Augusto Santos Silva, ex-colunista do Público, depois ministro da propaganda do PS (onde ascendeu à fama pelas ameaças de malhar na esquerda pró-marxista) e actualmente ministro da Defesa, gosta de armar à filosofia – vista deste ângulo, uma arte populista que tenta responder a perguntas esquisitas, como por exemplo “o que é e o que quer a auto-denominada esquerda democrática?” Dificil. Para cumprir a empreitada ASS valeu-se da Almedina para imprimir um livrinho (113 páginas) intitulado “Os Valores da Esquerda Democrática – 20 teses oferecidas ao escrutínio público” (Col. Res/Pública) onde passa a dar toda a sorte de respostas invocando “a diplomacia própria da modernidade, na actualidade dita pós-materialista” citando tudo que condene a filosofia económica marxista ao degredo, desde Kant a Popper. Conciso: “A esquerda democrática pugna por um denominador mínimo de recursos universalmente garantido”. Catalogador: “a esquerda democrática é uma disposição: para ser radical, realista, moderada, cosmopolita, performativa…” (pag. 101)… Radical?, fora do livro, nos media, já não se recorda como secou Alegre: “«Se o Manuel Alegre tivesse feito uma opção pela esquerda revolucionária não seria membro do PS. Pelo contrário, o PS e a democracia muito devem a Manuel Alegre» (in Alegre não é da «esquerda revolucionária»).
Finalmente, porque o cão de guarda do PS não merece muita trela nem mijinhas na sargeta, tenta facturar o Saramago pos-morten: “Na Viagem do Elefante, a propósito das hierarquias militares, o narrador refere-se a esse preceito velho como a sé de braga, aquele que determina que terá de haver um lugar para cada coisa a fim de que cada coisa tenha o seu lugar e dele não saia” Pois bem, prossegue ASS “poderia dizer-se, aproveitando o talento do romancista (note-se bem a redução a “romancista”), que o preceito básico da “esquerda democrática” é o inverso, que é possível e vantajosa a circulação pelos lugares, pela mesma razão que é ilegítima a prisão de alguém ao seu lugar de origem ou ocasião. O maior contributo para a igualdade está na abertura e dinamismo social, na mobilidade, no esímulo da iniciativa, do projecto, da ambição e na oferta de oportunidades disponíveis para todos” (pag. 27). Ora bem. Então não foi este precisamente o mesmo discurso da Flexisegurança dos primórdios do mandato de Cavaco Silva? - este ministro é funcionário do cumprimento desse programa. Voltando ao filósofo, já estamos como dizia hoje o outro ao Ionline: "se após a guerra o Salazar tivesse optado por realizar eleições tinha-as ganho na maior das calmas" - com a careca a descoberto, como a voz do povo é a voz de deus, e como les beaux esprits se rencontrent, por alguma razão o funcionário-filósofo Santos Silva já foi recebido em apoteose levando uma monumental vaia de fascista
2 comentários:
A lenda do 'aquecimento global à cause du CO2',com o seu vetusto estendal de falsificações a toda a prova,não será mais que uma capa para os efeitos do HAARP.
Caro xatoo,dê uma olhada aqui
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20317
Desculpe-me não comentar este jimbras mas,ele é um vil verme ao serviço dos psicopatas sociais\terrorismo.
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