Como no sonho das cerejas (de Anton Tchekov) n`”O Gingal” do tempo em que estas se guardavam para fazer compota, toda a gente anda a contar estórias e mais ou menos a
divertir-se,
enquanto a casa é destruída.
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Nos EUA o grande assunto de momento é a batalha entre grandes empresas (aquelas a quem o bardo reaccionário Fernando Pessoa chamou na “
Essência do Comércio” de “monopólios de concentração de direito natural ou outorgados pelo Estado”)
e a administração Obama sobre o destruído mundo do trabalho. Citando
Steven Pearlstein (um
colunista judeu do Washington Post, pois claro): “Os gestores não gostam da incerteza gerada pela reforma do sistema de saúde e pela regulamentação financeira e do impasse politico em relação às alterações climáticas e
à imigração. Ouvem a retórica que demoniza os sectores de seguros, Wall Street e as companhias petrolíferas. Vêem
aproximar-se a onda de regulamentação após anos a fazerem as próprias leis” Linear. Pearlstein reuniu-se em tempo com José Sócrates tendo na altura constatado como foi fácil “esta praga da cobiça e desregulação ter tão facilmente atravessado o Atlântico e conduzido as economias a uma recessão que se espera mais longa e profunda do que inicialmente”. A seguir, em Maio de 2009,
o Washington Post elogiou a governação de Sócrates.
E continua Pearlstein, traduzido no Público dia 11: “Sabem que equilibrar o orçamento significará, quase de certeza, impostos mais elevados. Tudo isso é verdade e chega num péssimo momento para a economia. E com a confiança nas grandes empresas pouco acima dos 10 por cento, não é de admirar que esses gestores sintam que a conjuntura se afigura subitamente contra eles. “Quando os cidadãos não confiam nas grandes empresas, os Governos seguem o mote”, escreveu Jeff Immelt aos accionistas em Fevereiro, na qualidade de gestor da
General Electric (
outra multinacional clássica de capital judaico). Estamos a entrar numa espécie de “ciclo negro”, onde as pessoas que podem fazer com que a economia melhore são consideradas os seus piores inimigos. A palavra de ordem passa a ser “
Por que é que vocês não criam mais postos de trabalho, seus palhaços?” (sic)
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Falou. Em sintonia, Cavaco Silva exorcisou a sua habitual sapiência sobre economia parasitária dos ricos na qualidade de empresário-mór da república, transmitindo o recado: “
um novo impulso reformista vai estalar na Europa e Portugal deve estar na primeira fila para o seguir, sobretudo no factor trabalho”
(ler)Relacionado:
“Novos médicos são “contratados” a recibos verdes”.
1 comentário:
Grande Cavaco!
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