No dia 22 de Novembro de 1963 às 12,30 em Dallas no Estado do Texas foi assassinado John Fitzgerald Kennedy, o primeiro e único presidente católico dos Estados Unidos. A data não faz parte das efemérides oficiais, pela simples razão que os mandantes do crime são os mesmos que continuam actualmente no poder. A teia secretista em que têm sido mantidas as razões do assassinato, com a não disponibilização, passados 44 anos, dos documentos dos serviços secretos, tem alimentado milhares de teorias sobre a conspiração. O próprio assassino do presumível assassino oficial legitimado pela Comissão Warren, Jack Ruby admitiu ser quase impossível determinar concretamente quem foram os responsáveis pelas acções operacionais no terreno. No entanto rematou com a célebre frase: "well, the answer is the man in office now". Determinados os autores, para se compreenderem as razões da execução é necessário revisitar a natureza do Poder nos Estados Unidos.
Alexis de Tocqueville (1805-1859) o ilustre visitante da revolução francesa ao novo mundo escreveu na sua “Da Democracia na América": que “os homens que vivem nos séculos da igualdade gostam naturalmente do poder central e julgarão que tudo o que lhe concedem estão a conceder a si próprios” – esta é a chamada “falácia de Rousseau”.
A mesma tendência que leva o individuo livre a não reconhecer qualquer autoridade fora de si leva-o a atribuir uma autoridade ilimitada ao governo central – desde que este seja exercido em nome de todos e da igualdade. A maioria local em cada região (e depois a nível nacional) não pretende, nem poderia, fazer tudo. Ela é obrigada a servir-se dos magistrados da comunidade local e dos condados para executar as suas vontades soberanas - no auto governo local das comunidades. O “homem democrático” vai então imaginar que todo o poder que concede ao governo pertence ainda a si próprio – dado que ele próprio tem a ilusão de participar da governação. No meio da turbulência e anarquia, provocadas pela eminência de um qualquer perigo externo, nenhuma outra entidade que não tenha sido consentida por si gera legitimidade como fonte de autoridade.
Este logro, detectado por John Stuart Mill, levará o “homem democrático” a ceder ao governo áreas crescentes da sua liberdade. Esta postura perante a igualdade gera duas tendências aparentemente de cariz contraditório mas que se acabam por alimentar mutuamente - primeiro, que o cariz individualista, que o leva a aderir a instituições livres, a imprensa livre, a religião livre, as associações de voluntários livres, derrubaria toda a autoridade exterior a cada indivíduo; segundo, a tendência para a centralização e uniformização leva ao reforço do poder político central e ao alargamento ilimitado da sua esfera de intervenção.
Ao ver os descaminhos que tomava a democracia americana, liderada por intenções não muito longe de acções criminosas de expansão com traços de barbárie ligada ao poder de Estado (1), e ao fazer conjuntamente com Víctor Hugo a sintese entre o espírito das luzes e o romantismo, Alphonse de Lamartine foi um dos heróis da revolução de 1848 que completou com o termo “Fraternidade” os dois primeiros termos da célebre divisa da Revolução Francesa. Naquela época ainda não se punha o limite de exploração da natureza. Havia de facto vastos campos de expansão. Consoante duram, assim se explicam a ausência de um espírito crítico e autocrítico, naquilo a que Jean Jacques Rousseau chamou de “o esquecimento da nossa própria natureza”.
Na Europa do século XIX Otto Bauer tenta construir uma teoria de nação fundamentada na ideia de comunidade com um destino comum. É fundado neste pressuposto que assenta o “Destino Manifesto” americano, a partir do qual o desenvolvimento humano, que é uma aspiração universalista, começou a ser propulsionado por quatro vectores: as ciências, a técnica, a economia nihilista (aplicáveis às guerras de expansão) e o proveito para uso próprio – são estes “motores” que, cento e cinquenta anos depois, continuam a não ser controlados democraticamente. Por isso Victor Hugo sonhava, imaginando os Estados Unidos da Europa como prelúdio dos Estados Unidos do Mundo.
Pelo meio, e é aqui que estamos, fica esquecido o “american dream”, de uso exclusivo de um minúsculo grupo de loucos fundamentalistas guiados por um messianismo judaico-cristão que acedeu ao poder através de votos hackeados e aí permanecerá assente num nojento chorrilho de mentiras despejadas circulus in demonstrando com o maior desprezo sobre os destinos da humanidade. Que reduz à servidão os povos colonizados, enquanto destrói alegremente o planeta., usufruindo da tecnociência para recolher lucros ílicitos que usa para pagar os seus próprios privilégios e lançar a barbárie e a guerra sobre novas conquistas.
(1) Assente na relação existente entre Elite e Massas, o autor da obra “A Elite do Poder” defende que a estrutura do poder Norte-Americana é caracterizada pela existência de um oligopólio constituído pelas elites política, económica e militar, que apostam alternadamente em dois partidos politicos únicos que simulam um falso antagonismo. Para melhor fundamentar esta ideia,Wright Mills recorre á análise do processo de desenvolvimento histórico dos E.U.A
Encyclopedia Judaica.com:
Amstel Mayer Rothschild: “Desde que tenha o controlo da emissão do dinheiro de uma nação não me interessa quem possa fazer as leis”
O moderno ponto de viragem: A ameaça da perda de hegemonia do sistema de bancos centrais privados coordenados pelo FED e o assassinato do Presidente John F. Kennedy
Zeitgeist (1 hr 58 min, legendado em português)
O espírito do Tempo – Desde sempre os mitos da religião convencem o povo. Aos que usurparam a Autoridade dos Deuses como sendo a Verdade, será muito dificil retirar-lhes a Verdade para que sirva de Autoridade. A maior estória jamais contada: dos primórdios das crenças judaico-cristãs até ao 11 de Setembro.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quarta-feira, novembro 28, 2007
do Despotismo Igualitário à “democracia” Totalitária
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