Pesquisar neste blogue

terça-feira, agosto 31, 2010

"o nosso último homem no Iraque"

"os EUA é um Império que nunca saiu voluntariamente de qualquer das suas bases militares ou complexos fortificados" (Glen Ford) *

Estados Unidos saiem do Iraque mas deixam nem mais nem menos que 7 Brigadas no terreno "para ajudar as autoridades locais" (a manter a desordem criada pela invasão, enquanto a petro-economia dependente do imperialismo avança)... Sobre o anúncio da saída cumpre dizer-se que se trata-se de uma ficção, porque não são trazidas para a praça pública as forças (não) combatentes que ali vão permanecer usando outro nome - descubra as diferenças:

* em 2006 os Estados Unidos tinham já gasto 1.100 milhões de dólares na construção de bases militares no Iraque
.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Trotsky na América

"O capitalismo internacional, hoje em decadência, às mãos do qual nos encontrámos em guerra, não é um sucesso. Está desprovido de inteligência, de beleza, de justiça, de virtude e não cumpre as suas promessas. Em suma, não gostamos dele e começamos a desprezá-lo. Mas quando nos perguntamos por que o devemos substituir, ficamos extremamente perplexos" (John Maynard Keynes, "A Autosuficiência Nacional", 1932, citado em “A pobreza e a Abundância” Ediç.Gallimard, 2007)

Em 1935, enquanto Keynes medita na Teoria Geral, sobre os meios para salvar o capitalismo do naufrágio, o exilado Leon Trotsky entrega-se a um surpreendente exercício de ficção política sobre o que poderá ser o comunismo nos Estados Unidos. Imagina que "o custo de uma revolução" será "insignificante" em relação à riqueza nacional e à população, quando comparado com o que tinha custado na Rússia. Preconiza uma transformação progressiva das relações sociais, mais pela persuasão do que pela coacção:
"Bem entendido, os sovietes americanos criariam as suas próprias empresas agrícolas gigantes, como escolas de colectivismo voluntário. Os agricultores podiam facilmente calcular se era do seu interesse manterem-se como cavaleiros isolados, ou juntarem-se à cadeia pública."
O mesmo método seria empregue para convencer o pequeno comércio e a pequena indústria a fazer parte da organização nacional da indústria. Graças ao controlo das matérias-primas, do crédito e dos pedidos, estas indústrias "podiam ser mantidas num estado de solvabilidade até à sua integração gradual e sem coacção no sistema económico socializado".
Recusando a ideia de que a industrialização acelerada da União Soviética seria o modelo, Trotsky afirma que isso não pode estar em causa nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos seriam capazes de aumentar consideravelmente o nível de consumo popular desde o início da sua renovação económica:
"Vocês estão preparados como nenhum outro país. Em nenhum outro lado o estudo do mercado interno atingiu um nível tão elevado como nos Estados Unidos. Este estudo foi feito pelos vossos bancos, os vossos trusts, os vossos homens de negócios individuais, os vossos negociantes, os vossos agentes comerciais e os vossos agricultores. O vosso governo abolirá simplesmente todos os segredos comerciais, fará uma síntese de todas as descobertas levadas a cabo pelo lucro privado e irá transformá-las num sistema científico de planificação económica. Para isso, o vosso governo encontrará apoio nas largas camadas de consumidores educados, possuidores de espírito crítico. Mediante a combinação das indústrias-chave nacionalizadas, das empresas privadas, e da cooperação democrática dos consumidores, desenvolverá rapidamente um sistema de uma extrema flexibilidade para a satisfação das necessidades da vossa população. Este sistema não será governado pela burocracia nem pela polícia, mas sim pelo duro pagamento em dinheiro. O vosso dólar todo-poderoso terá um papel essencial no funcionamento do vosso sistema soviético. É um grande erro confundir ‘economia planificada' e ‘moeda dirigida'. A vossa moeda deve actuar como regulador e medirá o sucesso ou insucesso da vossa planificação". À planificação burocrática e aos ‘ucasses' de colectivização que eram ditados de cima, Trotsky opõe a vitalidade do debate e do contraditório no espaço público, onde se exercem as liberdades democráticas de organização, reunião, de expressão. Reencontra as teorias de Rosa Luxemburgo, defendidas na sua famosa "Crítica da Revolução Russa", a ardente efervescência revolucionária que permite às correntes da opinião pública, ao pulso da vida popular, agir instantaneamente no quadro das instituições representativas.

(Leon Trotsky, "Le communisme aux Etats Unis", 25 Março 1935)

"O Homem como controlador do Universo"
(painel completo aqui)

domingo, agosto 29, 2010

o Ovo da Serpente

a propósito da expulsão de imigrantes em França, o país europeu governado pelo judeu-descendente Sarkozy, no JN o excelente cronista Manuel António Pina põe a tónica na impossibilidade das leis vigentes no Espaço Schengen apurarem da “pureza racialdos que podem ou não podem ser autorizados a integrar o contingente de mão-de-obra a incluir no processo de globalização neoliberal na Europa.

E a talhe de foice da segregação racial (económica, sobre as possibilidades de sobrevivência), vem à baila um segredo de polichinelo, velho de décadas, mas com a credibilidade que lhe confere a letra impressa num jornal: Hitler tinha ascendência Judaica - revela-se agora por um estudo cientifico recente realizado sobre o ADN de 39 familiares de Hitler, que veio confirmar que todos eles pertencem ao Haplogroup E1b1b1. (fonte). “A curiosidade da coisa não é decerto mais que isso” conclui o cronista, mas... pelo contrário, a curiosidade da coisa é muito mais que isso. Um Haplogrupo é uma classificação baseada no ADN mitrocondrial e no cromossoma Y dos grupos populacionais, da sua evolução e distribuição através das migrações seculares. O desenvolvimento do estudo do Património Genético Mundial (cruzado com a Arqueologia datada pelo carbono) permitirá de vez desmistificar as “raças” como expressão de construtoras sociais na História de elaborados sistemas de privilégio e opressão baseados em insignificantes diferenças genéticas. Lá chegaremos. O monstro que temos pela frente para abater não é mais que o IV Reich da pureza étnica Judaica construtora do reino universal de Israel – nada mais é excepto a soma vitoriosa do tempo acrescentado ao III Reich que endeusou a pureza da “raça Ariana”, mas cujas ambições de hegemonia económica não eram substancialmente diferentes das actuais.

relacionado:
Paul Craig Roberts: "A Nazificação dos Estados Unidos, a Morte da 1ª Emenda Constitucional"
.

sábado, agosto 28, 2010

O caso dos espiões que não existem

O general na reforma José Loureiro dos Santos, uma espécie de enviado especial da Tropa para os meios de comunicação e desinformação oficiais salta em defesa da divertida gaffe do ministro:

“A partir de uma passagem da recente entrevista de Augusto Santos Silva ao jornal i, gerou-se uma onda de disparates que reverberaram em cascata pelo espaço mediático, protagonizado por alguns comentadores de serviço e, pasme-se, por alguns deputados da República, que mostraram uma ignorância absolutamente confrangedora acerca do que são e fazem os serviços de informação militares...” Uma “função desempenhada antes do 25 de Abril pela Pide durante a guerra colonial”, e que actualmente nas guerras de colonização do Império são desempenhadas por quem?
Loureiro dos Santos tem decerto mais responsabilidades que os eleitos pelo simulacro de República e, como não é um qualquer comentador ignorante, mas um notável eleito por uma assembleia restrita isenta de burros, poderá com certeza asnear como lhe aprouver, porém não poderia ter ignorado a manchete do New York Times de apenas dois dias antes: “a CIA pagou por inteiro do seu orçamento os serviços de espionagem no Afeganistão entre 2002 e 2009” (1). Se os Estados Unidos invadiram o Afeganistão com determinados objectivos e programas... se Portugal foi desde a primeira hora aliado desta politica... Se Portugal a apoia materialmente enviando tropas... que raio de tótós andam por ali e por aqui a auferir principescos salários (em tempo de crise não há reumático que afecte esta brigada) que desconhecem haver espiões e acções de espionagem na sua área de actuação?

