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quarta-feira, outubro 17, 2012

Economia Paralela, um mecanismo de transferância da riqueza produzida para os bolsos de credores no estrangeiro

“o Governo está numa situação de ilegitimidade absoluta (...) todos os sinais são desastrosos” (Rui Vieira Nery). De igual forma, no governo anterior os sinais não eram diferentes. Só quem não quis ver, não viu...

[CM] “Economia paralela continua em crescimento. Mais 350 Milhões de Euros escaparam este ano ao Fisco. O peso da economia paralela em Portugal aumentou de 24,8 para 25,4 por cento do PIB entre 2010 e 2011, com 43,4 mil milhões de Euros a fugirem ao controlo do Fisco, segundo o mais recente estudo. De acordo com Carlos Pimenta, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), que realizou a análise, este valor representa um “monte” de notas de 100 Euros com 8,5 quilómetros de altura, equivalente ao monte Everest, que escapam aos cofres do Estado”.
Mas que ninguém se engane sobre os grandes beneficiários da fuga ao fisco - não são as merceeirias, as oficinas de automóveis ou os biscateiros que não passam facturas os principais fautores da fraude. São os “empresários de colarinho branco” que têm empresas com sede em off-shores quem comete o principal crime que lesa as contribuições para os bens públicos. E isso fica bem patente nesta noticia: “Mais de metade dos beneficios fiscais concedidos estão registados em apenas 3,6 quilómetros quadrados, na Zona Franca da Madeira (1). O Estado português concedeu 698 milhões de euros a 20 empresas ali sedeadas que, na sua maioria, não têm nem sede própria nem as suas operações a passar pela ilha – o equivalente a 56 por cento do total de 1,27 mil milhões de Euros atribuido às 14.180 empresas com séde fixa em Portugal

A economia paralela é um instrumento de transferência que está principalmente relacionado com a Dívida externa bruta, que é aquela que serve de desculpa aos dois trapaceiros politicos de faxina ao PSD/CDS e PS, para que “tudo o que devemos tenha de ser pago “aos nossos credores”: ou seja, a soma total de instrumentos de dívida de RESIDENTES face a não residentes (2). A dívida externa bruta de Portugal no final de 2010 era estimada pelo Banco de Portugal (BdP) em 396,5 mil milhões de euros, representando 229,6% do PIB. (fonte).

E quem é o advogado em causa própria? Citando o Banco de Portugal: “A posição da Dívida Externa Bruta é compilada de acordo com o Manual de Balança de Pagamentos do FMI e o Manual da Dívida Externa desenvolvido em conjunto por diversos organismos internacionais” (aqui)
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