Temos vindo a assistir à selvageria e brutalidade da repressão policial contra os manifestantes em Espanha. O ministério tem inclusivamente dado ordens à Policia para impedir a televisão de transmitir protestos, invocando razões de segurança nacional. Este estado-de-sitio é o leit-motiv, em termos de controlo psicológico de massas, para um recado da Espanha para os Estados Unidos (video abaixo)
Organizem-se porra! Temos pela frente adversários poderosíssimos
Já vimos aqui quem é de facto o juiz Andrew Paolo Napolitano (ex-Presidente do Tribunal Constitucional da Flórida que levou Bush em 2001 à presidência por meio de fraude eleitoral e até recentemente comentador habitual do canal de televisão neofascista Fox News). Desta vez Napolitano volta à carga, emprestando a sua voz como narrador a uma magistral peça de manipulação e contra-informação destinada a amedrontar os cidadãos norte-americanos. Serve como mote à peça a violentissima repressão policial descarregada sobre as manifestações em Madrid nos dias 25 e 29 de Setembro últimos. Napolitano avisa solenemente os comedores de hamburgueres norte-americanos: “E se eles [lá na Europa] estiverem a remover as Liberdades fundamentais neste momento?” [Fica o subentendido: nós aqui nos Estados Unidos jamais nos atreveríamos a fazer tal coisa]. E no entanto eles têm Guantanamo e diversos outros campos de concentração, e sim, as suas organizações secretas em colaboração com governos e forças de segurança estrangeiras trabalham activamente para suprimir as liberdades fundamentais a nivel global.
57% dos norte-americanos concordam com a manutenção de Guantanamo. E Andrew Napolitano usa-os como carneiros já tosquiados para enviar estes sinistros recados aos restantes – nesta “mensagem da Espanha para os Estados Unidos da América”. Mais uma vez, o pulha, com a verdade tal e qual como é usada pelos contestatários ao sistema, nos mente com uma falta de escrúpulos que só pode ser assimilada por gente embrutecida pela ignorância. As frases-chave estão traduzidas em baixo
E se a máquina dos gangues instalados impedir o acesso ao trabalho a todos?
E se o Governo impedir que sejas julgado? Condenando-te de imediato?
E se o Governo te puder arrestar a tua propriedade sempre que queira?
E se declarar que tu és um terrorista doméstico?
E se o Governo puder torturar-te até que tu lhe digas o que eles querem ouvir?
Que espécie de pessoas apoiaram a institucionalização da tortura?
E se o Governo usar os teus filhos para chegar a ti?
Que espécie de advogados e juízes paga pelo Governo intimidam as testemunhas e os jurados para condenar inocentes?
Que se passa nas prisões dos Estados Unidos, uma das mais cruéis do mundo? Num país considerado livre?
E se uma pessoa deixar de ter direitos, excepto aqueles que o Governo decidir?
Que acontece quando os nossos funcionários eleitos vivem entre nós mas têm o coração nos centros do Poder?
E se o Governo poder destitui-lo de direitos por causa do lugar onde a sua mãe nasceu?
E se os impostos se tornam inconstitucionais?
Que acontece quando vemos que os nossos representantes não nos representam?
E perante todos os protestos não renunciam?
Que se passa quando o voto distribuído entre os dois partidos representam o mesmo?
E quando um “grande Governo” nada decide?
E se o Governo decidir que já não precisa mais de uma Constituição?
E se quiseres amar o teu país e o teu Governo não o consentir?
E se depois de tudo isto não o puderes demitir?
E se é perigoso ter razão quando o governo está errado?
Não é preferível lutar agora, que viver como um escravo?
A hora de lutar pela liberdade e agora!
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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