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sexta-feira, julho 30, 2010

da Res-Pública à Corrupção Pública

“Poderosas forças económicas e financeiras determinam as orientações e os programas dos governos, inculcam a ideia de que, para haver progresso é necessário existir o desemprego, a miséria e a desintegração social” (Baptista-Bastos JN 17 Março 2006)
E os nomeados para gerir o sistema são intocáveis, inimputáveis. São escolhidos "lá entre eles". "A sociedade de mercado invadiu, inclusivé, as consciências. O modelo europeu de sociedade está a ser metodicamente liquidado sem que consigamos estabelecer a conciliação, imprescindível, entre responssabilidade colectiva e a responsabilização da acção do individuo-gestor (ibidem, DN 29 Julho 2010)

Os promotores do mega-centro comercial Freeport (capitais britânicos envolvendo a Casa Real Inglesa) pagaram 13 milhões de luvas a decisores portugueses para que fosse viabilizado um licenciamento em área ambiental protegida que, em situação isenta de corrupção, não seria decerto aprovado. A localização teve mo entanto uma visão de futuro espantosa: na encruzilhada entre a plataforma logistica de Rio Frio, o novo aeroporto, o terminal da linha de TGV e na saída da nova ponte de entrada em Lisboa. Como teriam adivinhado os investidores do Freeport com tanta antecedência que tudo se iria processar deste modo?

Condicionado, o Ministério Público encenou uma tentativa de investigação, mas o Ministério da Justiça, tutelado pelo Governo, dissolveu o esforço. Desde 2004 passaram seis anos e os procuradores não tiveram tempo de ouvir o principal suspeito. Mas tiveram tempo para deixar fugir o rasto das contas off-shore dos envolvidos. O comunicado com "as conclusões" sobre o caso é apenas uma espécie de inventário inócuo sobre as ocorrências. "Espero bem não voltar a ouvir falar deste assunto" concluiu José Sócrates. E mesmo se houvesse consequências, o que se seguiria? um governo liderado por outro fato engomado e passado a ferro com o Passos Coelho lá dentro? - Se os governantes do Bloco Central enfeudados às politicas neoliberais europeias pudessem fazer o mesmo que os administradores das multinacionais fizeram à participação na Vivo do Brasil, não hesitariam em extinguir o que nos resta - a participação da má-lingua do povo deste país - e iriam decerto comprar outro povo noutro lado
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1 comentário:

Karocha disse...

O Freeport ainda não acabou Xatoo :-)))