A ministra da cultura viu-se esta tarde em palpos de aranha no parlamento para explicar os cortes orçamentais na já de si miserável verba de 1 por cento do pib para o respectivo ramo de negócio...
(3 milhões de cortes, deixando centenas de artistas à míngua, enquanto se insiste em gastar 30 milhões na arquitectura-estrela do novo Museu dos Coches).
Enquanto a ministra representa no parlamento o seu papel de directora-geral para a área de negócio da Cultura,,, enquanto um grupo deveras representativo da nossa cultura cinematográfica produz um manifesto intitulado “A agonia do cinema português: o abafador tem nome - a Lusomundo/PT/Zon não podem continuar a dar cabo da nossa produção”,,, um jornal diário de referência usa toda a primeira página, tingindo-a de verde, para fazer a promoção de um filme americano de grande orçamento (capa acrescida de mais 3 páginas inteiras no interior). Este tipo de jornalismo-publicitário costumava infringir uma qualquer disposição legal: a publicidade deve ser devidamente identificada como tal. Mas a lei é sobre urtigas e, pelos vistos, manifestamente inaplicável sobre produções de Hollywood – é também vulgar a TVI e a SIC incluírem trailers de promoção de filmes americanos inseridos nos telejornais.
Por este andar um destes dias ainda aparece por aí uma qualquer publicação paga por um daniel oliveira qualquer a reclamar que existem blogues portugueses com ligações à Al-Qaeda. Tão certo como os meios financeiros destinados à manipulação cultural pelo Pentágono serem portentosos.
Sem comentários:
Enviar um comentário