Era este o estado de crença das massas populares oriundas dos imensos meios rurais em franco processo de migração para as urbes no dealbar do século XX, onde buscavam novos modos de vida proporcionados pelas indústrias emergentes, uma espécie de “novas oportunidades” que os escravizaria de outro modo pelas duras condições do trabalho assalariado. Em Itália um dos mais proeminentes oportunistas que tiram partido da retórica para conquistarem simpatias que lhes darão vantagem na ascenção poltica é um militante sindicalista, de seu nome Benito Mussolini, logo nomeado Director do jornal “socialista” Avanti. O filme de Marco Bellochio conta, reconstruindo a época com documentos históricos de forma magistral, uma banal história de uma amante repudiada, mas não é isso que interessa o espectador mais atento, mas sim certos pormenores menos visiveis. Por exemplo, seria o Duce o primeiro a pôr na agenda a necessidade da (re)Construção da Europa (discurso de Nápoles em 1931) onde à Itália caberia a missão de governar o Mundo,, dos Alpes até ao Oceano Índico. (ver a encenação mediática da prosápia)
Desafortunadamente (para ele e para os seus acólitos fascistas) Benito seria derrotado no terreno (que não na imaterialidade das almas) e os seus sucessores seriam obrigados a aliar-se ao novo Império vitorioso. Outra originalidade de Benito Mussolini foi ter sido ele quem de facto ratificou em 1929 o Vaticano admitindo-o entre as nações na forma de Estado independente. Na esperança de novas arregimentações das mentes a nivel global são bem sabidas e notadas as falcatruas da Igreja Católica Apostólica Romana para quem a Itália fascista foi (é) tão generosa – a última das quais liga novamente o Banco do Vaticano (IOR) à lavagem de 180 milhões de euros. Um novo escândalo a que está ligado um tal Ettore Gotti Tedeschi, isto é, o mesmo apelido de família de Carla Bruni-Tedeschi. Já lá dizia o outro: isto anda tudo ligado. Deus e a Aristocracia têm coisas em comum para consumo público, mas nem sempre...Mussolini desafia Deus: dou-lhe 5 minutos para me fulminar. Se não me fulminar, será a prova cabal que Deus não existe:
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