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segunda-feira, março 22, 2010

"Votos ou Bombas" a falsa dicotomia do bloco central espanhol

No comunicado que a ETA remeteu ontem para publicação ao jornal online Gara dirigido à cidadania basca sobre a situação no Euskal Herria, a organização armada pela soberania afirma “a sua total disposição para dar os passos que sejam necessários para favorecer a mudança politica”, para o qual se inclui uma declaração em sete pontos.
Começa por expressar “o respeito por todos os agentes que nos últimos tempos num contexto marcado por uma dura situação repressiva e de pressão politico mediática têm logrado intentar uma nova dinâmica em favor da autonomia e independência do Pais Basco”. Pede a esses agentes que assumam que “para construir um cenário democrático que garante o futuro de Heuskal Herria é necessário dar passos seguros e adquirir compromissos firmes”. Por isso a ETA faz “uma chamada à participação de todas as mulheres e homens bascos para que lutem pelo seu país, já que considera que a activação social é a principal garantia para avançar nesse sentido”. A ETA manifesta a sua disposição de “dar os passos necessários dentro do espaço que lhe corresponde”, afirma-se no 4º ponto, reiterando em seguida “a sua vontade para resolver o conflito” adiantando que a sua tarefa é "alcançar uma formulação de consenso para a construção sobre bases sólidas o processo democrático que inclua garantias para que se possa levar a cabo esse exercício de decisão”. Tal só pode ser feito com a atitude de falar ao povo com transparência e honestidade contraposta à intoxicação informativa que no juízo dos independentistas “o governo espanhol converteu num importante instrumento politico”
Por último, a ETA reafirma o seu “compromisso que assumiu há 50 anos para assegurar que continuará lutando firmemente por Euskal Herria. Não desistimos até alcançar a liberdade”

O factor psicológico

Na primeira parte do texto a ETA analisa o que têm sido as consequências do ataque generalizado que o governo espanhol desencadeou contra o País Basco desde que o último processo de integração fracassou. Responsabiliza o executivo espanhol de ter cerrado a porta a uma oportunidade para uma solução democrática e de haver optado por estender a todos os campos uma ofensiva repressiva sem limites. A ETA considera que a esquerda pela liberdade é o único objectivo dessa ofensiva “porque desde há trinta anos conseguiu que se tornasse impossível a assimilação do povo basco em França e na Espanha e porque foi a única organização a lograr manter um caminho aberto para a independência e liberdade”. A imposição do “estado de excepção” em Euskal Herria, a ilegalização de organizações politicas, a detenção de militantes, o endurecimento da crueldade contra os presos políticos, os casos de sequestro de cidadãos e os interrogatórios clandestinos, desenham ali de forma precisa os direitos civis e políticos, para além da estratégia de controlar a situação pela via do terror psicológico. A ETA contesta pela enésima vez que o Estado espanhol possa vender a fantasiosa solução de uma saída policial para a resolução da questão basca: “estamos acostumados às mentiras e propaganda de guerra do ministro do Interior para desfigurar a realidade com frases pomposas que pretendem desviar o debate – ele sabe muito bem que, ontem como hoje, a única via que garantirá o fim da resistência basca é o reconhecimento dos direitos de Euskal Herria. A sua última patranha é a dicotomia “votos ou bombas” e nós respondemo-lhe em concreto: Votos!, como método democrático sem limites nem ingerências na materialização dos projectos da autonomia dos nossos cidadãos. Dar a palavra ao povo para decidirmos o nosso futuro” Este é o ponto que está na base do conflito, para a qual a luta dos cidadãos deve contribuir para que possa ser superado.
(ver declaração original no "Gara")
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2 comentários:

Anónimo disse...

Os espanhóis(?) nõ têm vergonha nenhuma,por um lado incrementam estados do género do Kosovo,proovincia berço da Sérvia.Seria o que nos estava reservado se não tivesse havido 1640-só não percebo como é q os portugueses q se livraram de Espanha,não seja solidária e apoiante para a independencia do País Basco?
Eu se i bem q as forças da 'ordem'se orientam,como o Daniel Sanches,como os serviços secretos se amanham sem sequer fingir q é para o estado`´E para o bolo daqueles q estão na disposição de se amanharem-é como os nazis e aquele povo q os apoiou....Ah!a DEA é a maior mafia da droga...Pudera!

ce disse...
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