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Um ano antes do simulacro-farsa de eleições, em 2007, um partido da oposição radical está determinado a agir e a discutir o poder a Putin. Para além do naufrágio das ideologias sociais ou humanistas da ex- União Soviética, a facção que lidera a coligação com a mediática figura do campeão de xadrez Garry Kasparov e outros dirigentes da “Rússia Unida” é composta por revolucionários comunistas veteranos, como Eduard Limonov, que desde 1997 viram o PNB (Partido Nacional Bolchevique) ser ilegalizado pelo governo.
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Como é habitual nestes casos, na escola ocidental importada, a policia intervém sempre que se anunciam acções susceptiveis de descambarem em revoltas. Ilustrando a fotografia para aqueles que se queixavam dos crimes contra o Estado no regime de Estaline, a repressão contra qualquer dissidente radical de esquerda permanece, agora agravada. Dias antes de qualquer manifestação o núcleo dos principais responsáveis são presos preventivamente; nas ruas há confrontos e correrias, cravos vermelhos espalhados pelo chão. Nas prisões há detidos acusados de “violações politicas” que são torturados. Presos são violados por grupos de policias coadjuvados por milicias de extrema direita enquanto são filmados e alvo de glosa: “este video vai bater recordes de audiência na internet” ri-se um destes agentes “da autoridade”.
a Revolução não resulta de nada que se tenha lido num livro
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E no entanto, hoje em dia, não é de todo lamentável que os militantes do Partido de Putin tenham como profissão enforcar revolucionários, acusados de “extremistas”, com a complacência dos negócios de Estado, para onde, em nome dos interesses da Europa (e da cremação dos direitos humanos), foram destacados dirigentes como o anterior lider do SPD, "o socialista em liberdade" Gerhard Schroeder, um filósofo-maestro do hino da Gasprom:
"Estão aqui as nossas Vidas, a nossa Fortuna, a nossa Honra sagrada" (sic)
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