No seu leito de morte em Janeiro de 2007 o ex-agente da CIA Howard Hunt (envolvido em casos-chave como o Watergate, a Baía dos Porcos e o Irão/Contra) faz a sua última confissão: “quem matou Kennedy foi um complot liderado pelo próprio Governo dos Estados Unidos apoiado numa equipa de operacionais da CIA. O depoimento, recolhido pelo seu filho John "Saint" Hunt cita em concreto uma lista de nomes (1) envolvidos na operação de assassinato. À cabeça encontra-se o vice-presidente Lyndon B. Johnson, um homem cuja carreira foi orientada por J. Edgar Hoover do FBI, quem deu directamente as ordens de execução da operação e ajudou depois a guiar a Comissão Warren para a tese do único e solitário atirador (2)
Escassas horas depois do assassinato, a bordo do Air Force One, Lyndon B. Johnson é empossado como novo presidente. No restrito staff que acompanha o acto (famoso pela piscadela de olho de Johnson) pode ver-se Jack Valenti (nº2 na foto), o amante que satisfazia as apetências homossexuais de J. Edgar Hoover, que tinha sido instalado na Casa Branca como elemento de ligação entre Kennedy e o vice-presidente Johnson (3). De facto nada se passava dentro da Sala Oval que não fosse dado a conhecer aos conspiradores. A principal razão para a decisão de abater Kennedy foca-se no seu discurso anti-Sionista contra as Sociedades Secretas (4), entre elas a mais poderosa (a Reserva Federal) ameaçada de ser impedida de continuar a emitir a moeda nacional a favor de grupos financeiros privados, leit-motiv para a entrada em cena da Mossad. Neste contexto, toda a Administração Kennedy estava cercada de poderosos delegados do Grupo Bilderberg.
Jack Valenti e Lyndon Johnson |
Kennedy foi alvo de 129 tiros dis-
parados de 43 angulos diferentes
Apesar disso, com a profusão de provas obtidas por uma imensa multidão de testemunhas e historiadores, hoje, 50 anos depois, o crime está resolvido. Falta só conseguir que os responsáveis sejam julgados e condenados – isto é, todas as administrações norte americanas que se seguiram àquela fracção de minuto onde foi abatida a ilusão de uma América romântica, sob a mira de uma numerosa equipa de snipers.
Prescott Bush e Nixon |
Esta é na verdade, em linhas gerais, a história real da conspiração, cuja forma mais eficaz de ser combatida é de facto a proliferação de milhares de teorias de conspiração que, consoante o dilúvio de interpretações, ajudam a afogar a verdade.
notas e fontes
(1) O homem que matou John F. Kennedy - Listagem dos envolvidos
(2) A teoria da "bala mágica" que atingiu três alvos duma assentada foi desmontada pelo antigo atirador especial da Marinha Craig Roberts
(3) Jack Valenti viria a tornar-se o homem mais poderoso no controlo do meio audiovisual dos Estados Unidos, ao assumir por décadas o cargo de presidente da Motion Picture Association of America. Foi o maior detractor do filme "JFK" de Oliver Stone, o qual apelidou de "uma fraudulenta e monstruosa charada", justificando-se em 1991: "Eu devo tudo aquilo que sou hoje a Lyndon Johnson. Não poderia encarar-me a mim mesmo se ficasse em silêncio permitindo que um cineasta enxovalhasse a sua memória" (fonte)
(4) Discurso anti-Sionista contra as Sociedades Secretas (para ouvir aqui). Concretizando as palavras com actos, ao assinar o Decreto Executivo 11110 que passava para o Estado a emissão de moeda, Kennedy ditou a sua sentença de morte
(5) CIA operatives E. Howard Hunt and Frank Sturgis kill JFK
(6) O ódio dos Bush aos Kennedys remonta aos tempos da Lei Seca, quando os patriarcas dos dois clãs se digladiaram para abastecer ilegalmente o mercado negro de bebidas alcoólicas (ler mais)
(7) O general Lemnitzer prestou serviço no "Rockefeller Committee" dando cobertura a Howard Hunt e a Frank Sturgis (ABCNews).
(8) Esta última sinistra personagem, Frank Sturgis, viria já na década de 80 igualmente a ser referenciada como envolvida no assassinato do 1º Ministro Francisco Sá Carneiro e do Ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, no que ficou conhecido como o "Caso Camarate". O facto desta operação se integrar na famosa operação norte-americana "October Surprise" (cujo objecto foi o escândalo Irão-Contras, só pode significar que a natureza criminosa dos sucessivos governos em Portugal desde há 40 anos é equiparada aos seus congéneres criminosos norte-americanos, aos quais todos eles prestam vassalagem.
4 comentários:
Grande post xatoo!!
Sobre o que li, que foi JFK que mandou a AEIA a Dimona, é verdade ou não será?
Artigo categorizado em cinco estrelas!
Acho que você colocou este vídeo há uns atrás.
Agora, há uma versão com melhor qualidade e legendado em português do Brasil para um publico mais extenso.
Peço desculpa por ser de quem veio mas, assim é melhor, legendado.
http://youtu.be/7WkSEsdoYeU
óptimo
obrigado pela dica
Estou a compilar os artigos e links que você pôs sobre o JFK, e infelizmente muitos links não funcionam ou estão desactivados ou sabotados!?!
Há hipótese de arranjar?
Agradecido.
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