A nova legislação para reformar o sector financeiro nos EUA foi desenhada pelo decano dos lobyistas judeus no Senado: Barney Frank (Dodd-Frank Act) e aprovada no Senado por 60 votos a favor e 38 contra. Recorda-se que junto com a nova administração Obama foi eleito o maior número de judeus de sempre para cargos de representação politica: 45 (seleccionados entre uns escassos 3 por cento dessa etnia na população norte-americana), sendo 32 para a “Câmara dos Representantes” e 13 para o Senado. (fonte Haaretz)
Uma sondagem Washington Post-ABC revelou que 57 por cento dos norte americanos têm pouca ou nenhuma confiança em Obama para tomar as decisões certas para o futuro dos Estados Unidos... (os EUA não são um todo homogénio, para que classes sociais decide o Presidente?). Sobre a condução da economia do país 54 por cento da população desaprova a actuação do Presidente. Actualmente a taxa de desemprego é de 9,5 por cento. Mais de 53 por cento das receitas fiscais revertem a favor das despesas com as forças militares. O orçamento destinado à componente militar para 2011 será o mais alto de sempre na história dos EUA (se ajustado à inflação é maior que o dispendido na 2ª Grande Guerra), 708 biliões para o Pentágono (1), acrescidos de um “fundo de contingência a usar no estrangeiro” de mais 200 biliões (o que na linguagem eufemistica da Casa Branca significa Afeganistão, Iraque e possivelmente outros), 40 biliões numa “caixa preta” para gastar com os serviços secretos, 94 biliões em gastos não operacionais (Departamento de Estado, Segurança Interna, Nasa, etc), 100 biliões em despesas com reformas e beneficios sociais a veteranos de guerra e, finalmente, 400 biliões em contingentes de prevenção de acções militares durante o tempo de paz (seja lá o que quer que isso seja)
No gráfico* que equaciona o orçamento entre 1997 e 2013, vê-se claramente que desde a des-anexação do dólar em relação ao ouro do administração Nixon na década de 70 até ao presente (correspondente ao periodo do Neoliberalismo) a curva das despesas militares foi sempre predominante em relação aos investimentos na economia dos privados. (os quais só se aproximaram dos custos militares nas ajudas à banca no auge da de 2009). Na percepção da realidade não se trata pois da acção deste ou daquele Presidente avaliado de modo avulso, mas de reconhecer o modo de actuação como é desenhado todo um sistema de militar tecno-industrial de dominação imperialista
* (gráfico extraido de www.nationalpriorities.org)
* (1) a NSA (Agência de Segurança Interna) foi nomeada pelo BWI Business Partnership como a "empregadora do ano!"
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