A ideia da existência de Judeus como um povo ou uma raça única é um mito, uma ficção baseada na “mito-história” do Antigo Testamento, sem qualquer suporte factual antropológico moderno ou vestigios arqueológicos, argumenta Shlomo Sand, um historiador israelita que trabalha na Universidade de Telavive. Esta mitologia de origem religiosa é também uma assumpção fundadora do Estado de Israel e através desta polémica, a revisão da história por Sand tem como alvo a ideologia Sionista (o historiador não é anti-Israel, mas procura uma saída pós-Sionista). Na sua essência, o livro armadilha o direito moral do Estado de Israel para se definir a si mesmo como exclusivamente judeu – e a forma como se poderá responder a isto depende em muito de pontos de vista politicos. Shlomo Sand admite que nenhuma das suas questões são novas e que no livro não há revelações, o que ele oferece é o desmantelamento radical da mitologia nacionalista. Nunca foi encontrado nenhuma evidência de qualquer “exilio de Judeus” – e sem Exilio jamais poderá ser invocado um “direito de retorno”, conforme declara a Declaração de Independência de 1948. Porém, ainda que tenha sido fundado sobre um mito, o Estado de Israel existe. Sand pretende reconhecê-lo com base no abandono do “nacionalismo étnico”, modernizando-o e democratizando-o e, como o seu livro é um “best-seller” em Israel, talvez exista aqui uma esperança de que alguns israelitas também o pretendam fazer.
1 comentário:
Encontrei o livro por aqui.
http://www.mediafire.com/?w4i85w4kg2dfb94
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