Ninguém percebe lá muito bem qual a razão de tantas congeminações àcerca do pseudo-processo-eleitoral norte americano. Afinal trata-se de um truque para fazer crer à populaça global que existe um método de escolha democrática dos candidatos, quando na verdade o espectáculo apenas diz respeito aos militantes inscritos nos partidos, que votam para a escolha dos delegados às Convenções dos 2 partidos - clones um do outro. Cerca de 60 por cento de norte-americanos não votam; não interferem no processo. Em Portugal quando os Neocons deram ordens ao staff do conselho de estado para "americanizar" o modo de escolha da liderança do Partido chamado socialista (e do outro) que influência tiveram os portugueses na escolha do programa (mentiroso) de José Sócrates?
“O problema principal dos estado-unidenses consiste na escolha entre Pepsi-Cola e Coca-Cola” diz Woody Allen - O resto é folclore:
Mario Vargas Llosa no El Pais: “Há uma revolução em curso nos Estados Unidos, mas não é uma revolução como as de França ou da América Latina. As revoluções nos Estados Unidos são pacíficas, não se fazem com barricadas nem com balas, mas com votos e palavras” - já conhecemos esse modelo de show. No resto do mundo chama-se "zapping de sofá"
Oprah Winfrey e o Poder da Televisão
se por cada vez que se tem pronunciado a palavra "mudança" (change) nesta campanha, fosse cobrado um dólar, a crise económica e financeira estaria imediatamente resolvida.
(...) "Obama é excelente orador. Parece falar uma língua diferente, tem o idealismo reformista de Martin Luther King e John F. Kennedy e por isso corre sério risco de ser assassinado. A sua campanha tem reminiscências da mobilização a favor da integração racial encabeçada por Luther King e chegou ao coração dos negros, muitos hispânicos, muitos brancos e até mesmo muitos republicanos jovens. Já houve quem comparasse as presidenciais 2008 com as de outros momentos de incerteza económica e desencanto: 1932, quando Franklin Roosevelt expandiu as suas medidas sociais e 1960, quando John F. Kennedy ergueu a tocha de uma nova esperança e um novo idealismo.
Filho de um africano e uma branca do Kansas, de origem nórdica, Obama passou parte da infância na Indonésia, que abriga a maior comunidade muçulmana do mundo. Frequentou Harvard, a melhor universidade do mundo, tal como sua mulher, Michelle. É advogado, mas em vez de fazer fortuna trabalhando numa firma de advogados de New York ou Boston, preferiu passar dez anos defendendo os direitos de marginais e indigentes nos bairros pobres de Chicago. A questão racial é um tema espinhoso que os candidatos tratam com extrema cautela com medo de assustar eleitores dessa raça e daí a cor de Obama ainda não ter vindo à baila nos comícios, mas o mesmo já não se pode dizer da religião. Quando Obama viveu na Indonésia, frequentou uma madrassa (escola religiosa islâmica), o que deu origem ao boato de que era muçulmano ou teria um passado muçulmano. Ainda por cima, chama-se Barack Hussein Obama Jr., muitos americanos temem nomes muçulmanos e islâmicos e parece impensável um Hussein na Casa Branca. Obama tem tentado corrigir a falsa ideia de que seja muçulmano, mas as suspeitas estão lançadas e não é difícil adivinhar quem espalhou o boato, constando que o senador Ted Kennedy puxou mesmo as orelhas a um tal Bill Clinton. Se porventura Obama vier a ser o candidato democrático haverá grande reboliço. É capaz de surgir logo um movimento a defender a candidatura da Oprah Winfrey, que além de ser mais rica do que todos os candidatos democráticos e republicanos juntos, resolveria de uma vez por todas a questão da primeira mulher presidente e do primeiro presidente negro"
Eurico Mendes, no "Portuguese Beat" New Jersey USA
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