vamos lá mudar a lâmpada, que esta já está fundida
Começa hoje o patusco processo de
escolha dos 2 candidatos que vão disputar a presidência dos nossos patrões politico- económico- culturais, os Estados Unidos.
E há muito boa gente que pensa que é alinhando neste carnaval que o actual problema civilizacional se resolverá (um dia). O
primário folclore eleitoral yankee, chamado de “
causcus”, radica na antiga tradição de
selecção dos protectores das comunidades nativas – no
saloon da povoação, normalmente o salão de baile, reunia-se a população não só para festas e convívios, mas também quando colocadas sob ameaças graves e, colocando-se à esquerda ou à direita do salão davam o aval à escolha do
Partido do Xerife que comandava os pistoleiros assalariados a quem os cidadãos pagavam um punhado de dólares, ou em alternativa, ao grupo de pistoleiros contratados pelo
Partido dos Latifundiários e outros beneméritos Privados a quem estes últimos pagavam, libertando a comunidade para empregar os seus contributos monetários em
obras mais profícuas para a paróquia. Simples: ou sim ou sopas.
Sem dúvida que
existem aqui reminiscências de democracia de base. E é curioso que, numa altura em que as modernas Constituições dos paises ditos democráticos, pretendem
proibir e criminalizar as votações de braço no ar (
por exemplo entre nós, ao Partido Comunista) substituindo-as obrigatoriamente pelo anónimo voto secreto, se mantenham estes
processos arcaicos na “maior democracia do mundo”; para além disso,
a prática eleitoral dos “causcus” herdou do tempo dos cowboys um defeito estrutural fatal:
porquê escolher delegados para enviar apenas a dois grupos de fulanos e não a tantos grupos quantos pretendam representar a mais alargada participação possível dos eleitores?
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Assim,
o processo negocial eleitoral americano nasce inquinado – É como se o dono (ou Donos) do pomar quisesse(m) escolher entre as maçãs boas e outras que não prestam. Pelo método de verificação observa-se se a maçã tem ou não tem buraco. Se tiver buraco é porque o bicho já entrou; se não tiver buraco é porque o bicho ainda não saiu. Assim sendo, o Dono do pomar tende a proceder às duas escolhas possíveis usando o critério pessoal de seleccionar a escolha em função do interesse do negócio, usando alternadamente ou em conjunto as duas, isto é,
todas as opções – procurando camuflar (ou mostrar) os buracos consoante melhor lhe convém
.
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