Corrupção. Tão simples como a imaginação de loucos, mas é mesmo assim.

A corrupção em torno das chamadas “forças armadas para a defesa nacional” é recorrente, quer seja nos contratos de fornecimento de material de guerra, quer na subversão dos objectivos democráticos que haviam de presidir a este tipo de instituições. É contudo graças aos desentendimentos dos diversos agentes que gravitam estes interesses que são conhecidos alguns dos casos mais graves. É o caso da corte que rodeia o governo fantoche de Harmid Karzai, investigada por corrupção nos desvios de verbas de ajuda ao estabelecimento desta autoridade fictícia - trabalhar nesse sentido sim, roubar à tripa forra não - e esta descoberta é obra de espiões. Mohammed Zia Salehi, o chefe da administração do Conselho de Segurança Nacional (2) aparece numa lista onde constam pagamentos individuais durante muitos anos, de acordo com oficiais em Cabul e Washington. Na lista gerida pela CIA aparece também o meio irmão do presidente, Ahmed Wali Karzai, suspeito por desempenhar um papel proeminente no boom do comércio de ópio na região ocupada pelas tropas aliadas. Desde 2002 até este ano, os investigadores (vá lá, por uma vez chamemo-lhes espiões) das forças armadas norte americanas não tinham ainda pressionado mister Karzai no sentido de remover o irmão do seu posto de administrador da Provincia de Kandahar, como agente fulcral nos pipelines de dois sentidos que importam dinheiro da extinção das Seguranças Sociais e dos contibuintes nos paises ocidentais, apoiando desta forma a exportação de drogas que tornam cada vez mais ricos os sociopatas terroristas das corporações e os mercenários norte americanos e seus aliados.

(1) C.I.A. Paid Entire Budget of Afghanistan's Spy Service From 2002 to 2009 (link)
(2) National Security Council
(3) leitura gravada para memória futura: Charles Southwell em Outubro de 2003, Não seria já tempo de armar a Esquerda?
.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Duarte Lima e Serviço Público

Se vai ser ouvido pela Justiça de lá ou pela Justiça de cá é caso para ser apurado. De qualquer dos dois modos, caberá à Justiça fazer o ónus da prova. Por pouca margem de manobra. Por uma unha negra o cadáver não se sumiu e lá tinha sido a prova engolida pela terra a quem compete comê-la, inexorável e fértil face á ganância por dinheiro fácil. Azar. Face à evidência Duarte Lima veio à RTP explicar-se como "testemunha inocente" com provas éticas prestadas à sociedade. A legal. O povo tem um dito porreiro para classificar este tipo de palheta: "Quem te ouvir falar não te leva preso" - mas o problema da entrevista para já não é este. De que raio de influência disfruta esta eminência parda do cavaquismo para pode dispôr em prime-time do canal de televisão pública para passar publicidade a uma inocência que só à Justiça caberá provar?
.

quinta-feira, agosto 26, 2010

The House of Rothschild

Este é um filme que desapareceu de cena; que "eles" não querem que seja visto. Trata da ascenção da maior casa bancária de origem Judaica na Europa e depois de expansão além-mar, na sequência das guerras napoleónicas, da vitória em Waterloo (1815) e do Tratado de Ghent que restabeleceu em 1814 status quo ante bellum as relações entre a Grâ-Bretanha e as antigas colónias nos Estados Unidos da América. Na década de 1930 os filmes de Hollywood não tinham muitas procupações em educar públicos; tinha tantas quantas as telenovelas da TVI e as tramas futebolisticas da RTP têm agora para que se saiba o essencial da vida social nos tempos que correm.

Em 1934 o filme “A Casa dos Rothschilds” (The House of Rothschilds”) foi produzido por uma indústria quase integralmente dominada por Judeus como resposta ao sentimento anti-banqueiros, outra “indústria” também dominada por Judeus, como o eram os Rothschilds no auge da Grande Depressão. Tal sentimento racista anti-Judaico em geral (contra judeus ricos ou pobres, patrões ou operários) desenvolvia-se graças a tomadas de posição públicas de grandes industrialistas como o milionário Henry Ford ou o politico de extrema direita Charles Lindberg. Postos sob fogo com o cataclismo do desemprego causado pela depressão económica, os ricos defendiam-se submergindo-se na sombra, com a táctica de manter os seus nomes fora dos jornais, usando subrepticiamente os Media para apontar o dedo aos seus testas de ferro: “a culpa é da Reserva Federal”, “é trabalho dos Iluminatti”, são “as Corporações”, a “Nova Ordem Mundial” são manchetes repetidas ad-nauseum. Claro que, todo aquele que não seja judeu e que expresse opiniões deste tipo é pintado como “anti-semita”, enquanto o Judeu que detém os monopólios responde com a única ferramenta de que dispõe... o Dinheiro - usado como naquele truque em que a mão passa do joelho esquerdo para o joelho direito sem que o público se aperceba da prestidigitação. Para demonstrar como a propaganda de Hollywood é vista agora a esta distância de forma muito mais clara, mesmo para aqueles que apenas estão semi-acordados para a ameaça Sionista, (re)ver este filme desperta “comichões” nas mentalidades:


continuação:
Parte 02 - www.youtube.com/watch?v=2oedleFAvY0
Parte 03 - www.youtube.com/watch?v=BzHT9qVPfkw
Parte 04 - www.youtube.com/watch?v=U2rt5O23CRk
Parte 05 - www.youtube.com/watch?v=9-KKCvYW9tc
Parte 06 - www.youtube.com/watch?v=QNfSjSQOQp8
Parte 07 - www.youtube.com/watch?v=UZTR8hVvN94
Parte 08 - www.youtube.com/watch?v=L03XCNIypqY
Parte 09 - www.youtube.com/watch?v=3kBBHrT64mk
Parte 10 - www.youtube.com/watch?v=s7xlQ1ODGNw
.

quarta-feira, agosto 25, 2010

um Irão unido contra um Israel em colapso

(visto de fora do bloco de paises comprometidos com o Neoconservadorismo ocidental, por Kourosh Ziabari)

pondo fora da equação religiosa a punição por lapidação, a barbárie do linchamento pela forca de Saddam ou inclusivamente a abjecta (falta de) justiça remível por 100 metros de joelhos em Fátima, o que sobra? A independência política das comunidades… e as ameaças da sua destruição

Enquanto o regime racista de Israel enfrenta um clima de cada vez maior isolamento internacional em virtude das suas politicas agressivas e beligerantes, o Irão recebe um apoio cada vez mais alargado no mundo das nações, pela sua resistência sem compromissos contra as ameaças de agressão dos superpoderes mundiais, anulando as suas maquinações conspirativas. O mundo é testemunha do crescimento da popularidade do Irão enquanto o ódio e o desgaste contra Israel cresce progressivamente. O Irão emociona as almas e os corações em redor do mundo, enquanto Israel despoleta denúncias e imprecações pelos quatro cantos do mundo. Desde que Israel atacou a Flotilha Liberdade para Gaza em 31 de Maio, a existência precária de Telavive começou a declinar na medida que colectivamente as nações reagiram categoricamente ao atroz assassinio dos 9 activistas da paz em águas internacionais pelas Forças de Defesa de Israel.

