Julian Assange publica o livro "Quando o Google conheceu a Wikileaks" (When Google Met Wikileaks)
Onde se descreve a relação especial entre a empresa Google, a candidata à presidência Hillary Clinton, e o Departamento de Estado dos EUA - e o que isso significa para o futuro da Internet.
Em Maio de 2011 depois de acusado Assange tinha iniciado a sua saga, estando sob prisão domiciliar em Norfolk e a repressão sobre o trabalho da Wikileaks em plena progressão, quando o presidente-executivo do Google ia para uma década entrou em contacto com ele pedindo-lhe uma entrevista. Eric Schmidt é uma figura influente, na medida em que os opacos centros de poder crescem em Silicon Valley...e de repente Assange tinha uma oportunidade de compreender e talvez influenciar aquela que se estava a tornar a empresa mais abrangente do planeta, até porque nos corredores de Washington discutia números com altos funcionários norte-americanos. “Fiquei intrigado, diz Assange, que a montanha viesse a Maomé, mas depressa compreendi a razão da visita.
O motivo declarado era um livro que Schmidt estava a escrever em conjunto com Jared Cohen, director do “Google Ideas”, uma espécie de think-tank pensar/fazer. Sabia pouco desta segunda personagem, mas descobri que na verdade, Cohen se tinha mudado para Google a partir do Departamento de Estado em 2010. Era um homem da "Geração Y" de palavra rápida com qualquer das duas administrações que se alternam na Casa Branca, uma “puta” sabida especializada em grupos de reflexão e institutos privados de propaganda institucional. Tornou-se conselheiro sénior de Secretários de Estado, de Condoleezza Rice e depois de Clinton, canalizando buzzwords para os círculos politicos e produzindo retóricas deliciosas para difusão como a "Diplomacia Pública 2.0". Na sua página pessoal de Conselheiro Adjunto do CFR listava a sua experiência como especialista em "terrorismo; radicalização de massas; impacto das tecnologias de comunicação, acções de controlo pelo Estado, Irão,,
Visionário da geopolítica, mister Jared Cohen compartilhando habitualmente a sua visão com os recrutas do exército dos EUA dando uma palestra num anfiteatro da Academia Militar de West Point em 26 de Fevereiro de 2014 e ali herr Schmidt opinando sobre imperialismo económico na Clinton Global Imiciative. Foi Jared Cohen quem, quando ainda estava no Departamento de Estado, disse ter "sugerido" ao CEO da Twitter Jack Dorsey alterar a programação com a finalidade de auxiliar a revolta no Irão em 2009, revolta comandada a partir de fora que de qualquer modo viria a abortar. Há mais vida para além das congeminações feitas através da Internet, por enquanto…
(continua com a entrada da mais que provável candidatura de Hillary Clinton à presidência em 2016, embora se esteja já a ver o que é que a casa gasta)
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