Paulo Portas, o incontornável lider do CDS, continua com vida dificil face aos “estilhaços” decorrentes da sua passagem pelo Ministério da Defesa.
Francisco Moita Flores, ex-inspector da Policia Judiciária, outra personalidade mediática que se refugiou na função higienizadora do voto, foi presidente do Conselho de Administração da empresa Introsys/Uninova, “assessorado” na Assembleia Geral pelo engenheiro Ângelo Correia, um dos barões clássicos do PSD. A empresa foi fundada para cumprir uma encomenda do ministério gerido por Paulo Portas para o fabrico de máquinas robotizadas capazes de detectar a existência de minas, um projecto inicialmente financiado pelo Estado Português e pela Introsys/Uninova, sedeada na Moita. Faz sentido - se se ganham milhões com a venda destes sinistros engenhos (como nos gloriosos tempos para os negócios da guerra colonial, quando empresas privadas de coronéis fabricavam esses engenhos e os vendiam às próprias Forças Armadas onde serviam), porque não ganhar também fortunas com a minimização dos efeitos deste tipo de bombas e artefactos explosivos?
Acontece que a encomenda, que seria destinada à revenda pelas Forças Armadas para paises africanos, nunca foi confirmada, deixando Moita Flores em maus lençóis. Mas tinha-se iniciado a sua concretização: o “Semanário Privado” apurou que o fabrico de protótipos deste equipamento decorreu na Auto-Europa e que foi dirigido por dois filhos de Moita Flores... Para além do “estampanço” o que há de ilegal nisto?
O Ministério Público já está na posse de documentos que revelam a prática do crime de alegado favorecimento pessoal devido à ausência de concurso público internacional, e lesão danosa do Estado em cerca de 300 mil euros.
As investigações do MP sobre este caso estão paradas “devido à existência de milhares de outras queixas que são prioritárias, pelo que ainda não foi possivel realizar as diligências necessárias às averiguações sobre a denúncia do negócio”...
(fonte)
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