O ataque fora de lei e o brutal assassinio de civis desarmados a bordo da Flotilha desencadeou uma unânime condenação internacional que atingiu inclusivamente aliados de Telavive na zona da Europa que chamaram os seus embaixadores de Israel para procederem a investigações detalhadas do incidente descrito como ofensivo e violento. A condenação internacional foi tão extensa e intensa que até os mais pessimistas face às politicas de Israel não escaparam às críticas. Quatro paises diminuiram o nivel de relações diplomáticas com Israel em adição aos quatro outros paises que cortaram laços diplomáticos com Israel durante os 22 dias de guerra contra Gaza em 2008-2009. Doze paises latino americanos condenaram as acções de Israel, 21 paises europeus protestaram contra Israel e 12 paises asiáticos não-árabes desaprovaram oficialmente Telavive. O precursor dos protestos globais foi a Turquia, que perdeu 9 dos seus cidadãos no ataque. Num depoimento provocativo lido no Parlamento o primeiro ministro Recep Tayyip Erdogan questionou fortemente a impunidade de Israel perante as leis internacionais e apelou para um fim para as acções ilegais desse regime: “Não é mais possivel dar cobertura ou ignorar as ilegalidades de Israel. A comunidade internacional deve a partir de agora dizer “é tempo de dizer não de uma vez por todas”. Relatórios inócuos de condenação não são o bastante... têm de ser obtidos resultados”

The Grand Chessboard

Hoje é reconhecido por todos que Israel é uma entidade política que os Estados Unidos apoiam por forma a manter os seus interesses no Médio Oriente submetendo as nações dessa região. Por outras palavras, Israel representa o papel de representante permanente dos Estados Unidos no Médio Oriente e é mandatado para usar qualquer meio para intimidar e conseguir manter sob controlo todas as nações independentes que ameaçem a hegemonia norte americana nessa região.
O facto é que Israel é um regime frágil e instável e cada dia da sua periclitante sobrevivência é obtida pelo exercício da força e pela violação dos direitos das outras nações. Como o jornalista iraniano Mohieddin Sajedi observou, Israel não pode viver sem crier problemas. De genocídios a ocupações, de assassinatos selectivos à construção de colonatos ilegais, Israel continua a existir graças a acções ilegais e é isto que consegue fazer o país sobreviver. O maior adversário de Israel é o Irão. Israel tem repetidamente avisado o Irão com o uso da força ou do lançamento de um ataque militar contra as suas instalações nucleares. A razão é clara. O Irão está no ponto de viragem para um modelo inspirador de defesa das nações independentes em todo o mundo. Os 30 anos de longa resistência contra o imperialismo e a sua corajosa confrontação com os superpoderes agressores fizeram dele um exemplo de luta vitoriosa contra a arrogância politica, e muitas nações do mundo vêm o Irão na linha da frente da batalha com os Estados Unidos e suas colónias, tais como Israel.

O Irão está a ganhar popularidade internacional porque já demonstrou efectiva auto-suficiência ao nacionalizar a energia nuclear. Enquanto Israel possui para cima de 200 ogivas nucleares emn flagrante violação da legislação internacional e do Tratado de Não-Proliferação, o Irão fez francos desenvolvimentos na opção nuclear usando-a para obter energia para fins pacificos. O facto do Irão ter sido bem sucedido na nacionalização da energia nuclear sem a asistência das superpotências Ocidentais é deveras indigesto para Israel, que é o único a possuir armas nucleares no Médio Oriente; é por isso que ameaçou o Irão com um ataque militar preventivo; contudo, a realidade é que um poderoso exército de 70 milhões de soldados do movimento de resistência do Irão aliado a uma ampla coligação de tropas de nações independentes da região e em redor do mundo poderão fazer colapsar os 5 milhões de habitantes de Israel para sempre
.

terça-feira, agosto 24, 2010

das parvoíces da estação ...

... a que mais tem posto o país que não está de férias a rir [o outro que anda a banhos decerto nem sequer deu por nada] foi o sentimento de velho (sic) que assolou o cronista ex-animador do tele-jornal de Manuela Moura Guedes: “Perto de morrer queria saber ao certo se de facto ouvi Hitler falar”...

[pela barafunda da populaça turista euro-terceiro-mundista]; episódio traumático para o passageiro de 1ª classe da TAP em curta viagem de trânsito do aeroporto de Faro para Lisboa. Vasco Pulido Valente devido à vetusta idade e ao adiantado estado de decomposição ainda em vida, deveria já saber adaptar-se ao meio como – imitando o modo como a classe média, no seu clássico hino à tesúria - esta resolve a problemática da sobrepopulação. Um modo arriscado, convenhamos. Vamos ao Algarve de carrinho pago a prestações (cada um com o seu e com o sua). Mas compreende-se que o cronista do regime fuja a sete pés desta banalidade. É que na estrada existe sempre o perigo de a autoridade mandar o figurão soprar no balão que detecta o excesso de elitismo que pode ser mortal.

e à laia de epitáfio, uma citação de outro actor famoso do regime, Diogo Infante no Hamlet (a escumalha não dá a mínima sobre Shakespeare,só palita os dentes e cospe marxismos sobre a execrável teoria de classes):
Que obra de arte é o homem! Quão nobre na razão! Quão infinito nas suas faculdades!... na acção, quão parecido com um anjo! Na compreensão, quão infinitas as suas faculdades!
.

segunda-feira, agosto 23, 2010

a morte do Crédito

as crises inflaccionárias provocadas pelo excesso de dinheiro lançado no mercado pelos governantes para se governarem não são propriamente uma novidade...

Uma das numerosas caricaturas do século XVII dava conta da morte do Senhor Crédito (Herr Credit, arquivada no Germanisches Nationalmuseum em Nuremberga), cujo cadáver jaz em primeiro plano. À sua volta gente chorosa. Trata-se do crédito do quotidiano cedido pelos comerciantes das lojas às gentes mais humildes, interrompido pela crise de falta de numerário. Na legenda que acompanha a gravura o padeiro diz ao cliente: "Quando tu tiveres dinheiro terei eu pão"

Em apenas um ano, o número de desempregados no País cresceu de mais 82 mil para um total de cerca de 590 mil, 10,6 por cento, atingindo entre os jovens os 20,3 por cento.
O desinvestimento na economia nacional, a que cria de facto empregos localmente, não é obra deste ou daquele governo, mas fruto de um pacto a que Portugal aderiu incondicionalmente por acções concretas de políticos de aparências “tão diferentes” como Sampaio, Barroso, Santana, Sócrates ou Cavaco.
O desinvestimento consciente no factor trabalho nacional, está a gerar por outro lado um fenómeno reflexivo que aproveita à escassa minoria que se consegue posicionar com sucesso na roda dentada das multinacionais: “os Empregos com salários acima dos 3 mil euros aumentaram no último ano cerca de 28 por cento” (1). Não se trata do aumento das desigualdades entre ricos e pobres (embora também trate) mas da opção bem concreta pelo investimento nos negócios internacionais sob a égide dos Neocons do centro capitalista (2), cujo “êxito” (3) depende de um destino cada vez mais incerto para a maioria das populações (4)

(1) Ionline: “Salários altos batem recorde apesar da crise de desemprego”. Segundo a OIT o desemprego global atinge o recorde de 212 milhões de pessoas (fonte)
(2) ver: Taxas de desemprego; Mapa do Declinio norte americano
(3) "Jobless millions signal death of the American dream for many" (Guardian)
(4) ler: "As coisas vão ficar piores, muito piores"
.

