde aprendem prefencialmente gestão capitalista de empresas.
2. O pudor. A frase é do livrinho “Obviamente Mulher” de Filipa Gonçalves/MC.Costa e aqui cabem todos os temas mais ou menos fracturantes propostos pelo Poder para distrair as gentes. O casamento: “A partir do momento em que a minha situação de transexual foi clarificada, a Filipa ganhou força dentro de mim e comecei a assumir-me como mulher despudoradamente (…) o Miguel foi o meu primeiro amor de verdade. Vivemos momentos muito especiais de intensa comunhão e espiritualidade” – por sorte nenhum deles era padre, senão estariam hoje muito mal vistos: “aos 4 anos já vivia atormentado, já tinha percebido que havia alguma coisa errada comigo”…
3. Há demasiados sinais de que o abuso sexual por parte de sacerdotes não têm sido encarado com a devida severidade. É preocupante que só na sequência dos últimos escândalos o Vaticano tenha esclarecido que os acusados devem ser denunciados à Justiça Laica e não apenas julgados pela secreta justiça eclesiástica.
Escreve a militante anti-multinacional da Fé (vulgo a teocrata ICAR) Sinead O`Connor no Washington Post: “Se os Padres católicos têm abusado das crianças, é de Roma, e não do governo da Irlanda (ou de onde seja) que deverá sair a resposta com uma confissão completa e o apelo para uma investigação criminal. Até que o façam, todos os que se considerem bons católicos – mesmo as jovens velhinhas que vão à Igreja todos os domingos, não apenas uma simples cantora de protesto como eu, a quem o Vaticano facilmente ignora – devem compartilhar a Missa. Na Irlanda, (ou onde quer que seja) este é o tempo em que devemos separar a nossa (deles) Fé, dos seus alegados Lideres”
relacionado:
"o Futuro do Celibato na ICAR parece estar em dúvida"
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário