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quinta-feira, agosto 12, 2010

a Educação como formação para a Precarização

A adição de cada vez mais tecnologia fácil aos jovens formandos do exército social de reserva para serem usados como profissionais no sistema capitalista pode parecer uma forma de “progresso”, mas de facto está-se a formar autómatos sem a mínima capacidade de contestação à irracionalidade que é induzida no senso comum pelos interesses específicos das elites dirigentes.

Invertendo o sentido, e citando a recensão do Washington Post: "O que mais me fascinou neste livro foi a novidade do conceito: podemos educar os filhos, não baseados no senso comum, mas sim na ciência"

“Presume-se que se a criança acredita que é inteligente (após ouvir isso constantemente), não se intimidará com novos desafios académicos. O elogio constante deve funcionar como um anjo da guarda, assegurando qua as crianças não desaproveitam os seus talentos.
Mas um corpo de pesquisa cada vez maior – e um novo estudo feito a partir das trincheiras do sistema de ensino público de Nova Iorque – indica com grande convicção que pode estar a acontecer precisamente o contrário. Dizer às crianças que são “inteligentes” nãop as impede de ter um desempenho fraco. Pelo contrário, pode ser a causa disso. (...)
Ao destacar a inteligência natural, retiramos o controlo às crianças e não lhes oferecemos nenhuma boa receita para lidar com o fracasso. Nas entrevistas de acompanhamento, Dweck descobriu que os que pensam que a inteligência inata é a chave do sucesso começam a dar menos importância ao esforço. As crianças pensam: Sou inteligente; Não me preciso de esforçar. Esse esforça passa a ter uma conotação negativa – é a prova pública de que os seus talentos naturais não são suficientes. Ao repetir as suas experiências, Dweck constatou que este impacto do elogio no desempenho afectava crianças de todas as classes socio-económicas. Afectava rapazes e raparigas – em especial as raparigas mais inteligentes (eram as que ficavam mais destroçadas após um fracasso). Nem as crianças no ensino pré-primário estavam imunes a esta razão inversa do elogio”
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