domingo, agosto 22, 2010

o Grupo Bilderberg analisado a nível de chefia de Estado

Está a causar sensação internacional o interesse de Fidel Castro sobre “o reservado grupo dos senhores que pretendem dominar o mundo globalmente” expresso num artigo publicado no jornal Gramna na última quarta feira. Fidel dedica três das oito páginas do artigo a citar o trabalho do jornalista-escritor de origem lituana Daniel Estulin, autor de “Os Segredos do Clube Bilderberg” (2006) – cuja tese principal é que um restrito grupo de notáveis (que se reune anualmente desde 1954) se converteu na sombra de todos os governos, controlando não só a política e economias internacionais, mas também a própria cultura dos povos.
“Uma história fantástica e um livro honesto e muito bem documentado” descrita pelo ex-presidente de Cuba como “a história de uma manipulação sobre os públicos consumidores de media por uma sinistra clique de Bilderberg lobiistas no sentido de instaurar um governo mundial que não reconhece fronteiras e não é rentável para ninguém excepto para a supremacia dos negócios dessas personalidades”. A proeminência do Grupo Bilberberg é o que alarma os seus críticos. As reuniões incluem habitualmente membros da Familia Rockefeller, o super-judeu sionista global Henry Kissinger e importantes executivos dos negócios internacionais e patrões dos principais meios de comunicação social.
Fidel Castro, (que deve saber bem do que fala em concreto, porque já foi convidado pelo menos para uma reunião, segundo afirma no livro o próprio Estulin), sugere que a isotérica Escola de Frankfurt e académicos “socialistas”, citando expressamente o filósofo-musicólogo judeu Theodor Adorno) trabalharam com membros da familia Rockefeller na década de 1950 por forma a apoiar e difundir a explosão de música rock ocidental “como forma de controlo de massas, distraindo as atenções das pessoas dos direitos civis e das injustiças sociais”
“O homem encarregado de assegurar que os Americanos iriam idolatrar os Beatles foi Walter Lipmann em pessoa”, que mantinha uma coluna num diário de grande influência. “Na Europa e nos EUA os mega-concertos ao ar livre são usados para refrear o crescente descontentamento das populações” (Exemplar o episódio de apaziguamento da multidão obtido por Leonard Cohen na Ilha de Wight em 1970).
No site de Daniel Estulin sugere-se que os ataques de 11 de Setembro e a implosão das torres do WTC foram deliberadamente conseguidas por uma nova tecnologia de mini engenhos nucleares e que a CIA e os grandes cartéis de traficantes de droga estiveram por trás do ataque ao avião derrubado em Lockerbie com a finalidade de culpar o regime pró-socialista da Líbia. Para contrabalançar as tendências de aproveitamento esquerdizantes, Estulin trabalha sobre relatórios do investigador Jim Tucker, um conservador que publica os seus trabalhos em orgãos de extrema direita – “É um excelente material digno das produções de Hollywood: 15 pessoas sentadas numa sala a congeminar o destino da Humanidade”, glosa Herbert London, presidente do “Hudson Institute”, um não militante partidário de um think-tank nova-iorquino. Como alguém que foi não foi formado na Escola de Conspiração de Oliver Stone tenho muita dificuldade em acreditar nestas coisas”, concluiu. Uma chamada para o número da séde da Associação de Amigos Americanos de Bilderberg não obteve resposta.

Passados um dia Fidel Castro, cuja experiência revolucionária o transformou num sábio em ciências sociais, voltou à carga, com novo artigo intitulado:
“¿ Por Acaso Pensam que Exagero?”

“Depois de me referir ao livro de Daniel Estulin, que relata factos irrefutáveis de forma horrivel, onde as mentes de adolescentes e crianças nos Estados Unidos são deformadas pelas drogas e pelos orgãos de informação de massas, com a participação consciente dos organismos de intellitgencia norte americanos e ingleses, disse na parte final da minha última reflexão: “É terrivel pensar que a inteligência e os sentimentos de crianças e jovens nos EUA são atingidos desta forma”
Ontem as agências informativas divulgavam um estudo realizado e publicado pela Universidade de Beloit, onde se assinalam factos que ocorrem pela primeira vez na história dos EUA e do mundo, associados ao conhecimento e costumes dos estudantes universitários norte americanos que se irão graduar até 2014. O diário Granma cita a notícia de forma eloquente:
1º Não levam relógio para ver as horas, utilizam os telemóveis
2º Pensam que Beethoven é um cão que conheceram num filme
3º Que Miguel Ângelo é um vírus informático
4º Que o correio electrónico é “demasiado lento”, acostumados como estão a teclar mensagens em sofisticados telefones móveis
5º Muito poucos sabem utilizar a escrita através de cursor
6º Acham que a Checoslovaquia nunca existiu
7º Que as empresas norte americanas sempre fizeram bons negócios no Vietnam
8º Que os automóveis coreanos sempre circularam nos EUA
9º Que os Estados Unidos, Canadá e México sempre estiveram ligados por um Tratado de Comércio Livre.
Perpassa-nos um arrepio de frio, quando vemos até que ponto a Educação pode ser deformada e prostituida, num país que conta com mais de 8.000 armas nucleares e os mais poderosos meios de guerra do mundo. E pensar que há pessoas surdas capazes de crer que as minhas advertências são exageradas!”

Textos de referência traduzidos do original
A Nova Ordem Mundial (1ª Parte)
www.granma.cu/portugues/reflexoes/18agosto
A Nova Ordem Mundial (2ª Parte)
www.granma.cu/portugues/reflexoes/19agosto
.

sábado, agosto 21, 2010

o governo pela Sociedade de Accionistas

"Controlar a concorrência, optar por uma fusão, comprar ou vender ramos inteiros de actividade, fechar fábricas, deslocalizar gabinetes de estudos, despedir milhares de pessoas, tomar decisões, não por livre avaliação do interesse a longo prazo da sua sociedade, mas por submissão obrigada ao critério imperioso de criação de valor para o Accionista.
Existem no mundo cerca de 300 milhões de accionistas. Os Estados Unidos, com 5 por cento da população do globo, representam um quarto da produção e quase metade (46%) da capitalização mundial. Na Europa dos 15, 25 por cento das familias com acções obtém um quarto da capitalização bolsista mundial. E o Japão 15 por cento. Se extrapolarmos esta situação para o conjunto das burguesias nacionais com negócios transnacionais a partir do conjunto dos paises desenvolvidos, é patente que dez a doze milhões de indivíduos (dois milésimos da população mundial) controlam metade da capitalização bolsista do planeta.
("O Capitalismo Total", Jean Peyrelevade, Ediç. SéculoXXI, 2005, pag. 55)

Depois do célebre aviso de Sócrates ao director neoconservador José Manuel Fernandes “de que detinha um bom relacionamento com os accionistas do Público por forma a poder resolver a situação financeira do jornal”, eis que um novo embrião de Boy-do-PS ascende à fecundação na excelsa tribo de Accionistas através de um golpe fatal na corrida final do jogo da sorte capitalista. Rui Pedro Soares processou o jornal Sol por difamação, mas como o jornal está falido e não dispõe de outros valores, o tribunal poderá decidir que "a divida" seja paga com a entrada do queixoso para accionista da empresa
.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Vais ali e tomas lá um banho, a ver se limpamos isto... (II)

quem limpa o quê, em beneficio de quê e em prejuizo de quem?

Primeiro a BP começou por anunciar um derrame que era apenas 1 por cento do crude total derramado. Para onde teria ido o restante? (ler). Numa tentativa desesperada para esconder o problema, na fase seguinte foram aplicados produtos quimicos dispersantes cuja toxicidade é tão ou mais gravosa que o petróleo. A “limpeza” pôs seriamente em perigo a saúde de todos quanto viviam á beira daquelas águas, destruiu espécies marinhas, provocou chuvas ácidas e obrigou a evacuação de populações (ler). Na terceira fase do desastre no Golfo do México procurou-se tornar inacessivel a região a quem quisesse averiguar o que acontecia. A Guarda Costeira dos EUA trabalhou em coordenação com a gigante multinacional BP no estabelecimento de restrições de repórteres independentes à região (ler). Recorde-se que as autoridades devem observar os preceitos e liberdades constitucionais expressos na 1ªEmenda que diz que “qualquer pessoa tem o direito de filmar, gravar, fotografar e documentar tudo aquilo que possa observar em espaços de uso público” – ninguém o pode proibir, nem uma revisão da lei nem preceitos determinados por companhias privadas. Porém as autoridades policiais destacadas para o local (policias à civil da ACLU remunerados pela BP) negaram que tivesse havido impedimentos ao acesso, nomeadamente de residentes nas áreas afectadas (ler).

