Pesquisar neste blogue

domingo, agosto 22, 2010

o Grupo Bilderberg analisado a nível de chefia de Estado

Está a causar sensação internacional o interesse de Fidel Castro sobre “o reservado grupo dos senhores que pretendem dominar o mundo globalmente” expresso num artigo publicado no jornal Gramna na última quarta feira. Fidel dedica três das oito páginas do artigo a citar o trabalho do jornalista-escritor de origem lituana Daniel Estulin, autor de “Os Segredos do Clube Bilderberg” (2006) – cuja tese principal é que um restrito grupo de notáveis (que se reune anualmente desde 1954) se converteu na sombra de todos os governos, controlando não só a política e economias internacionais, mas também a própria cultura dos povos.
“Uma história fantástica e um livro honesto e muito bem documentado” descrita pelo ex-presidente de Cuba como “a história de uma manipulação sobre os públicos consumidores de media por uma sinistra clique de Bilderberg lobiistas no sentido de instaurar um governo mundial que não reconhece fronteiras e não é rentável para ninguém excepto para a supremacia dos negócios dessas personalidades”. A proeminência do Grupo Bilberberg é o que alarma os seus críticos. As reuniões incluem habitualmente membros da Familia Rockefeller, o super-judeu sionista global Henry Kissinger e importantes executivos dos negócios internacionais e patrões dos principais meios de comunicação social.
Fidel Castro, (que deve saber bem do que fala em concreto, porque já foi convidado pelo menos para uma reunião, segundo afirma no livro o próprio Estulin), sugere que a isotérica Escola de Frankfurt e académicos “socialistas”, citando expressamente o filósofo-musicólogo judeu Theodor Adorno) trabalharam com membros da familia Rockefeller na década de 1950 por forma a apoiar e difundir a explosão de música rock ocidental “como forma de controlo de massas, distraindo as atenções das pessoas dos direitos civis e das injustiças sociais”
“O homem encarregado de assegurar que os Americanos iriam idolatrar os Beatles foi Walter Lipmann em pessoa”, que mantinha uma coluna num diário de grande influência. “Na Europa e nos EUA os mega-concertos ao ar livre são usados para refrear o crescente descontentamento das populações” (Exemplar o episódio de apaziguamento da multidão obtido por Leonard Cohen na Ilha de Wight em 1970).
No site de Daniel Estulin sugere-se que os ataques de 11 de Setembro e a implosão das torres do WTC foram deliberadamente conseguidas por uma nova tecnologia de mini engenhos nucleares e que a CIA e os grandes cartéis de traficantes de droga estiveram por trás do ataque ao avião derrubado em Lockerbie com a finalidade de culpar o regime pró-socialista da Líbia. Para contrabalançar as tendências de aproveitamento esquerdizantes, Estulin trabalha sobre relatórios do investigador Jim Tucker, um conservador que publica os seus trabalhos em orgãos de extrema direita – “É um excelente material digno das produções de Hollywood: 15 pessoas sentadas numa sala a congeminar o destino da Humanidade”, glosa Herbert London, presidente do “Hudson Institute”, um não militante partidário de um think-tank nova-iorquino. Como alguém que foi não foi formado na Escola de Conspiração de Oliver Stone tenho muita dificuldade em acreditar nestas coisas”, concluiu. Uma chamada para o número da séde da Associação de Amigos Americanos de Bilderberg não obteve resposta.

Passados um dia Fidel Castro, cuja experiência revolucionária o transformou num sábio em ciências sociais, voltou à carga, com novo artigo intitulado:
“¿ Por Acaso Pensam que Exagero?”

“Depois de me referir ao livro de Daniel Estulin, que relata factos irrefutáveis de forma horrivel, onde as mentes de adolescentes e crianças nos Estados Unidos são deformadas pelas drogas e pelos orgãos de informação de massas, com a participação consciente dos organismos de intellitgencia norte americanos e ingleses, disse na parte final da minha última reflexão: “É terrivel pensar que a inteligência e os sentimentos de crianças e jovens nos EUA são atingidos desta forma”
Ontem as agências informativas divulgavam um estudo realizado e publicado pela Universidade de Beloit, onde se assinalam factos que ocorrem pela primeira vez na história dos EUA e do mundo, associados ao conhecimento e costumes dos estudantes universitários norte americanos que se irão graduar até 2014. O diário Granma cita a notícia de forma eloquente:
1º Não levam relógio para ver as horas, utilizam os telemóveis
2º Pensam que Beethoven é um cão que conheceram num filme
3º Que Miguel Ângelo é um vírus informático
4º Que o correio electrónico é “demasiado lento”, acostumados como estão a teclar mensagens em sofisticados telefones móveis
5º Muito poucos sabem utilizar a escrita através de cursor
6º Acham que a Checoslovaquia nunca existiu
7º Que as empresas norte americanas sempre fizeram bons negócios no Vietnam
8º Que os automóveis coreanos sempre circularam nos EUA
9º Que os Estados Unidos, Canadá e México sempre estiveram ligados por um Tratado de Comércio Livre.
Perpassa-nos um arrepio de frio, quando vemos até que ponto a Educação pode ser deformada e prostituida, num país que conta com mais de 8.000 armas nucleares e os mais poderosos meios de guerra do mundo. E pensar que há pessoas surdas capazes de crer que as minhas advertências são exageradas!”

Textos de referência traduzidos do original
A Nova Ordem Mundial (1ª Parte)
www.granma.cu/portugues/reflexoes/18agosto
A Nova Ordem Mundial (2ª Parte)
www.granma.cu/portugues/reflexoes/19agosto
.

Sem comentários: