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Os estudos realizados pelo sociólogo merecem especial atenção no actual contexto histórico, em que o poder dos Estados tende a diminuir, não só do ponto de vista externo, mas também internamente. A multiplicação dos centros de poder, verificado no pós Segunda Guerra Mundial, e que sofreu um processo de aceleração exponencial com o fim da guerra fria, contribuiu para que os Estados tenham cada vez maior dificuldade no exercício pleno da sua soberania. Este fenómeno é particularmente visível na área da economia, tendo-se registado a emergência de entidades privadas que, actualmente, detêm índices de P.I.B superiores aos de muitos Estados desenvolvidos. Num contexto de globalização, o poder das grandes empresas transnacionais acaba por influenciar determinantemente a acção dos Estados.
Assim, importa estabelecer relações entre estes factos, e o profundo sentimento de descrença nos actuais sistemas políticos. A existência de grupos que são a tal ponto privilegiados pelo poder político, que chegam mesmo a absorvê-lo, coloca em causa a ideia de democracia: o governo do povo, e não de alguns elementos, ditos seus representantes, em nome do povo.
Subdividido nos seguintes capítulos:
- Tecnocracia e Grupos de Pressão
- O desenvolvimento da Elite do Poder norte-americano
- A subversão do Poder político por parte do Poder económico
- A subversão do Poder Militar por parte do Poder económico
O ensaio, publicado em 2001 na CorporateWatch, pode ser lido aqui
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