Mas administração Obama e responsáveis superiores da BP trabalharam freneticamente não para travar o pior desastre petrolífero do mundo, mas sim para esconder a verdadeira extensão da catástrofe ecológica real. A fuga de petróleo no Golfo provocada por procedimentos de segurança e no material como forma de atingir mais rapidamente lucros "deve perdurar por muitos anos". Esta conduta aumenta enormemente os riscos de derrames, neste caso quem o disse foi o próprio Congresso norte-americano que afirma ainda que as maiores petrolíferas mundiais adoptam os mesmos atalhos que a BP. Na sequência do desastre as acções da BP desceram de imediato quase 4%, depois de a agência de notação financeira ter descido o rating da empresa em seis níveis, para o patamar mais baixo atribuído pela Fitch, BBB – o equivalente a Lixo (ler). Mas, o único critério para que uma empresa continue a explorar um recurso de todos e de que todos precisamos deve ser a sua capacidade financeira? (ler). O único critério para que uma empresa continue a explorar um recurso de todos e de que todos precisamos deve ser a sua capacidade financeira? – porém, uma vez atingido o decisivo patamar dos supremos poderes terrenos, quem tem poder para trazer perante a "justiça" a constelação da indústria petrolifera do guru Rockefeller e do empório financeiro da família dos Rothschilds?.

Nestas andanças, no princípio de Agosto a BP tinha dispendido mais de 596 milhões de dólares para tentar conter as causas e remediar as consequências. Nestas últimas apenas foram empregues 16 milhões (que a imprensa "inflaccionou para 20 milhões) a distribuir como ressarcimentos aos habitantes das zonas directamente afectados e que perderam o seu modo de vida tradicional. E, como corolário lógico, para gerir economicamente esta ínfima importância foi nomeado um homem do regime, o judeu Sionista Kenneth Feinberg, o advogado-truta e czar dos pagamentos do erário público que já tinha também mediado os processos judiciais ligados ao 11 de Setembro – o poder pode de facto ser visto como um sistema complexo, mas no final irradia sempre de forma simples das mesmas fontes restrictas
.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Vais ali e tomas lá um banho, a ver se limpamos isto...

Não há nada mais acutilante actualmente do que ver as pessoas dispor de meios para fazer a suas próprias pesquisas sobre o que vai acontecendo. Os meios de (des)informação, para além de não lhes ser comunicado nada, trabalham afectos a grupos de pressão que zelam para que nada de “esquisito” seja partilhado pela opinião pública. Mas os factos existem e, salvo em meios muito específicos, não podem ser escondidos ou mantidos secretos por muito tempo. Apenas os meios oficiosos espartilhados entre o laxismo e a corrupção se mantêm alheios dos domínios públicos.
Sobre o desastre ambiental do Golfo do México há um novo dado agora revelado. Sabia que na mesma área da catástrofe a BP perfurou DOIS poços e não apenas o que tem estado sobre os holofotes? – ninguém o saberia pela BP nem pelos relatórios da administração Obama, que tentam minimizar o desastre. No entanto, a mais básica investigação revela-o. Qual dos dois poços está à beira de ser finalmente tamponado? Isso é o que não pode ser visto nas televisões

terça-feira, agosto 17, 2010

Como um bando de agentes fantasmas tomaram de assalto o poder nos Estados Unidos

O paradigma Neoliberal (embora Miguel Serras Pereira e outros naíves da nossa praça blogosférica façam em absoluto por desconhecer o que isso é), não é uma herança do Liberalismo clássico do século XVIII, é uma mutação notável que nasceu com o Consenso de Washington na década de 80, uma época de ouro para os governos passarem a integrar criminosos económicos ao serviço da alta-finança teorizada pela escola do judeu/sionista Milton Friedman. A personagem chave para entender os primórdios da implantação deste sistema de governo dependente do "terrorismo" é George Herbert Walker Bush, o principal líder de um circulo restricto de pessoas que viriam depois também a integrar igualmente a presidência que consumou e institucionalizou o golpe neocon de 11 de Setembro da admistração George Bush entre 2000 e 2008. No paradigma Neoliberal não se trata de factos isolados, desligados entre si, mas sim de uma sequência lógica de acontecimentos perpretados por agentes concretos do Imperialismo

segunda-feira, agosto 16, 2010

um Estado religioso Ultra-Ortodoxo e Racista

a selecção conhecida hoje de 1200 imigrantes "ditos ilegais"em Israel condenados a expulsão é feita pelo Ministério do Interior, entidade tradicionalmente regida pelo Partido Religioso Shas, o garante do fundamentalismo da "raça pura judaica". É o lider conservador extremista titular desta pasta quem, em última instância, decide quem é e quem não é "judeu", pese que os indivíduos "analisados" tenham ali nascido, nunca tenham dali saído e não falem outro idioma senão o hebreu. E quem não é reconhecido como "judeu" (1/4 da população) não tem os mesmos direitos de cidadania que os outros residentes no Estado de Israel. Mas esta politica anti-democrática instaurada pelo Sionismo em 1948 e reforçada pela conquista de territórios alheios em 1967, completamente desmascarada, tem os dias contados. O que está hoje no centro do debate é a saída para uma solução Pós-Sionista.

A ideia da existência de Judeus como um povo ou uma raça única é um mito, uma ficção baseada na “mito-história” do Antigo Testamento, sem qualquer suporte factual antropológico moderno ou vestigios arqueológicos, argumenta Shlomo Sand, um historiador israelita que trabalha na Universidade de Telavive. Esta mitologia de origem religiosa é também uma assumpção fundadora do Estado de Israel e através desta polémica, a revisão da história por Sand tem como alvo a ideologia Sionista (o historiador não é anti-Israel, mas procura uma saída pós-Sionista). Na sua essência, o livro armadilha o direito moral do Estado de Israel para se definir a si mesmo como exclusivamente judeu – e a forma como se poderá responder a isto depende em muito de pontos de vista politicos. Shlomo Sand admite que nenhuma das suas questões são novas e que no livro não há revelações, o que ele oferece é o desmantelamento radical da mitologia nacionalista. Nunca foi encontrado nenhuma evidência de qualquer “exilio de Judeus” – e sem Exilio jamais poderá ser invocado um “direito de retorno”, conforme declara a Declaração de Independência de 1948. Porém, ainda que tenha sido fundado sobre um mito, o Estado de Israel existe. Sand pretende reconhecê-lo com base no abandono do “nacionalismo étnico”, modernizando-o e democratizando-o e, como o seu livro é um “best-seller” em Israel, talvez exista aqui uma esperança de que alguns israelitas também o pretendam fazer
.

domingo, agosto 15, 2010

Operação Ópera II

Os Estados Unidos não podem com razoabilidade continuar a insistir na submissão do Irão às inspecções da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) e no desmantelamento do potencial militar relacionado com os seus programas nucleares, sem insistir igualmente na aplicação dos mesmos standarts ao governo de Israel, às suas armas nucleares existentes nas instalações de Dimona, no controlo das actividades do seu Instituto de Ciências Biológicas e Investigação em Telavive, entre outras operações e locais no país aos quais nunca foi permitido o acesso à supervisão da IAEA tendo em vista o não cumprimento do Tratado de Não Proliferação da Armas Nucleares (NPF). A noção que Teerão não tem o direito ou a legitimidade para reclamar a posse de Armas de Destuição em Massa enquanto o regime de criminosos internacionais de Israel as têm, é moral e politicamente insustentável

Como Israel se prepara para atacar o Irão.
ler em
http://batr.org/reactionary/080810.html

Metapolítica, a espada de Perseu paira sobre o Irão

Silvano Panunzio foi o autor que na sua obra “Metapolitica: a Roma Eterna e a Nova Jerusalem” (1979) se ocupou detalhadamente dos fundamentos da metapolitica e sua funcionabilidade no nosso tempo. Sem dúvida, é seu continuador o acutilante pensador italo-chileno Primo Siena quando define este significado para Metapolítica: “Transcendência e Metapolitica são conceitos correlacionados, por ser a metapolítica a mais verdadeira expressão de uma Ciência não profana e bem mais sagrada; Ciência que portanto se eleva à altura de Arte Régia ou Imperial e Profética, que penetra no mistério escatológico da História entendida como um projecto providencial que abarca a vida de todos os homens e nações. Por conseguinte, a Metapolitica expressa um projecto que – através da mediação dos Céus os homens justos se esforçam por realizar na Terra, opondo-se às forças do Inferno que tentam resistir-lhes.
(Primo Siena, “A Metapolítica e o Destino Superior da Nossa América Românica”)

* Como reagirá o Irão quando for atacado?
.

sábado, agosto 14, 2010

reentré

PEC, inflação, recusa de acesso ao crédito... e o que mais se verá...

