Steve Kroft numa reportagem passada (ontem sábado, repete hoje domingo) na SicNoticias explica como a derrocada da bolha imobiliária com a crise dos chamados “subprimes” (que no princípio, com o convite bancário à fraude, começou por ser um boom na construção mas que em lume brando se vai reduzindo a pó), está agora a afectar o mercado de capitais em todo o mundo.
Os bancos e as empresas seguradoras de crédito, com novo agravamento na semana passada, de acordo com o Bloomberg tiveram desde o Verão passado perdas contabilizadas até ao momento na ordem de 133 biliões de dólares, valor que continua a aumentar minuto após minuto.
Em 2007, pela primeira vez no pós guerra o valor médio das casas caíu nos Estados Unidos, contudo os preços permanecem demasiado elevados. Na medida em que os custos do crédito aumentaram os compradores deixaram de poder pagar os empréstimos. Mas os bancos emprestadores tinham feito pacotes desses créditos e cotaram-nos em Wall Street, a partir de onde foram vendidos para todo o mundo como “investimentos seguros” e não cessaram de crescer. A maioria dessas acções foram compradas por "fundos públicos" a preços elevados estando agora cotadas por valores irrisórios. Voltando ao princípio vejamos como a bolha começou e o que acontece agora na pequena cidade de Stockton (Califórnia) uma das zonas residenciais mais selectivas na União, onde agora estão 4200 casas para venda – ou de como esta oportunidade, a ruína do castelo de cartas financeiro pode bem ser o princípio do fim: o grau zero, da (Des)União.
Na sociedade capitalista é assim: por cada desastre em cada família, novas oportunidades de compra de casa a preços de pechincha se abrem aos predadores. Em Stockton, como em milhares de cidades, organizam-se leilões e passeios turísticos de compradores pelos bairros de casas penhoradas e abandonadas:
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