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quinta-feira, janeiro 17, 2013

o caso do Banqueiro que come muito queijo Kosher


A 18 de Dezembro de 2012, já em vésperas de se deslocar ao DCIAP para ser inquirido (como arguido?) que Ricardo Salgado terá feito a última rectificação às Finanças, que levou a uma nova liquidação no seu IRS de 2011 no valor de 1,3 milhões de euros. Portanto, contas feitas, e ao invés do declarado inicialmente, a colecta correspondente aos seus rendimentos foi superior a 4,5 milhões de euros, e não de 183 mil euros que tinha declarado inicialmente
E já agora, por simples curiosidade: e nos anos transactos?

as Privatizações do que é do Estado são um Maná para alguns Privados

No meio do alarido e da confusão das caxas jornalisticas a atenção da população entretanto condenada à austeridade (1) não liga o "incidente fiscal" da Familia Espírito Santo ao essencial: que tem a ver com os processos de privatização (2) de 21,35% da EDP, concluído no último semestre de 2011, de 40% da REN, adjudicada em Fevereiro de 2012 e de um ainda obscuro processo que tem a ver com dinheiros oriundos de Angola. "A ligação de altos quadros do BES à "Operação Monte Branco" (1) surgiu quando o DCIAP iniciou buscas à sede do BES Investimento, com o argumento de que existiam indícios da prática dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, tráfico de influências, corrupção e abuso de informação privilegiada. Coisa pouca para uma familia de pobretanas perseguidos das agruras da guerra que desembarcaram em Portugal tomando conta de meio Alentejo (da Comporta à herdade de Palma e às lezirias estatais do Ribatejo) ao que não seria estranho o facto de serem judeus e amigos pessoais da Casa Real de Inglaterra, o que deve ter deixado Salazar impressionadíssimo!

Os segredos da Operação Monte Branco
 
A revista “Visão” divulgou em tempo oito histórias e enigmas sobre o ex-banqueiro suíço Michel Canals e as investigações à rede internacional de branqueamento de capitais e evasão fiscal, lançando pistas para entender alguns mistérios sobre a face oculta do 'Monte Branco' (aqui

O semanário "Sol" escreveu então que a divulgação de nomes como Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi, que estarão associados ao núcleo duro da maior rede de lavagem de dinheiro a operar em Portugal, “foram um revés e obrigou a redefinir a estratégia de investigação. São os segredos da teia que lava milhões: a rede tinha Duarte Lima como cliente e serviu para lavar fortunas de governantes, autarcas, banqueiros, empresários e atletas famosos. Os tentáculos da rede encabeçada pelo suíço Michel Canals chegam entretanto a Angola(aqui

No artigo em epigrafe a revista Visão afirmava que aqueles banqueiros estão de facto a ser investigados e chegaram a estar sob escuta “por terem relações privilegiadas com o poder politico, nomeadamente com elementos dos governos”. Sendo os seus verdadeiros patrões, como haveriam de não ter?.
A linha de investigação foi, aliás "já reequacionada por forma a ultrapassar esta adversidade", avançaram fontes próximas do processo. "E, através do tráfico de influências, (os arguidos) conseguiram que um elemento com acesso ao processo (?) provocasse uma fuga de informação com o intuito de boicotar a investigação", acrescenta-se. Para os investigadores, esta não é a primeira vez que se usa "tal expediente" e recordam que o mesmo aconteceu 15 dias antes da prisão do antigo deputado Domingos Duarte Lima, quando a mesma revista anunciou a sua detenção. Na altura, "no momento da busca à casa do arguido foram encontrados dossiês vazios - sinal de que Duarte Lima, avisado, se livrara de provas que o comprometiam". (aqui).

Ou seja, conhecendo-se o que se conhece sobre o estado da falta de justiça para os pobres, o Estado português, na qualidade de representante dos contribuintes portugueses, poderá ascender a um êxtase de felicidade se estes figurões não vierem a intentar uma acção judicial contra o Fisco com os respectivos pedidos de indemnizações por difamação

relacionado:
(1) Portugal terá mais 20 anos de consolidação orçamental 
(2) Maná: Grupo BES financia operação da ANA para reduzir défice do Estado 
(3) a ocupação Bancária da Politica é uma Declaração de Guerra Financeira contra a Humanidade  
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