Samir Amin entrevistado a solicitação da revista El Viejo Topo”, uma publicação da Associação Catalã de Investigações Marxistas (ACIM):
“Não houve nenhuma crise Grega, o que há é uma crise Mundial, uma crise Europeia. Aqui os poderes políticos converteram-se de livre iniciativa em devedores, como serventuários dos oligopólios multinacionais. A solução para a independência dos povos europeus é... sair do Euro!"

http://www.rebelion.org/docs/109372.pdf

sexta-feira, agosto 13, 2010

auto da difamação

O titulo que haveria de ter feito manchete logo no primeiro dia em que a imprensa divulgou o estranho caso da herdeira assassinada, acaba por ser agora publicado, mais de uma semana depois. Novos aditamentos revelam entretanto que Duarte Lima depois de entregar a "encomenda no local do crime" 90 quilómetros depois do local onde a recebeu no Rio de Janeiro, não fez o mesmo percurso no regresso. Viajou mais de 500 quilómetros "até Belo Horizonte onde apanhou o avião para Lisboa" (CM). Tendo em consideração que não há ligação directa entre aquela cidade e Lisboa e assim teria necessáriamente de fazer escala noutro aeroporto mais próximo, qual terá sido, utilizando a novilingua em vigor no seu partido, a "razão atendível" para tão estranho comportamento? entretanto a forma como Duarte Lima está a reagir à explosão do escândalo do saque da herança de Tomé Feteira é também um clássico. O advogado diz que vai processar toda a gente por difamação...

quinta-feira, agosto 12, 2010

a Educação como formação para a Precarização

A adição de cada vez mais tecnologia fácil aos jovens formandos do exército social de reserva para serem usados como profissionais no sistema capitalista pode parecer uma forma de “progresso”, mas de facto está-se a formar autómatos sem a mínima capacidade de contestação à irracionalidade que é induzida no senso comum pelos interesses específicos das elites dirigentes.

Invertendo o sentido, e citando a recensão do Washington Post: "O que mais me fascinou neste livro foi a novidade do conceito: podemos educar os filhos, não baseados no senso comum, mas sim na ciência"

“Presume-se que se a criança acredita que é inteligente (após ouvir isso constantemente), não se intimidará com novos desafios académicos. O elogio constante deve funcionar como um anjo da guarda, assegurando qua as crianças não desaproveitam os seus talentos.
Mas um corpo de pesquisa cada vez maior – e um novo estudo feito a partir das trincheiras do sistema de ensino público de Nova Iorque – indica com grande convicção que pode estar a acontecer precisamente o contrário. Dizer às crianças que são “inteligentes” nãop as impede de ter um desempenho fraco. Pelo contrário, pode ser a causa disso. (...)
Ao destacar a inteligência natural, retiramos o controlo às crianças e não lhes oferecemos nenhuma boa receita para lidar com o fracasso. Nas entrevistas de acompanhamento, Dweck descobriu que os que pensam que a inteligência inata é a chave do sucesso começam a dar menos importância ao esforço. As crianças pensam: Sou inteligente; Não me preciso de esforçar. Esse esforça passa a ter uma conotação negativa – é a prova pública de que os seus talentos naturais não são suficientes. Ao repetir as suas experiências, Dweck constatou que este impacto do elogio no desempenho afectava crianças de todas as classes socio-económicas. Afectava rapazes e raparigas – em especial as raparigas mais inteligentes (eram as que ficavam mais destroçadas após um fracasso). Nem as crianças no ensino pré-primário estavam imunes a esta razão inversa do elogio”
.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Desterritorializando...

O alargamento da guerra pela administração Obama do Afeganistão para o território do Paquistão está a elevar o nivel de pobreza neste país para niveis nunca antes vistos (BBC)

"Desterritorialização é a marca da chamada sociedade pós-moderna, dominada pela mobilidade, pelos fluxos, pelo desenraizamento e pelo hibridismo cultural. Devemos tomar cuidado para não sobrevalorizar esta "sociedade em rede" (nos termos de Manuel Castells), fluida e desterritorializada, na medida em que ela aparece sempre conjugada com a reconstrução de territórios, ainda que territórios mais móveis e descontínuos.
Rogerio Haesbaert (em "O Mito da Desterritorialização") defende que desterritorialização seja um termo utilizado não para o simples aumento da mobilidade ou para fenómenos como a hibridização cultural, mas para a precarização territorial dos grupos subalternos, aqueles que vivenciam efectivamente (ao contrário dos grupos hegemónicos) uma perda de controle físico e de referências simbólicas sobre/a partir de seus territórios. Já que todo o indivíduo não pode viver sem território, por mais precário e temporário que ele seja, desterritorialização pode-se confundir, neste caso, com precarização territorial". (wikipedia)
.

terça-feira, agosto 10, 2010

Aperta com ela...

Abandonando a expressão classificativa dos (escassos) “homens decentes” atribuída por Manuel António Pina a um dos combatentes anti-fascistas recentemente falecido, voltamos ao reino da Indecência pura que, pelos vistos não está em vias de se finar tão depressa. No centro das atenções, desta vez, temos um Barão do PSD, de seu nome Domingos Duarte Lima, forçado em tempo a auto-sanear-se de cargo no governo de Cavaco Silva por corrupção. Sobreveio-lhe uma leucemia combatida com êxito e limpou-lhe o currículo com a ajuda da criação de uma Fundação e tal (uma actividade comercial isenta de impostos). Desde então tem andado recolhido na rectaguarda, onde as actividades privadas o têm mantido na sombra.

“não permaneças ocioso junto ao sangue do teu vizinho” (da Bíblia)

Duarte Lima volta agora à ribalta (segundo o Correio da Manhã) “por uma cliente sua, companheira de sempre do milionário Lúcio Tomé Feteira, ter sido assassinada a 7 de Dezembro de 2009, sendo o móbil do crime a disputa pela herança de 35 milhões de euros”. Mas será simplesmente assim? O CM prestou-se a publicar uma nota de Duarte Lima onde este afirma apenas ter tido conhecimento da morte de Rosalina 14 dias depois, a 21 de Dezembro e estar disposto a prestar todas as declarações; a TVI diz que “o advogado se encontrou com a cliente horas antes do crime". E posteriormente, a determinado ponto, Duarte Lima invoca o sigilo profissional para se recusar a prestar mais quaisquer outras informações que a Policia brasileira pretende obter através da abertura de inquérito em Portugal. Coisa para ser limpa. Mas graças ao Jornal de Notícias temos um relato mais próximo dos factos que terão ocorrido.

