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sábado, novembro 07, 2009

o negócio da dívida

O objectivo: retirar chorudos rendimentos em juros do modo de vida acima das possibilidades da grande massa de pobres e cidadãos pouco vocacionados para se auto-organizarem no trabalho que lhes permita condições de subsistência que não os envergonhe - e como quem não trabuca não manduca (porque não podem, ou não querem, ou não sabem), os pobres de todo o mundo, para se manterem remediados, são a maior fonte de rendimento dos ricos ocultos nas redes financeiras multinacionais, que (PR incluido), delegam nos governantes a sua representação. Mas há um pequeno problema: emprestar sim, mas desde que haja um mínimo de garantias no retorno...

Oficina de serralharia em dia de serviço externo.
Bairro da Serafina, Lisboa. Novembro 2009

"O Fundo Monetário Internacional fez as contas e calcula que os próximos Governos vão ter de apertar o cinto mais do que na década de 80 para reduzirem a dívida pública até 60% do PIB nos próximos vinte anos. Para conseguir chegar a 2030 com uma dívida pública de apenas 60% do produto interno bruto (PIB), Portugal vai ter que apertar o cinto mais do que alguma vez o fez no passado. Nem mesmo na segunda metade da década de 80, (pacto Soares-Carlucci) depois da intervenção do FMI (1), se chegou a um esforço tão elevado de consolidação das contas públicas. Num relatório divulgado hoje, do grupo de trabalho que acompanha a situação das finanças públicas nos diferentes países, o FMI conclui que Portugal terá que transformar o défice primário estrutural (sem juros e considerando que a economia crescia ao ritmo potencial) de 2,9% que se espera para 2010 num superávite de 3,6% em 2020. E depois conseguir mantê-lo durante os dez anos seguintes. Isto se quiser chegar a 2030 com uma dívida em percentagem do PIB dentro do patamar imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

O FMI estima que a dívida pública atinja os 81,9% do PIB no próximo ano. Ou seja, mais de vinte pontos percentuais acima do limite do PEC. A Comissão Europeia até é mais pessimista e, nas projecções de Outono hoje divulgadas também, espera que a dívida esteja nos 84,6% do PIB em 2010 e que se agrave até aos 91,1% no ano seguinte. Tudo porque, segundo os números de Bruxelas, o défices em 2009, 2010 e 2011 serão de, respectivamente, de 8%, 8% e 8,7%. Os maiores défices desde os anos 80" (Expresso)
Bom para uns, mau para outros; que desde já ficam a saber o que mais uma vez aí vem... "a batalha da produtividade" para encher os bolsos a terceiros com a competente e pidesca conivência da obesa organização de comissionistas cá do burgo

(1) ver "O que é o Dinheiro? Exportando a inflação dos EUA para o resto do mundo"
(2) "mais cinco falências de bancos nos EUA - 120 este ano"
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