
Apanhado em flagrante delito o actual
Presidente da Comissão Europeia será implicado nos
voos secretos da CIA A precisão das informações relatadas pela Reprieve permitirá aos inquiridores do processo nomeados pelo
Parlamento Europeu e pelo
Conselho da Europa proceder à sua verificação. A amplitude do tráfico de prisioneiros é descrita como sendo prática comum e os inquiridores avaliarão concretamente quem tem responsabilidades nos casos assinalados. Estas práticas
são contravenções à Lei penal portuguesa e à Convenção Europeia dos Direitos do Homem. Portugal assinou o
Tratado de Roma em 1998 e
as responsabilidades politicas implicadas são susceptíveis de ser julgadas pelo Tribunal Penal InternacionalAs autoridades portuguesas desmentiram com veemência as imputações da Reprieve; no entanto, até ao completo apuramento dos factos três primeiros ministros são postos em causa:
José Manuel Durão Barroso,
Pedro Santana Lopes e
José Sócrates.
A julgar pelas afirmações de
Condoleezza Rice - de que
os europeus sabiam de tudo (e que nenhum dos visados então desmentiu) - o envolvimento dos governos portugueses foi efectivo.
Que moral, ética ou legitimidade têm os actores politicos que fazem a gestão do Estado, que obedecem e reportam em directo a criminosos internacionais?
Cavaco Silva, sempre tão solícito a emitir impulsos mediáticos sobre tudo (
mundial de futebol 2018) e sobre nada (
as acusações de Alípio Ribeiro,
assegurando que o Ministério da Justiça nunca lhe deu instruções relativas à investigação de algum processo criminal), apesar de responsáveis oficiais como
Carlos César admitirem a verdade, sobre os vôos da CIA Cavaco não recebeu do alto da pirâmide Imperial instruções para a Presidência da República Portuguesa se pronunciar sobre o assunto. Recomenda-se calma sobre quaisquer que sejam os incómodos para a navegação do regime.

Tal não aconteceu porém quando o PR se pronunciou sobre os “
altos e escandalosos salários dos executivos”. Sua Excelência repetia,
como o boneco do ventriloquo, uma directiva da
SEC norte americana (
Securities and Exchanges Commission) cujo presidente Christopher Cox pretende obter dados sobre empresas que não fornecem informação detalhada aos accionistas, enquanto empocham somas fabulosas,
ludibriando e pondo em causa o sistema de onde todos comem. (
onde é que nós já ouvimos isto?)

A segunda actuação recente do “
boneco do ventriloquo” aconteceu sobre “
o combate à Corrupção” – na verdade a chamada de atenção reporta ao “
Foreign Corrupt Practices Act” do Departamento de Justiça do FBI que dá plenos poderes de investigação (lá chegaremos) aos magistrados e reguladores no combate à fraude praticada pelos responsáveis politico-económicos que se abotoam com umas massas por fora à pala dos concursos públicos (
ou da sua ausência). Em tempos de crise, a criminalização do suborno é uma actividade profícua, mais
com a finalidade de aplicar coimas para realizar receitas – e seguir o exemplo: só no ano passado o Governo americano arrecadou 100 milhões de dólares a quem se deixou apanhar. Lá terá que marchar
uma grossa fatia do pé-de-meia do ex-Ministro do Ambiente de Durão Barroso.
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