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quarta-feira, outubro 07, 2009

Super Visões

Ontem houve pânico nos mercados financeiros quando se tornou público que a Arábia Saudita poderia admitir juntar-se aos paises que têm vindo a exigir o fim do dólar como moeda de referência global.

Os sauditas deixariam assim de vender petróleo em troca de dólares, uma vez que esta moeda corre a todo o instante o risco de ser desvalorizada, senão mesmo substituida, e passar a valer apenas 10 por cento, ou menos, do seu valor actual. A Reserva Federal, a entidade emissora dos dólares, (“dinheiro desdobrável” como dizia um patusco cowboy em “Western Union” de Fritz Lang) tem alimentado esta onda de suspeição. Como entidade privada que é, a FED tem rejeitado as insistências para que passe a existir supervisão pública sobre os seus relatórios. Estão de cavalinho: foram eles que puseram lá o Obama!


















A instituição que cria e exporta a moeda transnacional
dos Estados Unidos deseja manter um “perfil discreto” (low profile), disse um porta-voz, sobre a publicação dos relatórios, contrariando os desejos do secretário de Estado do Tesouro que desejaria que o passassem a fazer. De acordo com o canal Bloomberg News, o Banco da Reserva Federal não submeterá voluntariamente ao público qualquer estudo sobre a sua estrutura interna e métodos de “governance” como foi requisitado por Timothy Geithner.

Geithner foi ele próprio administrador do Banco da Reserva Federal de New York. As exigências de supervisão agora rejeitadas partiram do presidente Obama, o qual, perante o constante agravamento da crise, tinha vindo a propôr reformas regulatórias no sistema financeiro desde o princípio do Verão. Parte destas reformas deveriam estudar a FED no sentido de “a habilitar a atingir os objectivos propostos para o exercício das suas funções” – uma pretensão que o quadro de governadores dos bancos federais agora parece ter placidamente rejeitado. A agência também disse em Junho que o último relatório requisitado pelo secretário Geithner só seria publicado a 1 de Outubro. Estaria agora na hora certa. Vincent Reinhart outro ex-Director conhecedor da politica monetária da FED admitiu à Bloomberg que “publicar agora um relatório convidaria a que houvesse comentários a esse relatório

Supervisionado por outro judeu proeminente no sistema, Larry Summers (indigitado para suceder ao judeu Bernanke), Tim Geithner, ele próprio um homem formado na Goldman Sachs, já se deve ter esquecido do ridiculo das suas funções desde que se deslocou à Universidade de Pequim, onde, explicando-se sobre a credibilidade do dólar como moeda em que a China poderia confiar como veiculo para os seus investimentos, foi alvo de chacota quando toda a assembleia de estudantes se começou a rir a bandeiras despregadas.

e agora, alguns tópicos sobre a verdade

Para ajudar a amenizar a crise que teve origem no seu melhor cliente, a petrolífera estatal saudita Aramco baixou os preços de fornecimento de crude às refinarias dos Estados Unidos. É a segunda vez que o faz nos dois últimos meses

De facto, em face da bancarrota do dólar, a Reserva Federal está a canalizar a maior parte “das ajudas do Estado” para o Fundo Monetário Internacional, por forma que este possa ser implantado como o grande Banco Central Global. As “reformas para maior transparência”, de outra índole, claro, negadas pela FED, foram de facto agora anunciadas pelo FMI na reunião que decorre em Istambul. As entidades que determinam a economia na Alemanha, um país colonizado e ocupado, vieram a terreiro dizer que “vê inconvenientes no aumento de reservas do FMI”, enquanto no sábado passado, depois de um primeiro incidente em que o presidente do FMI levou com um sapato nas fuças, a comunicação dos resultados em conferência de imprensa foi interrompida por uma manifestação que envergava a bandeira internacionalista de Che Guevara e entoava o hino “Hasta Siempre Comandante”. Pim, Pum. A Polícia de Istambul voltou hoje a carregar de novo contra manifestantes anti-FMI

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