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Nem dormem de noite sonhando com a sucessão da Presidência, magicando freneticamente o que lhes daria mais jeito para vilipendiarem “a monarquia familiar dos Castro Brothers”, segundo o mesmo léxico de Bush. Ficarão deveras desgostosos, desapontados, se lhes aparecer outra cara; como se cada indivíduo per si fosse mais que um executivo que exerce honestamente a sua actividade politica mandatado pelos seus concidadãos eleitores.
Ao bloqueio decretado pelos EUA, ou aos presos políticos cubanos detidos nos cárceres de Bush, dizem nada. Mas a maioria dos comentadores alinhados com o viciado sistema dominante euro-americano de dois partidos únicos, quando opinam sobre Cuba criticam invarialvelmente a “existência de uma ditadura”, a “ausência de eleições”, a falta de “liberdade democrática”, o poder nas “mãos do partido único”, etc. Estas “opiniões imparciais” padecem de uma visão ideologicamente truncada vista pela distância que vai da relação dos desejos à realidade . Na verdade o problema é que a legislação cubana (a Constituição) proíbe categoricamente ao Partido Comunista indicar candidatos: “Nenhum partido tem direito a indicar candidatos. A indicação dos candidatos é feita directamente pelos próprios eleitores através de assembléias públicas. O Partido Comunista não é uma organização eleitoral e, sendo assim, não se apresenta para as eleições e não pode indicar candidatos”. Além disso, mais da metade dos parlamentares que foram eleitos não são membros do Partido Comunista. Com que objectivo ocultam esta realidade senão para enganar a opinião pública e prosseguir a sua campanha de diabolização de Cuba? Enfim, para certas luminárias enquanto o Capital não estiver no Poder não haverá direitos humanos.
Um conhecido dissidente residente em Cuba, Osvaldo Payá, com ou sem partido, apoiado financeiramente ou não pelos EUA, concorre normalmente às eleições da sua área de recenseamento – nunca ultrapassou 9% dos votos. Na óptica estapafúrdia das eleições de filosofia anglo-americana, um pequeno partido como o CDS apoiado numa percentagem ínfima de votos, cumprindo uma encomenda estrangeira, pode governar e pela acção de quaisquer carreiristas sem escrúpulos pode assaltar o Estado lesando-o concretamente em milhões de euros, traficar influências com o Pentágono, favorecer corruptamente as corporações que tem como clientes, fotocopiar documentos oficiais para uso privado, e sair ileso perante a justiça. Como dizia o outro, sobre os comentadores da “Cuba democrática”: “O que tu queres seu eu!” - o embuste do “socialismo em liberdade” falsificada.
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