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domingo, janeiro 20, 2013

Change? As tropas "socialistas" do "socialista" François Hollande cravam mais uma lança imperialista em África

Um antecedente directo da actual situação no Mali foi o recente derrubamento do governo da Líbia e o assassinato do seu presidente, Muammar al-Gadhafi, através do apoio das potências imperialistas a uma pretensa “revolta popular”. Neste país, tudo o que eram grupos islâmicos mercenários e radicais foi fortemente financiado e armado. Bombardeamentos maciços da aviação norte-americana, britânica e francesa sobre alvos militares e estratégicos do poder líbio e a intervenção directa de contingentes militares franceses disfarçados de “populares líbios”, consumaram o propósito de derrubar um governo não suficientemente maleável aos interesses imperialistas.


Uma parte daqueles grupos de mercenários islâmicos, com armamento reforçado proveniente dos arsenais líbios, vieram instalar-se no norte do Mali (confinante com o sul da Líbia) onde, aproveitando a existência de um movimento nacionalista que luta pela autonomia e independência da região de Azawad aí situada, desencadearam acções militares de controlo de cidades e porções importantes do território do Mali. Um desses movimentos islâmicos, apresentado como um ramo da Al-Qaeda na região do Magrebe (AQIM), deriva de uma organização salafista argelina e apareceu quase em simultâneo com a criação, em 2007, do Comando Africano dos EUA (AFRICOM), uma estrutura política e militar para coordenar as acções do imperialismo ianque em África. Tudo indica pois que se trata de um grupo estreitamente controlado pela CIA.

a África não é pobre. A África está a ser saqueada!

A presente intervenção militar francesa do "socialista" Hollande no Mali afirma ter como alvo principal o grupo AQIM e foi desencadeada ao arrepio das próprias resoluções do Conselho de Segurança da ONU que autorizaram a constituição de uma força militar africana, no âmbito da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEEAO), para apoiar o governo do Mali nas operações militares no norte do país. Só depois da invasão francesa ter começado é que o presidente interino do Mali “pediu ajuda internacional” e os principais países da CEEAO iniciaram preparativos para a constituição da força militar antes referida (...) A invasão militar francesa é justificada pela “comunidade internacional” (um eufemismo para designar as potências imperialistas e os países por si dominados) pela necessidade de combater os movimentos radicais islâmicos, precisamente aqueles que foram utilizados pela mesma “comunidade internacional” para derrubar o governo líbio e que estão a ser usados para tentar derrubar o governo da Síria. Vítimas destas manobras são os povos destes países e agora também o povo do Mali e os grupos étnicos que neste país lutam pelos seus direitos e autodeterminação. Lacaio dos interesses imperialistas, o governo português PSD/CDS já veio apoiar a agressão militar da França e já se ofereceu para participar com militares e material no apoio a essa agressão" (...) e dizem os mentirosos do Governo que "não há dinheiro para nada"

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