Tomé Feteira, segundo a publicidade um grande financiador de Mário Soares no exílio durante o salazarismo ( o que não evitou ter fugido para o Brasil no 25 de Abril), legou uma enorme herança, cujo testamento distribuiu o imobilizado apurado no valor aproximado de 35 milhões de euros, deste modo: 80 por cento para a autarquia da sua terra natal com a finalidade de criar uma Fundação, 15 por cento para a agora morta Rosalina Ribeiro e 5 por cento para uma filha. Mas 25 milhões foram transferidos para uma conta na Suíça da qual o ex-deputado do PSD Duarte Lima retirou 6 milhões (1), enquanto os promotores da promitente Fundação Tomé Feteira não receberam um chavo. No dia do crime Duate Lima reuniu com Rosalina Ribeiro que transporta documentos importantes como prova do património legado, não “horas antes” como afirmou a TVI, mas deixando a vítima num ermo em Maricá apenas 15 minutos antes do assassínio. A pasta desapareceu. Foi por mera sorte que o cadáver foi identificado, prestes a ser enterrado numa vala comum. Segundo os cânones de procedimento habitual no submundo da marginalidade, tratou-se de uma entrega da vítima como encomenda para abate.

(1) post-scriptum: a conta na Suiça está aberta anonimamente sem nome de detentor, bastando agora derimir juridicamente o legitimo acesso para o resto do dinheiro ficar com dono
.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Sionismo vs Bolchevismo (III)

(anterior) Conclusão do artigo de Wiston Churchill publicado no “Illustred Sunday Herald” em 8 de Fevereiro de 1920:

Protector de Judeus

Não é necessário dizê-lo, a mais intensa paixão de vingança excitou os corações do povo Russo. Onde fosse que a autoridade do general Denikin (1) pudesse alcançar, a protecção do território foi sempre acordada com a população judaica, e enormes esforços foram feitos pelos oficiais para prevenir represálias e punir aqueles inculpados por perseguições. Face a esta postura que a propaganda Petlurista conduziu contra o general Denikin, este foi acusado de ser “o protector dos judeus”.

Miss Healy, sobrinha de Mister Tim Healey, ao relatar as suas experiências pessoais em Kiev, declararam ter conhecimento de mais de uma ocasião em que oficiais cometeram crimes contra judeus, que foram despromovidos e deslocados da cidade para a frente de batalha. Mas as hordas de brigadistas através das quais se escrevia a vasta expansão do Império Russo não se inibiam de inscrever com sangue os seus feitos, vingando-se à custa de judeus inocentes, sempre que a oportunidade se verificasse. A Brigada Makhno, as hordas de Petlura e de Gregorieff, as quais assinalavam qualquer sucesso com os mais brutais massacres, por toda a parte encontravam entre a população semi-estupidificada, meio-enfurecida, uma resposta para o Anti-Semitismo na sua pior e tresloucada forma.
De facto, em muitas situações de interesses judeus e lugares judeus susceptiveis de serem abrangidos pela guerra civil, estes foram excluidos pelos Bolcheviques da sua tradicional hostilidade, facto que deu azo, cada vez mais e mais, a associar a raça Judaica na Rússia com as vilanias que estavam a ser perpretadas. Isto é uma injustiça para milhões de pessoas deserdadas, a maioria das quais sofreram elas próprias os malefícios do regime revolucionário. Isto transformou-se, por todo o lado, especialmente importante para obviar e desenvolver fortes movimentos com a marca Judaica, que lidam directamente com esta fatal associação. E é aqui que o Movimento Sionista assume tão profundo significado para todo o mundo no tempo presente.

Um Lar Nacional para os Judeus

O Sionismo oferece a terceira esfera dos conceitos politicos da raça judaica. Em violento contraste com o Comunismo Internacional, esta opção, apresenta aos judeus uma ideia de liderança pelo seu carácter nacional. Recaíu em cima do Governo Britânico, como resultado da conquista da Palestina, ter a oportunidade e a responsabilidade de obter segurança para a raça judaica de todo o mundo, dar-lhes uma casa e um centro para a sua vida nacional. O depoimento e o senso histórico de Mister Balfour (2) esteve à altura de apreender esta oportunidade. Têm sido feitas declarações que decidiram irrevocavelmente a politica da Grã-Bretanha neste campo. A enérgica firmeza do Dr. Weissmann (3), o chefe para os objectivos práticos do Projecto Sionista, apoiado por muitos dos mais proeminentes judeus Britânicos, e apoiado pela superior autoridade de Lord Allenby (4), estão todos directamente a atingir o sucesso deste movimento inspirador.
Com certeza que, a Palestina é demasiado pequena para acomodar mais que uma pequena fracção da raça Judaica, nem a maioria nacional dos judeus desejam ir para ali. Mas se, como pode muito bem acontecer, ali for criado no nosso tempo de vida, entrea as margens do Jordão, um Estado Judeu sobre a protecção da Corôa Britânica, que possa alojar três ou quatro milhões de Judeus, um acontecimento terá ocorrido na história do mundo, o qual poderá, qualquer que seja o ponto de vista, ser benéfico, e poderá ser especial em harmonia com os verdadeiros interesses do Império Britânico. O Sionismo converteu-se já num factor de convulsão politica na Rússia, como um poderoso competidor de influência nos círculos do Bolchevismo com o Sistema Comunista Internacional. Nada pode ser mais significativo do que a fúria com que Trotski tem atacado o Sionismo em geral e o Dr. Weissmann em particular. A cruel penetração nas suas mentes não deixa dúvidas que os seus esquemas para construir um Estado Comunista Mundial sob dominio judeu é directamente atingido por este novo ideal, que direcciona as energias e esperanças dos Judeus em cada nação para um mais simples, verdadeiro e bem mais atingível objectivo. A luta que agora começa entre os Sionistas e os Bolchevistas Judeus é pouco menos que a luta pela alma do Povo Judeu.

Deveres dos Judeus Leais

É particularemente importante nestas circunstâncias que os Judeus Nacionalistas em cada país que são leais às nações que os receberam e adoptaram, saiam na frente em cada ocasião necessária, como muitos em Inglaterra o fizeram já, e assumam uma parte proeminente em cada medida tomada para combater a conspiração Bolchevique. Deste modo, eles estarão aptos a reinvindicar a honra do nome Judeu e a deixar claro para todo o mundo que o Movimento Bolchevique não é um movimento Judeu, mas sim veementemente repudiado pelas grandes massas da raça Judaica... (5) Mas uma resistência passiva ao Bolchevismo em cada campo de acção não é suficiente. Alternativas práticas e positivas são necessárias na conduta moral bem assim como na esfera social; e na construção com a maior rapidez possivel de um Centro Nacional na Palestina, que constituirá não só um refúgio para os oprimidos dos infelizes territórios da Europa Central, mas o qual será também o símbolo da unidade dos Judeus e o Templo da glória judaica, uma meta que se apresenta na qual repousam muitas bençãos para o futuro”

notas:
(1) Churchill faz o elogio de Anton Ivanovitch Denikin, general supremo comandante das forças contra-revolucionárias durante a Guerra Civil que se seguiu à tomada do Poder pelos Bocheviques na Revolução de Outubro. (Ver curriculo na Wikipedia)
(2) Como se sabe, a declaração do Lord Arthur James Balfour, 1º Conde de Balfour, que ficou conhecida como "Declaração Balfour" assumiu a forma de uma carta dirigida ao banqueiro judeu Lionel Walter Rothschild, 2º Barão de Rothschild, onde Lorde Balfour, um confesso admirador da causa Sionista, comunicava à Casa Rothischild que podiam contar com o apoio politico da Inglaterra à instalação do Estado de Israel na Palestina, um território então sob mandato britânico.
(3) Churchill refere-se a Chaim Azriel Weizmann que viria a ser o 1º Presidente do Estado de Israel em 1949 (ver biografia na Wikipedia)
(4) Edmund Allenby, 1º Visconde de Allenby, que comandou a força expedicionária britânica durante a 1ª Grande Guerra e conquistou o Egipto e a Palestina aos árabes e promoveu o desmembramento do Império Otomano, aliado da Alemanha.
(5) Este tipo de filosofia anti-comunista de Churchill viria a ter vastos seguidores: (Ver bibliografia Nazi anti-Bolchevique)
.

