Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
quarta-feira, abril 28, 2010
evocação pagã ao Deus da burguesia inválida
Deitamo-nos exaustos pelo esforço na arte de tentar compreender o mundo (ontem no IndieLisboa "a Religiosa Portuguesa" na Culturgest). Acordamos com as parangonas dos jornais difundindo o alarme para o facto de esta manhã tudo estar pior.
"Os juros da dívida portuguesa já superam os dos gregos quando pediram ajuda" (Público); e o remédio receitado pelos mesmos que criaram a dívida (nao são "especuladores estrangeiros") é reunir os dois actuais clones PS/PSD para concertar um pacto de regime destinado a agravar ainda mais as condições de exploração de todo o povo português. Ontem a sessão na sala principal da Culturgest começou atrasada.
Motivo: a atribuição do prémio Pessoa a um Padre com obra em Teologia - é mesmo disso que precisamos, premiar o autor dos inovadores sites "www.passo-a-rezar.net" e "Curia online". Mais de uma centena de convidados luxuosamente enfarpelados ocuparam o salão de alcatifa vermelha com a respectiva corte de chauffeurs e viaturas de alto gabarito à porta.
Programa do evento onde se distinguiam num rápido à voile du vieux entre outros habitués Cavaco Silva, Ferreira Leite, a ministralha do costume e as respectivas câmaras de televisão: 19 horas, Recepção dos convidados e cocktail. 20 horas, Inicio da cerimónia de entrega do prémio por sua excelência. 20,30, Apontamento musical por um quarteto da Metropolitana de Lisboa de excertos da obra "Quotuor pour la fin du temps" englobando os andamentos "Lounge à l`éternité de Jésus" e "Foullis d`arcs-en-ciel pour l`Anje qui annonce la fin du temps". 21 horas, Jantar de Gala - estamos em crise? - não se nota. Para último fica a citação do intermezzo VI "Dance de la fureur, pour les sept trompettes". Dir-se-ia não sete nem 70 ou 700, 70 mil 700 mil ou 7 milhões de trompetes para varrer a chusma de cena. Enquanto o povo não tomar em mãos os instrumentos e seja livre de os tocar qualquer hipóteses de reconstrução do país jamais será possivel
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
xatoo
A Opus a funcionar.
Deve ser para o Bento ficar contente!!!
O Pais que se lixe e o povo
que aguente.
Votaram neles não foi?
Enviar um comentário