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segunda-feira, março 08, 2010

noite de óscares e escolhas culturais

Hollywood, como sabemos e nunca é demais lembrar, está em decadência. O grande espectáculo e o show-bizz transferiu-se em peso para Washington e para Televisão, não necessitando a (a)Politica actualmente de quaisquer outros mediadores.

A cerimónia do Kodak Theatre tornou caquética, mera passarelle de indumentárias para ser relatada ao estilo carlos castro. Mais ao resto já sabemos também no que sempre deu: Para além do mestre universal de todos eles; "Limelight" ou alguma das obras de Charlie Chaplin, o "Citizen Kane" de Orson Welles (1941), a "Laranja Mecânica" (1971) e nenhum dos outros filmes de Stanley Kubrick, "Taxi Driver" (1976) ou "Toiro Enraivecido" de Martin Scorsese, ou "Pulp Fiction" de Quentin Tarantino (1994), nunca ganharam a estatueta que distribui corôas comerciais sobre as cabeças que interessam à indústria cultural imperialista em busca da hegemonia global. Por entre a imensa palha do mais omisso, um conselho avisado será o de aproveitar as bandas sonoras, entre elas a melhor de sempre que se pode, entre muitas outras, ouvir neste sitio: a música de Maurice Jarre na honesta biografia de Lawrende da Arábia realizada por David Lean (1962).

na foto: Errol Flynn e Olivia De Havilland em "The Adventures of Robin Hood" (1938). Havilland para além do óscar nesta obra ganharia mais sete, entre eles por filmes de apologia a epopeias de conquista como "Captain Blood" e "The Charge Of The Light Brigade". A ascenção de Hollywood na sua época áurea pôs o mundo inteiro a sonhar com românticos beijinhos piegas, campanhas heróicas e castigos exemplares às malvadezes terrenas. Mas perdidas as ilusões, sabemos hoje, por detrás destes conceitos simples, a vanguarda cultural da indústria cinematográfica neutralizou milhões de alminhas ingénuas, abrindo caminho seguro para "a bondade" das acções dos exércitos imperiais de ataque e rapina que avançavam. Uma chuva delas, das quais só se percebiam os arco-iris... (a doutrina da terra prometida)



melhor filme: "The Hurt Locker" (os Bloqueadores de Engenhos Danificantes). Melhor produção estrangeira: "Los Iraquíes acuden a las urnas apesar de las bombas de Al Qaeda" (ElPaís)

e finalmente, a vida real:
apesar disto, segundo o "I", "cerca de 50 por cento dos iraquianos votaram..." - nada de muito fora do vulgar em comparação com outros paises libertados e "democratizados" socialmente pelas respectivas burguesias alugadas ao imperialismo desde bem mais cedo, onde também apenas 50 por cento votam (fonte)
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2 comentários:

Anónimo disse...

Valentes eleições democráticas,num país OCUPADO.Daaaaaa
Eleições ditatoriais na Venezuela,eleições democráticas nas Honduras,and so on.....mas,não há maneira de dar a volta a este saturnismo social?

Anónimo disse...

faltou-lhe mencionar mais um filme épico, este recente, "The Thin Red Line" (A Barreira Invisível) do mestre Terrence Malick.
+ um preferido dos seus!

e obrigado aos meus pais por me terem levado a ver "El Aurens" em ecrã gigante no cinema Monumental em lisboa.