domingo, agosto 08, 2010

"Um homem decente"

Manuel António Pina, no JN: "Li num blogue insuspeito de simpatias ideológicas pelo PCP a expressão "um homem decente" para caracterizar o desaparecido dirigente comunista António Dias Lourenço, e vi depois a mesma expressão repetida mais do que uma vez em outros dispersos lugares. Caracterizar é distinguir. Numa sociedade minimamente saudável do ponto de vista moral, em que a decência, e não a falta de escrúpulos, fosse a regra, a expressão "um homem decente" não distinguiria. Só em sociedades moralmente doentes como aquela em que hoje vivemos a decência se torna uma característica distintiva e expressões como "um homem decente" têm conteúdo informativo. Dias Lourenço dedicou toda a vida (17 anos dela passados nas prisões de Salazar, outros tantos na clandestinidade) a bater-se por ideias e valores e não por interesses pessoais. Quase 40 anos depois do 25 de Abril, em tempos, como estes, de recém-chegados e de oportunistas, isso é certamente motivo de escândalo. De quantas das notoriedades que abundam hoje na nossa vida política e económica poderemos dizer "um homem decente" sem abastardar a própria noção de decência?"
.

sábado, agosto 07, 2010

o Universo Conhecido

Uma viagem tão longe quanto 13,7 mil milhões de anos… e o regresso a casa. Neste período de tempo, ao planeta Terra e à vida humana cabe-lhe a insignificante fatia de 1 segundo. Conclusão óbvia face às descobertas cientificas: a religião é a treta mais merdosa jamais inventada pelas elites governantes. A pequena história do mundo não passa afinal do mero relato das vidas das suas vítimas




um filme do Museu de História Natural de New York

quinta-feira, agosto 05, 2010

Sionismo vs Comunismo

O nacionalismo judeu que emergiu no Congresso de Basileia (1987) em conjunto com os nacionalismos europeus no século XIX, ganhou extrema predominância e o Estado de Israel é hoje a principal fonte de todos os grandes problemas que afectam a paz no mundo. Para compreender cabalmente a ascenção ao actual paradigma global é preciso regressar ao contexto histórico das forças em confronto na época pós 1ª Grande Guerra, quando desse embate das potências o domínio imperial da Inglaterra saiu extraordinariamente reforçado.

Continuação do artigo de Wiston Churchill publicado no “Illustred Sunday Herald” em 8 de Fevereiro de 1920:

Os Judeus Nacionais

“Não pode haver maior engano do que atribuir a cada indivíduo uma parte reconhecível das qualidades que constroem o carácter nacional. Existe toda a espécie de homens – bons , maus e, a maioria indeferenciados – em cada país, e em cada raça. Nada é mais errado do que negar a um indivíduo, atendendo à raça ou origem, o seu direito a ser julgado pelos seus méritos pessoais e conduta.

Num povo de tão peculiar génio como é o povo judeu, os contrastes são mais evidentes, os extremos são mais largamente separados, as consequências daí resultantes são mais decisivas.Neste nosso tempo venturoso existem três linhas principais de concepções politicas entre os judeus, duas das quais são afortunadamente de alto grau para a humanidade, e a terceira absolutamente destrutiva. Em primeiro lugar, há os judeus que, batalhando em qualquer nação através do mundo, se integram na sua vida nacional, e, enquanto praticam harmoniosamente a sua própria religião, se conservam como cidadãos de pleno direito do Estado que os albergou. Qualquer judeu a viver na Grã-Bretanha poderá dizer: “Eu sou um Inglês praticante da fé judaica”. Esta é uma concepção ampla e utilitária em elevado grau. Nós na Grã-Bretanha sabemos bem que durante a grande luta para influenciar aquilo que pode ser chamado de “Judeus Nacionais” em muitos paises foi preponderado do lado dos Aliados; e no nosso próprio Exército Judeu os soldados desempenhavam uma parte bem distinta, alguns ascendendo ao comando de divisões, outros ganhando a “Cruz da Vitória” por feitos valorosos.
Os Judeus Nacionais Russos, apesar de todas as vicissitudes que sofreram, trabalharam para desempenhar partes importantes na vida nacional da Rússia durante o reinado do Czar. Como banqueiros e empresários industriais eles abnegadamente promoveram o desenvolvimento dos recursos económicos da Rússia, estiveram em grande parte envolvidos na criação de organizações notáveis, como as Sociedades Cooperativas Russas. Na politica, o seu apoio foi dado, na sua maioria, aos movimentos liberais e progressistas e estiveram entre os principais promotores da amizade com a França e a Grã-Bretanha.

Os Judeus Internacionais

Em oposição violenta a toda esta esfera de esforços judaicos irradiaram os esquemas dos Judeus Internacionais. Os aderentes a esta sinistra confederação são na sua maioria homens que trabalham na sombra das infelizes populações de paises onde os Judeus são perseguidos por causa da sua raça. A maior parte deles, senão todos, abandonaram a fé religiosa dos seus avós e, divorciaram das sua mentes todos os anseios espirituais no devir do mundo que virá depois. Este movimento entre os Judeus não é novo. Desde os dias do movimento Spartakus-Weishaupt àqueles de Karl Marx, até Leon Trotski na Rússia, Bela Kun na Hungria, Rosa Luxemburgo na Alemanha e Emma Goldman nos Estados Unidos, esta conspiração mundial para ultrapassar a civilização por uma reconstituição da sociedade na base de aprisionar o desenvolvimento, de malevolência ínvia e de igualdade impossivel, tem vindo sempre a crescer. Este desempenho, como uma moderna escritora, Mrs Webster, tão habilmente mostrou, é um definitivo reconhecimento como parte sobrante da tragédia da Revolução Francesa. Este tem sido o principal móbil de cada movimento subversivo durante o século XIX; e agora por fim, esta pleiade de personalidades do submundo das grandes cidades da Europa e América do Norte agarraram o povo russo pelos cabelos das suas cabeças e tornaram-se praticamente os inquestionáveis chefes desse enorme Império.

Judeus Terroristas

Não haverá exagero se dissermos que o papel desempenhado na criação do Bolchevismo e nos actuais acontecimentos da Revolução Russa por estes “internacionalistas” são na sua maior parte liderados por judeus ateístas.

Estes homens sem fé são certamente a sua maioria e sobrelevam todos os outros. Mais que isso, a principal inspiração na condução do Poder provém de líderes Judeus, com a notável excepção de Lenine. Até Tchitcherin, um puro russo foi eclipsado pelo seu nomeado subordinado Litvinoff, e a influência de russos como Bukharin e Lunacharvski não pode ser comparada com o poder de Trotski, ou de Zinovieff, o ditador da Cidadela Vermelha de Petrogrado, ou de Krassin ou Radek – todos eles judeus. Nas instituições Soviéticas a predominância de judeus é ainda mais importante. E a parte proeminente, se não mesmo a principal parte no sistema de terrorismo designado por Comissões Extraordinárias de Combate à Contra-Revolução foi acupada por judeus e, nalguns casos notáveis por convertidos à causa. (Churchill refere-se ao embrião do Exército Vermelho). A mesma diabólica predominância foi obtida por judeus no breve período de terror durante o qual Bela Kun governou na Hungria. O mesmo fenómeno teve lugar na Alemanha (especialmente na Bavária) tão longe quanto esta loucura foi efectuada por cima da prostração temporária do povo da Alemanha. Conquanto em todos estes paises existam muitos não-judeus, ainda que cada um deles possam ser piores que os judeus revolucionários, a parte desempenhada pelos dirigentes judeus em proporção aos números das populações é surpreendente”

(continua, concluindo com a “Protecção aos Judeus Nacionais”, a “Criação de um Lar para os Judeus Nacionais” e os “Deveres dos Judeus Leais”, com que Wiston Churchill encerra este artigo)
.