A polémica entre o director do Instituto de Ciências Sociais e o diretor da publicação cinquentenária «Análise Social» devido ao ensaio visual com graffitis que satirizam políticos e representantes do capital, já ajudou mais a sair da caverna o pensamento académico para divulgação popular do que seria em principio a intenção do censor que suspendeu a revista devido a «linguagem ofensiva».
Vem nos livros, a Censura é sempre um acto de burrice sobre o animal cujo coice atinge o dono. E tanto assim é que o erudito-censor ainda não percebeu que o palavrão aqui é a "austeridade".
o nosso Columbano tinha muita prática destas coisas, caricaturando como ninguém o eterno enredo social "uns comem e os outros trabalham". Chamou à série "o pauzinho do matrimónio", longe de sonhar com a futura menáge-a-trois da troica, governo, presidente... "enumerando na época apenas o que se passava entre lençóis em hospedarias, bordéis e casas chic", quereria dizer ele hoje e por esta ordem: na residência oficial do primeiro-ministro, no Parlamento e no palácio de Belém. As cenas pornográficas de prostituição de luxo são bem conhecidas de todos os portugueses.
o artigo da autoria de Ricardo Campos censurado na "Análise Social" encontra-se aqui. Para informação mais detalhada sobre o assunto, consultar a página do José Neves.
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