Robert Kahn, o economista conselheiro de Bush, é um masoquista, segundo a tosca adjectivação de Cavaco Silva, ele igualmente próprio incluído, uma vez que antes tinha também manifestado a sua “preocupação em virtude da dívida portuguesa ser insustentável”. Mas, ao contrário do Cavaco, embora o alinhamento ideológico seja o mesmo, o neoconservador bushista sabe do que fala.
Kahn sabe que, apesar da crise que se arrasta já há 5 anos e serve sobretudo para os mais ricos criarem mais riqueza distanciando-se progressivamente em termos de desigualdade em relação aos pobres - os Estados Unidos nunca terão falta de liquidez. Para que os valores fictícios que existiam na contabilidade dos bancos possam ser repostos, os Estados Unidos (ou melhor, quem os controla financeiramente) emitem simplesmente mais papel moeda que “vendem” especulando em bolsa. Seja como em 2008 através das emissões de “tarp money”, seja depois com os actuais programas de “quantitative easing” através dos quais a Reserva Federal emite ajudas à economia (deles) no valor de 85 mil milhões de dólares por mês. Esses “valores” são espalhados pela economia global como Dívida. É uma fraude gigantesca. Como facilmente se depreende, os Estados Unidos (politica e financeiramente) não são outra coisa senão um gigantesco Fundo de Investimento Global. E Portugal (ou melhor dizendo, as elites traidoras ao povo português) é dos melhores clientes dessa forma de imperialismo neocolonial, uma vez que a divida pública não pára de aumentar
Vamos lá a ver o que é que, acerca disto, nos querem impingir os vendilhões da nossa soberania como povo, que exigem a golpes de bastão de polícia o pagamento integral de uma dívida fraudulenta
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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1 comentário:
Exactamente. Temos de apurar e declarar "dívida odiosa", sair do Euro e se possível com tempo ir saindo da UE e dos grilhões da Nato, que não serve para nada a Portugal, onde estava essa treta quando a União Indiana invadiu Goa, contra os próprios Goenses? Porque perdemos as "províncias ultramarinas, como Cabo Verde e São Tomé e Principe?, etc. Nós não fomos capazes de nos impormos e defendermo- nos, e o pior é que é de dentro do País que somos primeiramente atacados. Com menos traidores e sabujos, seria mais fácil não ter sido tão roubado e prejudicado.
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