"Será que em termos líquidos o Império português foi benéfico para o crescimento económico nacional? Lúcio de Azevedo, escrevendo em 1928, argumentou que o Império foi um sorvedouro de recursos e mão de obra, já que apenas em raros momentos os lucros gerados foram suficientes para cobrir as enormes despesas. Consequentemente, concluiu que, o Império foi uma das causas do atraso do desenvolvimento português (...) Algumas conclusões revisionistas (Público, 30/Março) respigadas do estudo de 3 historiadores portugueses contemporâneos:
O povo criou riqueza, Portugal cresceu, mas a parasitária classe dominante, amante do luxo e dependente de know-how e financiamento estrangeiro, comeu tudo: "No começo do século XVI, estima-se que a diferença, para mais, entre o rendimento per capita da metrópole e o que ele teria sido, hipoteticamente, caso não houvesse colónias era de cerca de 1%. Cem anos mais tarde era de 4% e, à volta de 1700, de 7%. No final de setecentos, o ganho líquido auferido desta forma atingia pelo menos os 20%.
– Isto não impediu, que a economia portuguesa tivesse experimentado um declínio sustentado, em termos reais e per capita, relativamente às economias líderes da Época Moderna. Portugal, já desde o século XVI, começava a afastar-se claramente dos Países Baixos e da Inglaterra e iniciava-se o seu atraso económico no muito longo prazo ..." (The great escape? The contribution of the empire to Portugal's economic growth, 1500–1800) - (Publico)
2 comentários:
Atenção ao lapso em vez de D. João IV (1640 em diante -Dinastia Bragança) devia estar escrito D. João II (Dinastia de Aviz).
Refere-se a D. joão II e não D. joão IV!
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