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terça-feira, outubro 23, 2012

creio em Deus, todo maquilhado de amigo dos pobres e travestido de padre

"Hoje em dia já ninguém fica repetindo: "Creio no Sol, creio na Lua, creio na Chuva". A necessidade que as pessoas religiosas têm de proclamar a sua crença com tanta frequência e tão alto é em si mesmo um sinal de dúvida. Elas tentam sufocá-la através da repetição e dos decibéis" (C. W. Dalton)

Depois do fiasco das declarações "que as manifestações não resolvem a situação do país", o bispo volta a atacar. Se José Policarpo fosse um cidadão sem qualquer titulo podia valorizar o mesmo a que cada um no seu modo avulso lhe dá na real gana; porém, ao "propôr valorizar os afectos" o Cardeal-patriarca de Lisboa D. José Policarpo, sublinha a necessidade espertalhona de valorizar as Emoções que manipulam os Crentes, isto é, a única coisa que, tal como Deus é imaterial e invisivel, porque nas suas palavras, são “a última coisa que morre no coração”, como se sabe um orgão a atirar para o tramado. "Don" Policarpo podia ter-se lembrado de coisinhas bem mais materiais e visiveis, como por exemplo, pagar os impostos devidos pelo património, dos quais a sua organização, uma das maiores proprietárias no país, se encontra isenta de pagamento por um Estado que se diz estar em crise

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