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domingo, novembro 30, 2014

A indignação que se vai ouvindo nas ruas é por a justiça só actuar contra uma das facções do “arco da governação” enquanto vai deixando impune a outra facção actualmente no poder.

"Duarte Lima terá recebido um milhão na compra de submarinos". Mas não foi por isso que foi detido, senão lá teria de ir de braço dado com Barroso e Portas

No processo judicial que envolve o antigo lider parlamentar de Cavaco Silva / Duarte Lima, o tribunal deu como provados os crimes de burla qualificada ao BPN e branqueamento de capitais no processo Homeland., condenado o réu a dez anos de prisão. Falta saber se o golpe dado no BPN de 53,5 milhões de euros tapado depois com dinheiro surripiado aos contribuintes irá ser recuperado pelo Estado, quando este por obra e graça do espirito santo se converter à honestidade. Para já o ex-deputado do PSD considera a decisão do Tribunal de Lisboa "brutal e injusta”, e vai recorrer da sentença, segundo diz por não admitir “ser erigido como símbolo da pessoa que pôs o BPN na posição que está…” e mais à frente: “"os actos praticados enquanto político nada têm a ver com os actos praticados na minha vida particular e profissional" concluiu Duarte Lima. Como disse? Não entendemos; então um banco gerido honestamente (que não o BPN) passava-lhe essa “pipa de massa” para a mão sem garantias efectivas se Duarte Lima não tivesse as ligações que tem com o regime cavaquista? E que vida profissional? se não se lhe conhece outra vida que não a de viver da politica profissional? Neste ponto tem razão, nada contra a lei.. São lapsos do regime cujas leis foram feitas por potenciais autores de burla e enriquecimento ilícito “profissional” em seu próprio beneficio futuro.
Em Abril de 2014 a “justiça” já tinha engendrado uma primeira provocação. Duarte Lima é libertado, deixando de estar em prisão domiciliária por o juiz lhe ter mandado retirar a pulseira eletrónica por considerar que o perigo de fuga está diminuído". Fazia e faz sentido. Não há perigo de fuga porque o Lima tem um mandato de captura internacional na Interpol por acusação de assassinato. Vai fugir para onde?
Quer dizer, Duarte Lima confunde um julgamento por delito comum como se tivesse direito a privilégio pelo facto de ser um notável e pertencer ao partido cuja bancada dirigiu. Fica em liberdade e com direito a botar sentença em directo das televisões, o que lhe dá maior notoriedade que a papeleta passada pelo tribunal - “Com o recurso a decisão subirá ao Tribunal da Relação, e se for confirmada a condenação por uma segunda vez, continuará em liberdade com um novo recurso. A decisão subirá ao Supremo Tribunal de Justiça, e se for confirmada a condenação por uma terceira vez, continuará em liberdade com novo recurso para o Tribunal Constitucional, onde só então será dada a decisão final, com o trânsito em julgado”. É a democracia de delito comum a funcionar.

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