Embora se tivessem esquecido do famigerado “não me conformo”, nota-se que o staff de Belémwood que escreve os discursos do PR não faz greve dos argumentistas (ou lock-out, o que seria proibido pela Constituição indígena). Desta feita Sua Excelência está preocupado com os altos salários dos gestores das empresas (que se medem em valores médios pelos do estrangeiro equiparáveis aos gestores multinacionais) enquanto lamenta os baixos rendimentos dos trabalhadores e dos portugueses em geral (que por via das politicas seguidas têm de ser medidos pelos valores definidos pela bitola mais baixa da Europa). Isto é, S.Exa, usando da sua peculiar hipocrisia e cinismo, vem tentar capitalizar em proveito próprio uma oposição “de esquerda” contra as medidas das políticas “de direita” a que ele próprio deu o aval enquanto decisor em última instância. Há um ditado popular para isto: “o ladrão é sempre o que grita mais alto agarra que é ladrão!”. Quem não o conhecer que o compre, porque nós o Povo (We the People, como manda a Constituição do Bush por onde agora nos regemos) raramente temos dúvidas e nunca nos enganamos. Mais; pensamos, se me é permitido falar em nome da minha gente, que a demagogia deveria ser criminalizada tal e qual a fumaça democrática do cigarro e do charuto de alto estatuto, pese que Belém e o Casino Estoril sejam enclaves da oligarquia onde as Leis em nome da verdade não entram.
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